Projeto Pedagógico do Curso

O nutricionista formado pela Universidade de Brasília terá uma formação crítica, generalista, humanista e ética, visando à segurança alimentar e nutricional e à atenção dietética e nutricional, com vistas a contribuir para a realização dos direitos humanos à Saúde e Alimentação Adequada. Deve estar capacitado a atuar em todas as áreas do conhecimento em que alimentação e nutrição se apresentem fundamentais para a promoção, a manutenção e a recuperação da saúde e para a prevenção de doenças de indivíduos ou grupos populacionais de forma inter e multiprofissional. Contribuindo, assim, para a melhoria da qualidade de vida, a partir da realidade econômica, política, social e cultural, em qualquer cenário de atuação do nutricionista. A formação do nutricionista ainda tem como base os conhecimentos que se pautam na consideração dos paradigmas explícitos pelas relações de trabalho, os quais, atualmente, se fundamentam nas noções do saber, saber ser, saber fazer e saber conviver, na busca constante de conhecimentos, refletindo o compromisso com a qualidade e a competência profissional, a liderança, a capacidade de tomar decisões e a capacidade de interação e articulação com outros profissionais e com a comunidade.

- Capacidade de reflexão crítica sobre as implicações ético-políticas e sociais de seu trabalho. -Capacidade de planejamento e desenvolvimento de trabalho em equipe, de expressão e comunicação interpessoal e identificação de características intrapessoais. - Capacidade de integrar-se em equipes multiprofissionais de saúde para atuar em todas as dimensões da atenção nutricional - Capacidade de planejamento, organização, identificação e aplicação de métodos e processos, gerenciamento de pessoas, tempos e recursos físico-financeiros tendo flexibilidade nos processos de trabalho, exercitando a criatividade, utilizando os seus conhecimentos nas diversas situações encontradas nos distintos campos de atuação. - Capacidade de expressão e comunicação e relacionamento profissional com seu grupo, superiores hierárquicos ou subordinados, de cooperação, de trabalho em equipe, desenvolvendo a prática do diálogo e construção de consenso, o exercício da negociação e a comunicação interpessoal. - Identificar o compromisso ético político e o papel social do nutricionista comprometido com a realidade social - Atuar em equipes multiprofissionais e interdisciplinares para o cuidado à saúde de indivíduos e coletividades. - Coordenar equipes, projetos e ações relacionados à alimentação e nutrição -Saber formular os problemas e encaminhar soluções que reflitam seu compromisso humano de agir de maneira crítica, ética e comprometida com o bem estar social. - Exercitar a capacidade para apreender na realidade a relação teoria-prática e, assim, se perceber como sujeito do conhecimento e agente de transformação social. Capacidade de desenvolver e aplicar conteúdos relacionados aos alimentos, levando em consideração os significados socioculturais, a composição nutricional, aspectos dietéticos, propriedades físicoquímicas e transformações necessárias para o adequado aproveitamento pelo organismo humano. Realizar atenção dietética para indivíduos e coletividades nas diferentes etapas do curso da vida. Capacidade de elaborar, analisar criticamente e aplicar conteúdos para promover, manter e recuperar a saúde e o estado nutricional de indivíduos e coletividades nas diferentes etapas do curso da vida e em diferentes situações socioeconômicas e culturais. Realizar atenção nutricional, para promover, manter e/ou recuperar o estado nutricional de indivíduos e coletividades em diferentes contextos. Atuar em serviços de saúde, educação, educação, segurança alimentar nutricional e vigilância sanitária, visando a promoção e atenção à saúde de indivíduos e coletividades em âmbito local, regional e nacional. Planejar, desenvolver e avaliar ações interdisciplinares de educação alimentar e nutricional e promoção da alimentação adequada e saudável; Capacidade de avaliar, diagnosticar e acompanhar o estado nutricional, planejar, prescrever, analisar, supervisionar e avaliar dietas e suplementos dietéticos para indivíduos sadios ou enfermos. Avaliar, diagnosticar, propor alternativas para sua recuperação e acompanhar a evolução do estado nutricional de indivíduos sadios e enfermos. Capacidade de planejar, gerenciar e avaliar unidades de alimentação e nutrição, visando a manutenção e/ou melhoria das condições de saúde das coletividades sadias e enfermas. Capacidade de desenvolver atividades de auditoria, assessoria e consultoria na área de alimentação e nutrição. Gerenciar Unidades de Alimentação e Nutrição. Executar auditoria, assessoria e consultoria. Exercer controle de qualidade dos alimentos em UAN. Desenvolver e avaliar criticamente novas fórmulas e/ou produtos alimentares visando sua utilização na alimentação humana. Elaborar normas e manuais de boas práticas de alimentação e nutrição de acordo com a vigilância sanitária. Capacidade de realizar diagnósticos e intervenções na área de alimentação e nutrição, considerando os fatores simbólicos, socioculturais e econômicos que determinam as escolhas, a produção, o consumo/ disponibilidade e a utilização biológica dos alimentos pelos indivíduos e pela população. Realizar diagnósticos, planejamentos multidimensionais e intervenções em indivíduos e projetos junto à populações. Realizar pesquisas e estudos quantitativos e qualitativos em saúde, alimentação e nutrição. - Capacidade de diagnosticar, identificar prioridades, planejar, monitorar e implementar ações de alimentação e nutrição nos diferentes sistemas de políticas públicas e programas sociais que desenvolvam ações de alimentação e nutrição - Capacidade de abstração, análise e síntese de processos complexos levando em consideração aspectos biopsicossociais, culturais, econômicos e políticos. - Capacidade de reconhecer a saúde e como direito social a fim de atuar de forma a garantir a integralidade da assistência, entendida como conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, em todos os níveis de complexidade do sistema de saúde. - Capacidade de reconhecer a alimentação como um direito humano e social imprescindível a fim de atuar para a consecução da intersetorialidade e participação social, fundamentos básicos do Sistema de Segurança Alimentar e Nutricional. Coordenar, integrar equipes, planejar, gerir, monitorar e desenvolver e avaliar políticas, programas e/ou ações nas áreas de educação, alimentação escolar, saúde, assistência social, agrária e agrícola relacionadas com alimentação e nutrição. Planejar e redigir relatórios técnicos e analíticos de projetos e políticas relacionadas às políticas públicas de alimentação e nutrição, saúde e segurança alimentar e nutricional. Planejar projetos e programas relacionados aos temas relevantes para a agenda de programas e políticas relacionados a alimentação e nutrição. Coordenar, atuar em conselhos de participação social de políticas públicas. Capacidade de planejar, desenvolver e analisar pesquisas e estudos. Capacidade de planejar, desenvolver e avaliar projetos e atividades de extensão universitária. Coordenar, planejar e integrar grupos de pesquisa. Coordenar, planejar e integrar projetos de extensão universitária. Redigir relatórios técnicos de análise e avaliação de projetos de pesquisa e extensão universitária.

 

Do ponto de vista metodológico, do processo ensino-aprendizagem, busca-se por metodologias ativas e emancipadoras, que tem como eixo principal a construção das competências e habilidades, valorizando o significado da experiência do aluno e a sua individualidade. Desta forma, busca-se o desenvolvimento de habilidades para os estudos dirigidos, a avaliação crítica das intervenções de saúde e a resolução de problemas, articulando as dimensões individuais e coletivas inseridas no contexto, possibilitando a construção de competências, entendida nesta perspectiva, como um conjunto de saberes (conhecimentos), saber fazer (práticas), saber ser (atitudes), saber agir (mobilização de todos os aspectos para um fazer mais adequado), junto às capacidades e habilidades, desenvolvidas por meio da integração do trabalho e educação. Entende-se que o método de ensino-aprendizagem não deve ser único, mas deve perpassar várias estratégias que possibilitem a integração do ensino, da pesquisa e da extensão, refletida nas atividades de campo e de pesquisas, voltada para as necessidades da realidade local; na busca de parcerias com a comunidade, estimuladas especialmente, pelo o envolvimento dos serviços no processo de formação, a exemplo da participação dos profissionais de saúde no papel de preceptores. Assim, o curso de Nutrição adota diferentes metodologias para uma formação ampla e adequada do seu alunado. São elas: aulas expositivas; debates; estudos de caso; visitas técnicas; participação de convidados especialistas em áreas temáticas; portfólios; trabalhos práticos; atuação em laboratórios; monitorias; discussão de textos e de casos clínicos. Desde o início do curso os alunos são estimulados a participarem em atividades práticas para vivência da atuação profissional.

Sendo a avaliação um conjunto de estratégias que possibilitam ao professor detectar os percalços e as dificuldades de seus alunos; e a academia, um centro de formação para a vida em sociedade, a universidade se assume como matriz de educação, e para tanto considera a avaliação como uma etapa indispensável da aprendizagem. A verificação do processo ensino-aprendizagem é realizada em cada disciplina, considerando os aspectos: desenvolvimento das capacidades cognitivas e das habilidades específicas; assimilação progressiva de conhecimento; trabalho individual em atividades curriculares de estudo e de aplicação de conhecimento. O professor tem autonomia para estabelecer seus critérios de avaliação que podem ser baseados nas formas tradicionais como provas, trabalhos e exercícios, ou utilizando outros parâmetros não tradicionais, mais ativos, interativos e participativos como seminários, dinâmicas, rodas de conversa, desenvolvimento de projetos e outras. A descrição da avaliação, assim como a metodologia de ensino e o conteúdo programático são apresentados e discutidos com os alunos, além de ser documentado sob a forma de plano de ensino - aprendizagem, atualizado a cada vez que a disciplina for oferecida. Está previsto processo de revisão de menção, solicitado pelo aluno todas as vezes em que se sentir prejudicado pela avaliação feita pelo professor. Esta revisão, em suas diferentes instâncias será avaliada internamente ou por comissão externa, de acordo com a regulamentação da UnB. Salienta-se que estas avaliações buscam também preparar os estudantes para diferentes contextos de avaliação, como o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), especificamente, para o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE). A avaliação do desempenho acadêmico é feita com atribuição de menção ao rendimento acadêmico do aluno em disciplina e sua equivalência numérica são as seguintes: MENÇÕES EQUIVALÊNCIAS NUMÉRICAS SS 9,0 a 10,0; MS 7,0 a 8,9; MM 5,0 a 6,9; MI 3,0 a 4,9; II 0,1 a 2,9; SR Sem Rendimento ou Abandono. Os critérios para atribuição de menção em disciplina, número de provas e exercícios, bem como os seus pesos, são fixados pelo professor da disciplina e serão informados ao aluno no plano de ensino da disciplina, distribuído no início do período de aulas. Visando garantir o desenvolvimento adequado das competências e habilidades dos discentes, a avaliação deve considerar aspectos que oportunizem ao docente refletir sua prática. Sendo importante discutir em sala de aula os resultados, as dúvidas que ficaram e/ou agendamento para atendimento aos alunos com menor rendimento. A UnB também realiza avaliação semestral do desempenho docente, por meio da avaliação das disciplinas, realizada pelos estudantes. A atividade é proposta aos alunos, por meio de um questionário de Avaliação de Disciplina pelo Discente e tem como objetivo capturar a percepção dos estudantes sobre aspectos da disciplina, do desempenho docente, do suporte institucional disponibilizado e da própria autoavaliação. Os resultados da pesquisa, administrados pelo DEG, compõem o relatório anual da Comissão Própria de Avaliação (CPA) e também são utilizados na análise da progressão funcional dos docentes.

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