Projeto Pedagógico do Curso

Para que o aluno possa adquirir os conhecimentos requeridos para o exercício das competências e habilidades anteriormente listadas, o Curso proporciona, em seu início, uma sólida formação em ciências básicas, especialmente Matemática, Física e Informática. A formação profissionalizante é primeiramente generalista, contemplando as subáreas de Eletrônica, Controle e Automação, Sistemas Elétricos de Potência e Telecomunicações. Nos últimos quatro períodos semestrais do Curso, o aluno pode se especializar em uma ou mais das subáreas, por meio da escolha das disciplinas optativas que cursará e do trabalho de conclusão de curso.
Projeto Pedagógico do Curso de Graduação em Engenharia Elétrica 
Essa formação assim estruturada permitirá ao egresso atuar em diversas subáreas da Engenharia Elétrica, se adaptando às mudanças no mercado de trabalho ao longo de sua trajetória profissional, pois terá a base de conhecimentos para se adaptar e se atualizar. Por outro lado, por meio da escolha de disciplinas optativas, o Curso permite que o aluno se especialize em uma das subáreas citadas anteriormente, conforme seu interesse pessoal ou motivado por sinalizações correntes do mercado de trabalho.
A formação básica e a formação profissional geral e específica são complementadas com estudos introdutórios em Economia, Administração, Sociologia, Direito e Ciências do Ambiente. Esses estudos contribuem para uma formação geral mais abrangente e humanista, que estimula o senso crítico e reflexivo dos alunos.
As citadas subáreas do Curso têm reconhecimento histórico na atuação do profissional em Engenharia Elétrica e encontram respaldo nos Referenciais Nacionais dos Cursos de Engenharia, elaborado pela Secretaria de Educação Superior (SESu) do Ministério da Educação. Uma descrição sucinta de cada uma delas é apresentada a seguir.
A subárea de Controle e Automação trata dos sistemas de controle automático de processos, robótica e automação. É uma subárea de interface e de formação abrangente, cujo profissional pode atuar em diversos segmentos da engenharia e sempre que houver necessidade de automação de procedimentos. O profissional dessa subárea deve ter sólida formação em teoria de sistemas, modelagem matemática, eletrônica, programação e de tecnologias de automação e controle. Atualmente o engenheiro com essa formação encontra um amplo mercado de trabalho, sendo um importante profissional no processo de inovação, pesquisa e desenvolvimento por conta de sua visão sistêmica, permitindo assim resolver problemas complexos.
A subárea de Eletrônica compreende o projeto, especificação, manutenção e operação de sistemas, produtos e equipamentos eletrônicos analógicos e digitais; pesquisa e desenvolvimento em materiais e dispositivos eletrônicos; projeto de circuitos integrados, sistemas embarcados, sistemas biomédicos e sistemas de áudio e vídeo. A atuação nessa subárea pode exigir do profissional conhecimento de tecnologias bem recentes do campo da microeletrônica, optoeletrônica, nanoeletrônica e eletrônica orgânica.
A subárea de Sistemas Elétricos de Potência tem por objeto a geração, transmissão, e distribuição de energia elétrica; projeto, implementação e manutenção de insta
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lações elétricas industriais, comerciais e prediais; projeto, implantação, manutenção e operação de máquinas e equipamentos elétricos; proteção de sistemas elétricos; qualidade da energia, eficiência energética, conservação de energia, fontes alternativas e renováveis de energia; simulação, análise e emulação de sistemas elétricos por computador.
A subárea de Telecomunicações trata da propagação das ondas de rádio, antenas, comunicações móveis sem fio, comunicação óptica, comunicação via satélite, sistemas de radiodifusão e redes de comunicação. 

O Curso visa a formar profissionais para o exercício da profissão de engenheiro, regulamentada pela Lei n° 5.194, de 24 de dezembro de 1966, na modalidade elétrica. A Resolução CONFEA n° 1.010, de 22 de agosto de 2005, contém em seu Anexo II uma sistematização dos campos de atuação profissional das modalidades de engenheira. A definição dos campos da Engenharia Elétrica em que o egresso do Curso poderá atuar dependerá, em parte, das disciplinas optativas cursadas, que são de escolha pessoal. Contudo, pretende-se que, em geral, os egressos do Curso possam atuar em alguns dos seguintes campos: Eletrotécnica, Eletrônica e Comunicação, Controle e Automação, Hardware, Sistemas de Comunicação, Tecnologia de Comunicação e Telecomunicações.
Em cada um dos campos de atuação anteriormente listados, o egresso do Curso poderá realizar diversas atividades. A Resolução CONFEA n° 1.073, de 19 de abril de 2016, elenca em seu Art. 5º as atividades que podem ser atribuídas a profissionais de profissões que integram o Sistema Confea/Crea, entre elas a de engenheiro eletricista; são elas:
o gestão, supervisão, coordenação, orientação técnica;
o coleta de dados, estudo, planejamento, projeto, especificação;
o estudo de viabilidade técnico-econômica e ambiental;
o assistência, assessoria, consultoria;
o direção de obra ou serviço técnico;
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o vistoria, perícia, avaliação, monitoramento, laudo, parecer técnico, auditoria, arbitragem;
o desempenho de cargo ou função técnica;
o treinamento, ensino, pesquisa, desenvolvimento, análise, experimentação, ensaio, divulgação técnica, extensão;
o elaboração de orçamento;
o padronização, mensuração, controle de qualidade;
o execução de obra ou serviço técnico;
o fiscalização de obra ou serviço técnico;
o produção técnica e especializada;
o condução de serviço técnico;
o condução de equipe de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção;
o execução de instalação, montagem, operação, reparo ou manutenção;
o operação, manutenção de equipamento ou instalação; e
o execução de desenho técnico.
Com a formação dada pelo Curso e com conhecimentos e experiência adquiridas posteriormente, o egresso do Curso poderá executar a maioria dessas atividades durante sua vida profissional.
Os contratantes dos profissionais egressos do Curso são, no Distrito Federal (DF), principalmente os órgãos e as empresas públicas, tais como: as agências reguladoras ANEEL e ANATEL, o Ministério de Minas e Energia, o Ministério das Comunicações, a Companhia Energética de Brasília (CEB) e a Companhia do Metropolitano do Distrito Federal (METRÔ-DF). Outros cargos públicos ocupados por egressos do Curso são: o de perito criminal da Polícia Federal ou da Polícia Civil do DF, analista legislativo do Congresso Nacional e auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) ou do Tribunal de Contas do DF. No setor privado do DF, os principais contratantes dos profissionais egressos do Curso são as concessionárias de serviços de telecomu
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nicações, as concessionárias de serviços de radiodifusão (públicas e privadas), micro e pequenas empresas de alta tecnologia e construtoras. 

O Curso promove o aprendizado prático por meio de um grande número de disciplinas obrigatórias cujas atividades são realizadas em laboratório. Nessas disciplinas, além de lidar com situações e problemas práticos, o aluno tem a oportunidade de conhecer e aprender a utilizar diversos equipamentos. As atividades de laboratório também possibilitam ao aluno o aprendizado e a prática do trabalho em equipe.
O aluno é incentivado a realizar atividades não vinculadas às disciplinas, tais como: participação em eventos técnicos-científicos, projetos de iniciação científica, atividades de extensão, estágio, projetos multidisciplinares, visitas técnicas e participação em empresas juniores. Essas atividades possibilitam a aplicação dos conhecimentos adquiridos no Curso e aprendizados não propiciados pelas disciplinas do Curso, melhorando sua formação e sua capacitação para a atuação profissional. 

A Avaliação Institucional consiste no acompanhamento das atividades desenvolvidas na instituição de ensino dentro de uma abordagem construtiva, visando à análise e ao aperfeiçoamento do desempenho acadêmico. A Comissão Própria de Avaliação (CPA), instituída pela Lei 10.861/2004, é a comissão responsável por coordenar os processos de avaliação interna das Instituições de Ensino Superior e pelo fornecimento de informações solicitadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP).
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Anualmente a CPA da UnB elabora um Relatório de Autoavaliação Institucional, com informações sobre as dez dimensões de avaliação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), constituindo-se como instrumento para o planejamento da gestão e desenvolvimento da educação, em articulação com as diretrizes da Comissão Nacional da Educação Superior (CONAES). Por meio da autoavaliação institucional, a UnB analisa suas ações, avalia seus desafios e busca mecanismos para servir melhor a comunidade. É um processo utilizado pela Universidade para reflexão coletiva e, diagnóstico a respeito do conjunto de atividades institucionais, o que resulta em subsídios para a tomada de decisão e a definição de prioridades, bem como aprimoramentos e mudanças de trajetória.
Dessa forma, o processo avaliativo carrega um sentido tanto formativo quanto construtivo, pois, à medida que a UnB pratica a reflexão, adquire conhecimentos, fortalece a visão a respeito das atividades avaliadas e subsidia mudanças em prol de melhorias. Os principais instrumentos utilizados pela CPA para a avaliação dos cursos da UnB são:
o instrumentos de avaliação interna;
o avaliação discente;
o consulta à comunidade acadêmica: discente, docente e técnico;
o instrumentos de avaliação externa;
o instrumento de avaliação de cursos de graduação presencial e a distância;
o instrumento de avaliação institucional.
o Fórum de Avaliação da Comissão Própria de Avaliação da UnB (AVAL).
Os institutos, faculdade e departamentos da Universidade recebem relatórios com resultados das pesquisas socioeconômicas relativas aos estudantes, evasão, avaliação de disciplinas e dos docentes feitas pelos discentes, entre outros. Tais informações são importantes para o acompanhamento e diagnóstico do curso dentro de um processo permanente de avaliação.
Ao final de cada semestre letivo, com o apoio institucional da UnB, é realizada junto aos alunos a avaliação das disciplinas cursadas e dos professores que as ministraram. Alguns dos aspectos avaliados pelos alunos são: programa da disciplina, de
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sempenho do professor, autoavaliação do aluno e satisfação com a disciplina e com o suporte à execução da disciplina. Esses dados coletados são tratados estatisticamente e depois enviados aos departamentos na forma de relatórios individuais por disciplina.
O NDE do Curso utiliza os relatórios da CPA e da avaliação semestral discente para efetuar uma avaliação periódica sobre o andamento do curso e propor ações buscando aprimorar o processo de ensino-aprendizagem no âmbito do curso. 

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