Banca de DEFESA: Juliana Cézar Nunes

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Juliana Cézar Nunes
DATA : 29/02/2024
HORA: 14:00
LOCAL: PPG/FAC
TÍTULO:

COMUNICAÇÃO QUILOMBOLA:

Em busca do tipo ideal a partir da práxis de comunicadores e comunicadoras quilombolas 


PALAVRAS-CHAVES:
  • Comunicação Quilombola; Tipo Ideal; Racismo; Comunicação Negra; Pensamento Negro Contemporâneo. 

PÁGINAS: 212
RESUMO:

A presente tese de doutorado tem como objetivo definir o tipo ideal “Comunicação Quilombola” a partir de uma análise da práxis de comunicadores e comunicadoras quilombolas. Entre os objetivos específicos estão i) elencar as características que compõem a comunicação quilombola; ii) identificar quais iniciativas, na visão de comunicadores e comunicadoras quilombolas, não podem ser consideradas comunicação quilombola; iii) analisar o quadro teórico sobre o tema; iv) oferecer um modelo de análise de outras experiências de comunicação quilombola; e v) apontar para a necessidade de políticas públicas e parcerias que sejam capazes de financiar e manter iniciativas de comunicação quilombola. Para alcançar esses objetivos, iniciamos a tese com uma contextualização sócio-histórica das comunidades quilombolas no Brasil, seguida da descrição das bases de análise do tipo ideal aplicado à comunicação. O embasamento teórico ancora-se nos princípios desenvolvidos por Max Weber (Weber, 2015) no contexto de uma sociologia da mídia, além de estudiosos que se basearam em suas teorias para examinar processos comunicacionais. A pesquisa mantém, ainda, um diálogo com o pensamento negro contemporâneo e aborda as contribuições da comunicação e da cultura na promoção dos direitos da população negra (Nascimento, 1985; Moura, 1990; Moura, 1987; Cabral, 2010; Pinto, A., 2010; Silva, 2022; Gomes, R., 2022). Além disso, o texto estabelece conexões com acadêmicos dos campos dos estudos decoloniais, estudos culturais, teorias do jornalismo, antropologia e geografia (Anjos, 1999; Adghirni, 2002; Hall, 2003; Ruellan, 2011; Melo, 2015; Andrade, 2018; Torrico, 2018). Após a abordagem do referencial teórico, na segunda parte da tese, realizamos uma investigação qualitativa em duas etapas. Na Etapa 1, trazemos a revisão bibliográfica de teses e dissertações que trataram, de forma direta ou indireta, da comunicação quilombola. Na Etapa 2, estão inseridas a pesquisa de campo e a análise das entrevistas realizadas com seis comunicadores quilombolas de diferentes regiões do país. Por meio da pesquisa e da análise de conteúdo (Bardin, 1977), foram identificadas quatro categorias temáticas, que se relacionam entre si: protagonismo, memória, estratégias e objetivos. Nas considerações finais, articulamos todo o acúmulo teórico, vivências experimentadas ao longo da pesquisa e conteúdo extraído das entrevistas para propor o tipo ideal “Comunicação Quilombola” enquanto conjunto de processos e ações de comunicação desenvolvidas a partir do protagonismo de comunicadores/as quilombolas, com base em memórias ancestrais, saberes, práticas de resistência, linguagens e tecnologias capazes de promover o fluxo de informações dentro da comunidade e de influenciar no debate público por meio de pautas e publicações em diversas plataformas e mídias. 


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - MARIA ALBANIZE FARIAS MALCHER - IFPA
Presidente - 1170640 - DIONE OLIVEIRA MOURA
Externa à Instituição - EDILEUZA PENHA DE SOUZA - IFB
Externa ao Programa - 1350812 - MARIA ABADIA DA SILVA - nullExterno à Instituição - PAULO VICTOR PURIFICAÇÃO MELO - UNL
Notícia cadastrada em: 27/02/2024 17:43
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