| Ementa: |
A disciplina apresenta subsídios para o estudo de estilos de etnologia indígena em contextosnacionais diversos (com ênfase nos estilos de etnologia que se praticam na Austrália, no Canadá,e na Argentina, vistos a partir do estilo de etnologia indígena que se faz no Brasil), e examinando trabalhos que refletem sobre as relações interétnicas, identidade étnica e política indigenista. Ao estabelecer este recorte, leva-se em consideração que a dicotomia que existe no Brasil entre, por um lado, o estudo de relações interétnicas - as relações entre as sociedades indígenas e as sociedades nacionais - e, por outro lado, a etnologia indígena - o estudo dasrelações sociais e os aspectos culturais no interior das sociedades indígenas - não se configurou desta maneira nos outros países focalizados. Privilegia-se, usando o Brasil como pano de fundo comparativo, abordar estudos que se fazem na Austrália, no Canadá, e na Argentina. Examinamse, sobretudo, trabalhos que elaboram conceitos e vias de abordagem para os debates sobre povos indígenas e o Estado nacional, e o papel do antropólogo como ator político.A primeira parte do programa abrange a leitura de textos sobre Estilos de Antropologia, seguidapor uma seleção de trabalhos que abordam as relações entre povos indígenas e o Estado naAustrália, no Canadá, e na Argentina. O programa pretende servir como uma pequenaintrodução a algumas das diversas tendências que atualmente caracterizam os estilos deetnologia indígena que se fazem na Austrália, no Canadá, e na Argentina.Para maximizar a participação dos alunos, as aulas serão organizadas na forma de semináriosonde serão apresentados e discutidos os textos do programa.A avaliação final resultará dos seguintes critérios: 1) a participação ativa nas aulas naapresentação e discussão dos textos do programa e também um seminário individual de umaresenha de um livro que aborda a temática da disciplina - no final do Programa há uma lista delivros sugeridos que, obviamente, não esgota as possibilidades, ou um seminário individual emque o/a aluno/a apresenta seu projeto de pesquisa usando pelo menos sete textos deste programa(menção peso um) 2) dois ensaios escritos ao longo do semestre sobre temas diretamenterelacionados às leituras da disciplina (incluindo Leitura Complementar) que serão divulgadosdurante o semestre – cada ensaio deverá ser entre 7 e 10 páginas de texto, mais as referênciasbibliográficas no final espaço duplo entrelinhas fonte Times New Roman de tamanho 12 -(menção peso um, para cada ensaio). A menção final será a soma das menções dividida por três.A divisão deste Programa em textos é provisória, e sujeita a pequenas modificações ao longo dosemestre conforme o andamento da turma e segundo os interesses das/os alunas/os. A presençaem sala de aula é obrigatória. Qualquer ausência deverá ser excepcional e devidamentejustificada ao professor. A leitura dos textos antes das aulas é imprescindível. |
| Referências: |
"CARDOSO DE OLIVEIRA, R. Sobre o pensamento antropológico. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro Brasília: CNPq, 1988.DUMONT, L. ""A Comunidade Antropológica e a Ideologia"". In: O Individualismo. Rio de Janeiro: Rocco, 1985, pp. 201-236.LEACH, E. ""Repensando a Antropologia"". Repensando a Antropologia. São Paulo: Editora Perspectiva, 1974, pp.13-51.LEACH, E. ""Glimpses of the Unmentionable in the History of Social Anthropology"". In: Annual Review of Anthropology 13, 1984: pp.1-24.LÉVI-STRAUSS, C. Antropologia Estrutural I e II. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1996 e 1993.LÉVI-STRAUSS, C. O pensamento selvagem. 2ª edição. Campinas: Papirus, 1997.SAHLINS, M. Cultura e razão prática. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.STOCKING JR., G. (ed.) Colonial Situations: Essays on the Contextualization of Ethnographic Knowledge. History of Anthropology. Volume 7. Madison: The University of Wisconsin Press, 1991." |
