Banca de DEFESA: Ramon Tiago Albuquerque Andrade

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Ramon Tiago Albuquerque Andrade
DATA : 25/03/2024
HORA: 09:00
LOCAL: IQ
TÍTULO:

Avaliação Toxicológica de Nanoestruturas de Óxido de Cobre Utilizando Embriões de Peixe-zebra como Biosensores


PALAVRAS-CHAVES:

Nanopartículas, óxidos metálicos, nanotoxicidade, toxicologia ambiental, in vivo.


PÁGINAS: 82
RESUMO:

Nanopartículas de óxido de cobre (CuO-NPs) são, atualmente, nanomateriais de grande interesse tecnológico devido às suas atividades catalítica e bactericida. Nestas aplicações, seu desempenho é dependente do tamanho e formato, bem como dos seus métodos de preparo. Com a expectativa de uso extensivo, os impactos de CuO-NPs sobre o meio ambiente e a saúde humana têm sido cada vez mais estudados. Deste modo, essa dissertação de mestrado versa sobre a síntese de CuO-NPs e caracterização de sua estrutura, morfologia e toxicidade, sendo esta avaliada por meio de testes embriotoxicológicos e bioquímicos utilizando embriões de zebrafish como organismos modelo. Especificamente, é avaliada a influência do formato e da cobertura das CuO-NPs sobre a sua toxicidade. Para tanto, foram sintetizadas e caracterizadas quatro CuO-NPs, nos formatos esférico e bastão, sem e com recobrimento (funcionalização) de citrato. A síntese foi realizada pelo método de precipitação utilizando cloreto de cobre (CuCl2) ou acetato de cobre (Cu(CH3COO)2.H2O) como precursor e hidróxido de sódio como agente de hidrólise/precipitação. A caracterização das nanoestruturas foi realizada utilizando diferentes técnicas: difratometria de raios X (DRX), microscopia eletrônica de transmissão (MET); espectroscopia de absorção no ultravioleta visível (UV-Vis); espectroscopia no infravermelho com transformada de Fourier no modo de refletância total atenuada (ATR-FTIR); espectroscopia Raman, espectroscopia de emissão/fotoluminescência (FL); análise termogravimétrica (TGA); espalhamento dinâmico de luz (DLS). Os ensaios embriotoxicológicos foram realizados utilizando o protocolo da OECD, 2013, no qual os organismos foram expostos a diferentes concentrações das nanoestruturas diluídas em água a fim de verificar os efeitos toxicológicos. Medidas de DRX mostraram que as nanopartículas apresentam tamanhos médios de cristalito, variando da ordem de 5 nm a 35 nm para partículas nos formatos de bastão e esfera com citrato e sem citrato. Tal resultado é corroborado pelos espectros Raman e UV-Vis. A cobertura com citrato foi confirmada por espectros de FTIR, curvas TGA e medidas de potencial zeta, que variavam entre -45 mV e -30 mV. A análise morfológica por MET revelou CuO-NPs em dois formatos distintos: bastões e esferas, com estrutura nanocristalina bem definida. Os bastões apresentam um comprimento médio de 29 nm enquanto as esferas apresentam um diâmetro médio de 3,32 nm. Os estudos embriotoxicológicos mostraram que as nanoestruturas em formato esférico são menos tóxicas que aquelas com formato de bastão. A cobertura de citrato reduz a toxicidade de ambos os formatos de CuO-NPs em 30% quando comparadas às nanopartículas sem cobertura. Os ensaios bioquímicos corroboraram as observações anteriores, indicando ainda que ambos os formatos aumentam o estresse oxidativo celular e a inibem a atividade da acetilcolinesterase. Conclui-se que o formato e a cobertura das CuO-NPs desempenham um papel crucial na determinação de sua toxicidade, destacando ainda a necessidade de considerar a forma das nanopartículas ao avaliar os riscos ambientais associados a esses nanomateriais.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 2998060 - ALYSSON MARTINS ALMEIDA SILVA
Presidente - 1892565 - LEONARDO GIORDANO PATERNO
Externo à Instituição - MARCO ANTONIO DE SOUZA - DPF
Interna - 2243027 - MARIA JOSE ARAUJO SALES
Notícia cadastrada em: 09/03/2024 22:07
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