Projeto Pedagógico do Curso

Segundo Classificação Brasileira de Ocupações(2002), o Engenheiro Eletrônico em suas competências pessoais deve evidenciar raciocínio lógico, desenvolver visão espacial, evidenciar criatividade,demonstrar capacidade de síntese e demonstrar raciocínio analítico. O Engenheiro Eletrônico graduado no campusGama da UnB, por sua vez, deverá ser capaz de dominar todas as etapas do desenvolvimento de sistemas eletrônicos, tanto no nível de hardware como de software, e utilizar com profundidade os princípios físicos da eletricidade e do magnetismo.
Transversalmente, além da formação técnica e científica de alto nível, enseja-se a composição de uma visão de mundo que ressalte o valor humano e a qualidade de vida. Também deverá ser capacitado para conviver num contexto de mudanças sociais, tecnológicas e econômicas cada vez mais rápidas, logo se busca também formar engenheiros para ocupar posições de destaque nesse cenário, com: capacidade para trabalhar em equipes multidisciplinares; larga base científica e de comunicação; motivado para a auto-capacitação e para a concepção de inovações; habilitado a projetar e gerir intervenções tecnológicas e empreendimentos; orientado para atuar como transformadores sociais, visando o bem estar social e avaliando eticamente os impactos sociais e ambientais de suas intervenções.
Considerando o egresso no curso de engenharia eletrônica, esse possuirá potencialidade para atuar em inúmeros setores usuários da eletrônica, como empresas de engenharia e nas indústrias de produção de equipamentos e software. Sendo sua intervenção também direcionada para os níveis referentes a materiais elétricos e eletrônicos; equipamentos eletrônicos em geral; sistemas de comunicação e telecomunicações; sistemas de medição e controle elétrico e eletrônico; seus serviços afins e correlatos.E considerando a grande evolução tecnológica decorrente do uso do computador na área da Engenharia, é necessário acrescentar a análise de sistemas computacionais, seus serviços afins e correlatos. Complementam-se também as aplicações da eletrônica e de computadores e sistemas digitais em pesquisa e/ou desenvolvimento, em temas diversos, por exemplo, microeletrônica, automação, engenharia biomédica, processamento de sinais e imagens, eletrônica de consumo e outras aplicações.
Além disso, espera-se que o profissional formado possa também se dedicar ao desenvolvimento e gerência do próprio negócio, com potencial empreendedor no setor tecnológico. Para tanto, o engenheiro formado deverá ter sólida formação técnico-científica e profissional geral, que o capacite a absorver, desenvolver, conduzir e liderar processos de concepção de novas tecnologias, estimulando a sua atuação crítica e criativa na identificação e resolução de problemas, considerando seus aspectos técnicos, políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade.
Por último, a formação do engenheiro eletrônico do Campus UnB Gama tem por objetivo dotar o profissional dos conhecimentos requeridos para o exercício das competências e habilidades gerais relacionadas com o Art . 4º, da Resolução No. 11 do CNE/CES, de 11 de Março de 2002. Propõe-se ainda que este o engenheiro eletrônico tenha uma maior flexibilidade profissional através da proposição de ênfases, que reunirão disciplinas profissionalizantes e específicas entre as demais engenharias do campus: Automotiva, Energia, Software e Aeroespacial. E, em aderência com o seu campo de atuação, o engenheiro eletrônico, graduado no Campus Gama possuirá as atribuições segundo a Resolução Nº 1.010, de 22 de Agosto de 2005, que dispõe sobre a regulamentação da atribuição de títulos profissionais, atividades, competências e caracterização do âmbito de atuação dos profissionais inseridos no Sistema CONFEA/CREA para efeito de fiscalização do exercício profissional.

Elevada demanda por engenheiros e prossionais no setor eletrônico em geral, apresentada
por entidades de diferentes tipos e características (públicas, privadas, federais,
estaduais e distritais), situadas nas diferentes regiões do país. Diversos setores se mostram
prontos a absorver os Engenheiros Eletrônicos formados da Faculdade UnB Gama.
Essa absorção poderá abordar entre outros campos, os relacionados a microeletrônica e
nanoeletrônica, automação, engenharia biomédica, processamento de sinais/imagens e
eletrônica de consumo.
• Formação generalista, crítica, multidisciplinar e reflexiva provida pelo curso, assentada
sobre uma base solida de conhecimentos, que o habilita à solução de problemas do mundo
real, favorecendo a absorção rápida de novas tecnologias e a sua aplicação prática; tal
formação leva a possibilidade de atuação em diferentes ramos de atividades, que incluem
a geração, transmissão e distribuição de energia, equipamentos, dispositivos e componentes
para geração e conversão de energia, gestão em recursos energéticos, eciência
energética e desenvolvimento e aplicação de tecnologias relativas aos processos de transformação,
de conversão e de armazenamento de energia, além das muitas especialidades
provenientes do setor energético.
Jovens do Gama-DF e da Região do Entorno do DF são potenciais candidatos à formação
do Engenheiro Eletrônico. Considerando as condições de empregabilidade para esta
formação e a inserção do curso em uma região de baixos indicadores sociais (Região sul do
DF e Entorno), a formação em Engenharia Eletrônica pode contribuir como um fator de mobilidade
social para os jovens da região. Acredita-se que a formação de Engenharia Eletrônica
no Gama proporciona à sociedade e ao setor produtivo uma alternativa, que pode garantir
emprego para muitos de nossos jovens e contribuir para o desenvolvimento do setor eletroeletrônico
regional.

Ao ingressar na Faculdade UnB Gama, o estudante não opta imediatamente por um dos cursos de engenharia oferecidos na FGA. Em lugar disso, o estudante ingressa em um curso denominado Engenharia, no qual permanecerá por dois períodos letivos completos. Durante o terceiro período letivo o estudante deverá solicitar livremente a mudança do curso de Engenharia para a modalidade específica de seu interesse, dentre suas opções na FGA. Durante o período no curso de Engenharia, o estudante tem a oportunidade de cursar disciplinas das diversas graduações da FGA, estreitando seu contato com as temáticas e características específicas de cada modalidade de engenharia oferecida pela faculdade. Dessa maneira, espera-se que, ao fazer sua escolha por um dos cinco cursos de graduação da FGA, o estudante tenha mais elementos para realizar uma opção coerente com suas aptidões e expectativas em relação à sua futura profissão, diminuindo, assim, os índices de evasão e elevando o rendimento geral do corpo discente.
Segundo orientação do MEC no REUNI, estabeleceu-se a proporção média de 18 estudantes por professor. Desta forma, na FGA, justificam-se na modalidade presencial, grandes classes, ou seja, cursos com turmas superiores a 100 estudantes em disciplinas comuns a várias engenharias do campus, tais como: Humanidades e Cidadania; Introdução à Engenharia, Engenharia e Ambiente, Introdução à Álgebra Linear, Engenharia Econômica, entre outras.
A graduação em Engenharia Eletrônica é prioritariamente realizada em modalidade presencial, mas a UnB admite um percentual de até 20% da carga horária total provida por ensino semipresencial de acordo com a portaria 4059/2004 do Ministério da Educação (MEC). O ambiente virtual de aprendizagem Aprender/Moodle serve de recurso de apoio em praticamente todas as disciplinas oferecidas, conforme diretrizes do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI – ciclo 2006/2010).
O curso adota o pressuposto de integração entre teoria e prática, a fim de potencializar as resoluções de problemas da realidade concreta e cotidiana da comunidade, pesquisas inseridas e engajadas social e culturalmente. Para tanto, a estrutura curricular contempla disciplinas de aulas presenciais, laboratório, ensino em plataforma online, visitas institucionais, estágios, pesquisa e extensão. Neste contexto curricular, algumas das possíveis atividades pedagógicas a serem desenvolvidas são: 1) elaboração e/ou desenvolvimento de um projeto de investigação científica; 2) estudo de texto para realização de resenha bibliográfica; 3) elaboração de quadros ou resumos; 4) elaboração de estudos de caso; 5) prova ou teste de fixação; 6) produção de painel para exibição ou apresentação; 7) levantamento bibliográfico; 8) participação em atividades práticas; 9) criação de um relatório ou registro sobre atividades como palestras e exibições de filmes; 10) relatórios de visitas com descrição de experiências relacionadas ao assunto estudado; 11) resolução de lista de exercícios.
As experiências curriculares são enquadradas em sua maioria como disciplinas tradicionais, as quais têm um professor responsável. Por outro lado, a estrutura admite disciplinas sem ementas ou programas pré-definidos (as disciplinas de “Tópicos Especiais”), sem horário fixo e com mais de um professor responsável. A prática contextualizada e a unicidade entre teoria e prática culminam nas disciplinas de projeto (Projeto Integrador I, Projeto Integrador II,Trabalho de Conclusão de Curso1 e 2), nas quais os estudantes de Engenharia Eletrônica se reúnem aos das demais Engenharias com foco em projetos multidisciplinares, sob a orientação de professores das diversas áreas das Engenharias.

A avaliação de aprendizagem deverá ser baseada nos seguintes princípios:
• Adoção de procedimentos de avaliação contínua e cumulativa de forma a garantir eciência
e rapidez nas intervenções que se mostrarem necessárias ao longo do processo;
• Prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos;
• Manutenção de diálogo permanente com os estudantes;
• Utilização funcional do conhecimento, em que o estudante deve evidenciar a sua capacidade
de aplicar os conhecimentos a situações concretas;
• Planejamento, discussão e esclarecimento das atividades previstas em cada programa de
disciplina com os estudantes;
• Divulgação dos objetivos e das exigências de cada tarefa antes de sua avaliação;
• Divulgação dos resultados e dos critérios de correção dos instrumentos de avaliação;
• Apoio aos discentes que apresentem diculdades, por meio do auxílio integrado de professores,
monitores e tutores;
• Incidência da correção dos erros mais importantes, atitudes e habilidades, estimulando
a superação das diculdades e estimulando a autoavaliação e,
• Importância conferida às aptidões dos estudantes, aos seus conhecimentos prévios e ao
domínio atual dos conhecimentos que contribuem para a construção do perl prossional
do egresso.
Avaliação do estudante nas disciplinas
As atividades acadêmicas dos alunos nas diversas disciplinas do curso são avaliadas de
acordo com o que estabelece o Regimento Geral da Universidade de Brasília.
Capítulo 16. Princípios para a Avaliação de Aprendizagem 62
No Bacharelado em Engenharia Eletrônica, a avaliação da aprendizagem do aluno é
feita, principalmente, por meio de provas escritas discursivas, relatórios de trabalhos experimentais
realizados em laboratório e relatórios de projetos apresentados escritos e oralmente.
O número de provas e exercícios varia de uma disciplina para outra.
No início de cada semestre letivo, o professor distribui para os alunos o Plano de Ensino
da disciplina, no qual é informada a quantidade e o tipo de cada instrumento de avaliação
(tais como provas, trabalhos, projetos de desenvolvimento e listas de exercícios), bem como
a composição de cada um desses instrumentos de avaliação para a nota nal da disciplina, e
ainda os critérios de avaliação especícos da disciplina. Ao nal do semestre, a nota global
obtida pelo aluno em cada disciplina é convertida em uma menção, de acordo com a seguinte
correspondência:
• SS para a faixa de 9,0 até 10,0;
• MS para a faixa de 7,0 até 8,9;
• MM para a faixa de 5,0 até 6,9;
• MI para a faixa de 3,0 até 4,9;
• II para a faixa de 0,1 até 2,9 e
• SR quando o aluno ultrapassa o limite de 25% de faltas na disciplina.
Para ser aprovado numa disciplina o aluno precisa obter uma das seguintes menções:
MM, MS ou SS. Além disso, o aluno não pode ter uma percentagem de faltas maior que 25%,
nas aulas da disciplina. Se ele tiver acima de 25% de faltas, ele é reprovado e recebe a menção
SR (sem rendimento).
O Estágio Supervisionado é atividade obrigatória no curso, cuja avaliação é regulada
pelo Regulamento de Estágios da Faculdade UnB Gama (ver Anexo 27.3). O Trabalho de Conclusão
de Curso, elaborado ao longo de duas disciplinas (Trabalho de Conclusão de Curso 1 e
Trabalho de Conclusão de Curso 2), constitui-se em importante instrumento articulador e integrador
dos conhecimentos disponibilizados durante o curso. As normas e mecanismos efetivos
de acompanhamento, orientação e avaliação do Trabalho de Conclusão de Curso constam do
Regulamento do Trabalho de Conclusão de Curso da Faculdade UnB Gama (ver Anexo 27.2).
Avaliação das Atividades Acadêmicas
A seguir, atividades que podem ser desenvolvidas durante o curso e que servem de
instrumento de avaliação:
Princípios para a Avaliação de Aprendizagem 
• Elaboração de projetos de pesquisa cientíca;
• Desenvolvimento de projetos de pesquisa cientíca;
• Estudo de textos para realização de resenhas bibliográcas;
• Elaboração de quadros ou resumos;
• Estudos de caso;
• Modelagens;
• Provas ou testes;
• Produção de painéis para exibições ou apresentações;
• Levantamentos bibliográcos;
• Participações em atividades práticas;
• Criação de relatórios ou registros sobre atividades como palestras e exibições multimídia;
• Relatórios de visitas com descrição de experiências relacionadas ao assunto estudado;
• Resolução de listas de exercícios.
Outras experiências curriculares como monitoria, participação em empresas júnior e
atividades de extensão também podem ser integralizadas como módulo livre.
As novas disciplinas podem ser criadas ou propostas por um ou mais professores e são
apreciadas por uma Comissão de Graduação, que avalia a ementa e a metodologia e redige
um parecer que será apresentado ao Colegiado do curso para validação. Porém, há a possibilidade
de serem instituídas e validadas disciplinas optativas de forma dinâmica, por meio de
ementas mutuantes e sem programa pré-denido, tais como “Tópicos Especiais”, que são instanciadas
para permitirem maior exibilidade na oferta de novos conteúdos e, assim, garantir
que mais recentes tecnologias e conceitos atuais possam ser acrescidos à formação acadêmica
do estudante.

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