Projeto Pedagógico do Curso

O bacharel em composição musical atuará como compositor, arranjador, produtor musical, sonoplasta, técnico de estúdio, diretor musical, compositor de trilhas sonoras. O campo de trabalho é amplo, a abranger órgãos públicos e a iniciativa privada, rádio, TVs, empresas de jogos digitais, teatros, instituições religiosas, mercado publicitário, entre outros.

 

Na área de pesquisa musical o bacharel em composição musical poderá se dedicar a todas as linhas de pesquisa da musicologia, teoria musical, filosofia e estética musical, desenvolvimento de tecnologia aplicada à música, entre outras. Estará capacitado a avaliar tanto aspectos práticos como teóricos da atividade musical, com amplas possibilidades de criação e pesquisa nas áreas de interseção entre música, arte, demais ciências humanas e tecnologias.

 

Objetivos do curso:

• Formar compositores nos diversos estilos e gêneros musicais produzidos nos séculos XX e XXI;

• Possibilitar um aporte teórico abrangente em um arco histórico desde os primórdios até a pós-modernidade;

• Investigar a linguagem musical visando o domínio de técnicas instrumentais ampliadas e a criação com recursos multimeios e tecnologias digitais;

• Viabilizar a pesquisa científica em música visando a compreensão e difusão da cultura musical e seu desenvolvimento e uso das tecnologias musicais;

• Possibilitar a formação do profissional competente no sentido da capacitação artística, científica e política, envolvendo o domínio dos conteúdos, das metodologias, das técnicas, das habilidades específicas, mediante uma intervenção crítica e participativa na própria realidade;

• Habilitar o profissional a interagir com a sua comunidade local com vistas a transformação da qualidade de vida na perspectiva dos princípios que regem a Universidade, ou seja, o Ensino, a Pesquisa e a Extensão;

• Habilitar o futuro profissional para a pesquisa e produção da música contemporânea de concerto em suas respectivas especialidades: música instrumental/vocal, música eletroacústica e eletrônica, e música experimental;

• Dar ao futuro profissional a capacidade para atuar tanto na criação de projetos voltados para a pesquisa de meios de expressão, na participação em eventos de música contemporânea, no comissionamento de obras, no registro fonográfico e em outras solicitações da atuação profissional.

• Formar profissionais com conhecimentos musicais em composição, contraponto, harmonia, análise, orquestração, recursos tecnológicos aplicados à criação musical e composição de trilhas sonoras.

• Identificar e aplicar, articuladamente, os componentes básicos da linguagem sonora;

• Integrar estudos e pesquisas na Composição Musical;

• Caracterizar, escolher e manipular os elementos materiais e cognitivos no processo da criação musical;

• Trazer para a prática musical o conteúdo das transformações e rupturas históricas e conceituais ocorridas na música a partir do século XX;

• Construir e adequar processos, formas, técnicas, materiais e valores estéticos na criação musical, a partir de uma visão crítica da realidade;

• Utilizar crítica e adequadamente métodos, técnicas e tecnologias específicas à criação musical;

• Ser consciente e crítico de seu papel social e político, capaz de enfrentar os desafios da sociedade contemporânea nas atividades artísticas e culturais, como também, interagir nas novas redes de informação, com a fundamentação teórica refletida na sua prática musical;

• Adotar uma postura investigatória, reflexiva e criativa diante de suas atividades, capaz de produzir conhecimento;

• Estar preparado para a atividade musical, com possibilidades de atuar num campo de trabalho com características múltiplas.

Os procedimentos metodológicos no curso de bacharelado em composição musical, os processos de como ensinar-aprender, acompanhar e avaliar, estão relacionados às particularidades de cada disciplina e seus correspondentes níveis. O curso apresenta componentes curriculares bem diversificadas como componentes curriculares teóricas do fazer musical, do conhecimento sobre música, do conhecimento científico em música, do conhecimento da performance musical. Somam-se a esses conteúdos, componentes curriculares de natureza teórico acadêmicas.

 

O bacharelado em composição pratica um modelo teórico-prático de reflexão-ação, que articula atividades das componentes curriculares com formatos alternativos de aula, inserindo o indivíduo em processos sociais mais amplos:

1) projetos de ação contínua que integram ensino/pesquisa/extensão e valorizam a interdisciplinaridade e a produção de conhecimento criativo-teórico-prático;

2) oficinas e laboratórios de práticas criativas-teórico-musicais e pedagógicas, relacionados com a realidade do mercado de trabalho e as novas tecnologias;

3) seminários interdisciplinares;

4) estudos independentes;

5) atividades de extensão integradas aos componentes curriculares e prática musical em suas diversas dimensões.

 

No curso de bacharelado em composição musical, a articulação entre criatividade, teoria e prática está presente desde o primeiro semestre por meio de componentes curriculares criativo-teórico-práticas, que propiciam ao aluno estudar e experimentar de forma criativa e prática os conteúdos curriculares.

 

Os procedimentos para o ensino e aprendizagem da composição musical são diversificados e envolvem metodologias:

1) Expositivas e interativas sob uma perspectiva dialógica e reflexiva;

2) Problematizadoras, que analisam e discutem os problemas da criação musical para a elaboração de estratégias de gestão de carreira e criação musical que deverão ser observadas em diferentes situações da vida profissional;

3) Reflexão sobre a ação, que partem da prática, para pensar a prática e retornar à prática;

4) Comunidades de prática que envolvem a criação musical num ambiente controlado de aula e situada de forma que todos são mestres e aprendizes.

 

Os processos metodológicos no curso são desenvolvidos em diferentes formatos como seminários, aulas expositivas, rodas de conversa, apresentações orais, práticas de conjunto, ambiente virtual de aprendizagem, vídeo aulas, e outras possibilidades como redes sociais e canais no Youtube. Nas componentes curriculares do curso, os estudantes têm a oportunidade de exercitar o expor-se artística e intelectualmente.

Os processos de ensino-avaliação dos discentes, docentes, e da proposta do curso são variados e seguem os princípios e os sistemas de avaliação da Universidade de Brasília. Nesse sentido, o PPC orienta a Avaliação nos seguintes aspectos: a) Avaliação das Atividades Acadêmicas; b) Avaliação Docente e Auto avaliação Discente; c) Avaliação do Curso e das Componentes curriculares.

 

a) Quanto à Avaliação das Atividades Acadêmicas

A avaliação das atividades no âmbito dos cursos do Departamento de Música atende aos seguintes critérios:

● Divulgação dos critérios e instrumentos de avaliação nos programas de curso pelos docentes responsáveis;

● Adoção de procedimentos de avaliação formativa e somativa de acordo com o plano de curso de cada componente curricular;

● Valorização dos conhecimentos prévios dos alunos;

● Adequação da avaliação ao sistema de menções da UnB.

 

São instrumentos avaliativos do processo ensino-aprendizagem as provas dissertativas e exercícios; atividades práticas tais como audições, recitais, concertos, masterclasses; apresentação oral de projetos e pesquisas; trabalhos escritos de cunho musicológico. Com relação às menções dos alunos, os critérios para atribuição de menção em componente curricular, número de provas e exercícios, bem como os pesos, devem ser informados ao estudante no Plano de Ensino de cada componente curricular e divulgados pelo professor no início de cada período letivo. As menções da UnB e a sua equivalência com o sistema de atribuição de notas são:

 

Quadro 1. Menções e notas utilizadas pela UnB.

Fonte: Regimento Geral UnB

 

Caso o estudante não concorde com a menção que lhe foi atribuída pelo professor, ele poderá solicitar recurso para alterá-la por meio da Revisão de Menção Final, a ser solicitada no departamento conforme data estabelecida no Calendário Universitário de Graduação.

 

b) Quanto à Avaliação Docente e Auto avaliação Discente

 

A Universidade de Brasília disponibiliza, semestralmente, uma avaliação institucional, de docentes e auto avaliação discente, que é realizada pelos próprios estudantes quando solicitam matricula para o semestre seguinte. Nesta avaliação, denominada Avaliação Discente, os estudantes avaliam as componentes curriculares cursadas em seus aspectos de gestão do conteúdo e gestão de classe pelo docente responsável; a infraestrutura disponibilizada para os componentes curriculares e a sua participação em cada componente curricular. Esse procedimento permite avaliar: o perfil do professor; identificar os pontos positivos e os pontos a serem melhorados em sua ação pedagógica; o programa do componentes curriculares; o domínio dos conteúdos; a adequação do componente curricular aos objetivos; a contextualização dos conhecimentos; o apoio técnico à disciplina; o material didático e, caso pertinente, a qualidade do ambiente virtual de aprendizagem. Nessa mesma avaliação, cada estudante pode realizar uma auto avaliação de sua atuação no componente curricular e destacar suas dificuldades. Desde o segundo semestre de 2011, essa avaliação é feita eletronicamente, via SIGAA, sistema interno da UnB que permite que o estudante gerencie sua matricula nos componentes curriculares.

 

Com espaço para emitir opiniões, o questionário aplicado é dividido em quatro blocos: avaliação do componente curricular, percepção sobre o desempenho do professor, auto avaliação do estudante e apoio institucional aos componentes curriculares. Cada item do questionário é avaliado em uma escala de 1 (insatisfatório) a 5 (excelente). Ao final de cada semestre, as avaliações são utilizadas pelos colegiados dos cursos e pela Câmara de Ensino de Graduação (CEG) para propor e implementar ações visando a aperfeiçoamentos. (Universidade de Brasília, PDI 2014-2017, p. 88)

 

A Avaliação Docente realizada pelos estudantes é disponibilizada pelo Decanato de Graduação no portal Acadêmico da instituição. Cada professor ou professora pode acessar a sua avaliação com login e senha próprios. O sistema de avaliação docente e auto avaliação discente integra o programa AvaliaUnB, que por sua vez integra o Plano de Auto avaliação Institucional. Segundo site da Comissão Própria de Auto avaliação – CPA, “seu objetivo éampliar o contato da CPA com as unidades acadêmicas da UnB e desenvolver ações de aproximação com a gestão acadêmica”.

 

c) Quanto à Avaliação do Curso e dos Componentes curriculares

 

O item anterior, avaliação docente e auto avaliação discente, engloba também a avaliação das componentes curriculares cursadas pelos estudantes como foi exposto. Contudo, esse tipo de avaliação refere-se, basicamente, à Avaliação Institucional entendida como acompanhamento das atividades acadêmicas visando à qualificação da formação e sua adequação às demandas da sociedade. Nesse sentido, esta avaliação está diretamente relacionada aos critérios de avaliação do Sistema de Avaliação da Educação Superior (SINAES), constituindo instrumento para o planejamento da gestão e desenvolvimento da formação em nível superior em articulação com as diretrizes da Comissão Nacional da Educação Superior (CONAES).

 

Nessa perspectiva, a Comissão Própria de Avaliação (CPA) da UnB foi instituída em 2004, observando-se as diretrizes previstas na Portaria MEC no 2.051/2004, para conduzir os processos de avaliação internos da instituição e realizar a sistematização das informações. A CPA éresponsável pelos relatórios socioeconômicos dos estudantes, dados de evasão, avaliação de componentes curriculares e avaliação discente.

 

Dentre as ações da CPA destaca-se o Programa Avalia UnB, iniciado no triênio 2017- 2019 e substituto do projeto CPA Itinerante, que visita todas as unidades acadêmicas após a divulgação dos resultados do Enade e das Avaliações in loco, garantindo uma visita a cada unidade acadêmica durante o triênio avaliativo. Nessa ação. a CPA apresenta o “Relatório de Auto avaliação Institucional, incluindo a reflexão sobre os indicadores acadêmicos, os resultados dos processos de avaliação interna e externa para subsidiar a construção de planos de melhoria e estudos relacionados ao perfil e trajetória dos estudantes, além da política de acompanhamento dos egressos” (Disponível em: http://www.cpa.unb.br/index.php?option=com_content&view=article&id=451&Itemid=303.) . Este programa desenvolve os seguintes instrumentos de avaliação: 1) Boletim da CPA; 2) Consulta à Comunidade Acadêmica por meio de questionário anual para professores, técnicos e discentes; 3) Fórum de Avaliação da Universidade de Brasília. Os resultados dos triênios avaliados, bem como o Plano de Autoavalição para o triênio seguinte são divulgados no site da CPA: www.cpa.unb.br

 

No Departamento de Música, o Núcleo Docente Estruturante (NDE) do curso de Bacharelado em Música é o responsável pelo acompanhamento, reformulação, implantação e avaliação do curso. A prática sistemática de autoavalição dos cursos é ainda recente e tem reflexo, principalmente, na reflexão coletiva sobre os índices de ingresso, evasão e retenção dos cursos. Os relatórios da CPA, enviados anualmente aos departamentos para conhecimento e propostas de melhorias, têm sido objeto de discussão visando a revisão das componentes curriculares e do fluxograma curso. Nesse esforço auto avaliativo, a perspectiva dos alunos sobre o curso, suas dificuldades e sugestões têm sido contempladas na medida do possível.

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