Projeto Pedagógico do Curso

Nas Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Música, constante na Resolução CNE/CES nº 02/2004 os artigos 3 e 4 delineiam o perfil do egresso do Curso de Bacharelado em Música, a saber, “a capacitação para apropriação do pensamento reflexivo, da sensibilidade artística, da utilização de técnicas composicionais, do domínio dos conhecimentos relativos à manipulação composicional de meios acústicos, eletroacústicos e de outros meios experimentais, e da sensibilidade estética através do conhecimento de estilos repertórios, obras e outras criações musicais, revelando habilidades e aptidões indispensáveis à atuação profissional na sociedade, nas dimensões artísticas, culturais, sociais, científicas e tecnológicas, inerentes à área da Música.”

Já o artigo 4º. revela que o curso de graduação em música deve possibilitar a formação profissional que revele, pelo menos, as seguintes competências e habilidades para:

I - Intervir na sociedade de acordo com suas manifestações culturais, demonstrando sensibilidade e criação artísticas e excelência prática;

II - Viabilizar pesquisa científica e tecnológica em Música, visando à criação, compreensão e difusão da cultura e seu desenvolvimento; I II - Atuar, de forma significativa, nas manifestações musicais, instituídas ou emergentes;

IV - Atuar nos diferenciados espaços culturais e, especialmente, em articulação com instituição de ensino específica de Música;

V - Estimular criações musicais e sua divulgação como manifestação do potencial artístico.

Sendo assim, espera-se que o bacharel em música seja competente para:

Desenvolver, organizar e gerir recitais públicos e para produzir outros conhecimentos a partir da performance musical, a partir de diferentes registros - escritos, audiovisuais, etc.;

Registrar em notações musicais e em outras formas documentais analítico-contextuais,

encartes, memoriais, artigos, etc., seu conhecimento musical;

Dispor das músicas em diferentes mídias e para diferentes públicos;

Exibir domínio de seu instrumento no âmbito técnico, estilístico e estético;

Lecionar seu instrumento levando em consideração os diferentes espaços e situações de

ensino e aprendizagem;

Atuar na sociedade de acordo com o ambiente em que esteja inserido manifestando

sensibilidade e inovação artística.

 

No que se refere aos procedimentos metodológicos no curso de Bacharelado em Música - Instrumentos e Canto, os processos de como ensinar-aprender, acompanhar e avaliar estão relacionados às particularidades de cada disciplina. É importante destacar que o curso apresenta disciplinas bem diversificadas como: disciplinas teóricas do fazer musical, do conhecimento sobre música; do conhecimento científico em música; do conhecimento da performance musical; somam se a esses conteúdos, disciplinas de natureza teórico acadêmicas. O Bacharelado em Música defende um modelo teórico-prático de reflexão-ação que articule atividades curriculares das disciplinas com formatos alternativos de aula inserindo o indivíduo em processos sociais mais amplos:

1) projetos de ação contínua que integrem ensino/pesquisa/extensão e valorizem a interdisciplinaridade e a produção de conhecimento teórico-prático;

2) oficinas e laboratórios de práticas teórico-musicais e pedagógicas, relacionados com a realidade do mercado de trabalho local e as novas tecnologias de informação e comunicação (TICs);

3) seminários interdisciplinares;

4) estudos independentes;

5) atividades de extensão integradas aos componentes curriculares de estágio e prática musical em suas diversas dimensões.

No curso de Bacharelado em Música da UnB, a articulação entre teoria e prática está presente desde o primeiro semestre por meio de disciplinas teórico-práticas que propiciam ao aluno estudar e experimentar de forma prática conteúdos curriculares. Sendo assim, os procedimentos metodológicos para o ensino e aprendizagem musical e para o aprender a ensinar são diversificados e podem envolver metodologias:

1) Expositivas e interativas sob uma perspectiva dialógica e reflexiva;

2) Problematizadoras, que analisam e discutem os problemas da prática musical para podem elaborar estratégias de gestão de carreira e performance musical que deverão ser observadas em diferentes situações da vida profissional;

3) Reflexão sobre a ação, que partem da prática, para pensar a prática e retornar a prática;

4) Comunidades de prática que envolvem a performance musical pública num ambiente

controlado de aula e situada de forma que todos são mestres e aprendizes;

5) Registro em vídeo para desenvolvimento da auto-observação e reflexão orientada;

Desse modo, os processos metodológicos podem ser desenvolvidos em diferentes formatos como seminários, aulas expositivas, rodas de conversa, apresentações orais, práticas de conjunto, ambiente virtual de aprendizagem, vídeo aulas, e outras possibilidades como redes sociais e canais no Youtube. Nas disciplinas do curso, especialmente as práticas e teórico práticas, os estudantes têm oportunidade de aprender a se expor tanto artística quanto intelectualmente.

Outras atividades que promovem a articulação entre teoria e prática são as disciplinas de Estágio Supervisionado em [Instrumento/Canto], programas de iniciação científica, e projetos de extensão.

Os processos de ensino-avaliação dos discentes, docentes, e da proposta do curso são variados e seguem os princípios e os sistemas de avaliação da Universidade de Brasília. Nesse sentido, o PPC orienta a Avaliação nos seguintes aspectos:

2.9.1) Avaliação das Atividades Acadêmicas; 2.9. 2 Avaliação Docente e Auto avaliação Discente; 2.9.3) Avaliação do Curso e das Componentes curriculares.

2.13.1 Quanto à Avaliação das Atividades Acadêmicas

A avaliação das atividades no âmbito dos cursos do Departamento de Música atende aos seguintes critérios:

Divulgação dos critérios e instrumentos de avaliação nos programas de curso pelos

docentes responsáveis;

Adoção de procedimentos de avaliação formativa e somativa de acordo com o plano de

curso de cada componente curricular;

Valorização dos conhecimentos prévios dos alunos;

Adequação da avaliação ao sistema de menções da UnB.

São instrumentos avaliativos do processo ensino-aprendizagem as provas dissertativas e exercícios; atividades práticas tais como audições, recitais, concertos, masterclasses; apresentação oral de projetos e pesquisas; trabalhos escritos de cunho musicológico. Com relação às menções dos alunos, os critérios para atribuição de menção em componente curricular, número de provas e exercícios, bem como os pesos, devem ser informados ao estudante no Plano de Ensino de cada componente curricular e divulgados pelo professor no início de cada período letivo. As menções da UnB e a sua equivalência com o sistema de atribuição de notas são:

 

Quadro 3. Menções e notas utilizadas pela UnB. Fonte: Regimento Geral UnB

 

Caso o estudante não concorde com a menção que lhe foi atribuída pelo professor, ele poderá solicitar recurso para alterá-la por meio da Revisão de Menção Final, a ser solicitada no departamento conforme data estabelecida no Calendário Universitário de Graduação.

2.13.2. Quanto à Avaliação Docente e Autoavaliação Discente

A Universidade de Brasília disponibiliza, semestralmente, uma avaliação institucional, de docentes e autoavaliação discente, que é realizada pelos próprios estudantes quando solicitam matrícula para o semestre seguinte. Nesta avaliação, denominada Avaliação Discente, os estudantes avaliam as componentes curriculares cursadas em seus aspectos de gestão do conteúdo e gestão de classe pelo docente responsável; a infraestrutura disponibilizada para os componentes curriculares e a sua participação em cada componente curricular. Esse procedimento permite avaliar: o perfil do professor; identificar os pontos positivos e os pontos a serem melhorados em sua ação pedagógica; o programa dos componentes curriculares; o domínio dos conteúdos; a adequação do componente curricular aos objetivos; a contextualização dos conhecimentos; o apoio técnico à disciplina; o material didático e, caso pertinente, a qualidade do ambiente virtual de aprendizagem. Nessa mesma avaliação, cada estudante pode realizar uma autoavaliação de sua atuação no componente curricular e destacar suas dificuldades. Desde o segundo semestre de 2011, essa avaliação é feita eletronicamente, via SIGAA, sistema interno da UnB que permite que o estudante gerencie sua matrículanos componentes curriculares.

Com espaço para emitir opiniões, o questionário aplicado é dividido em quatro blocos: avaliação do componente curricular, percepção sobre o desempenho do professor, autoavaliação do estudante e apoio institucional aos componentes curriculares. Cada item do questionário é avaliado em uma escala de 1 (insatisfatório) a 5 (excelente). Ao final de cada semestre, as avaliações são utilizadas pelos colegiados dos cursos e pela Câmara de Ensino de Graduação (CEG) para propor e implementar ações visando a aperfeiçoamentos. (Universidade de Brasília, PDI 2014-2017, p. 88)

A Avaliação Docente realizada pelos estudantes é disponibilizada pelo Decanato de Graduação no portal Acadêmico da instituição. Cada professor ou professora pode acessar a sua avaliação com login e senha próprios. O sistema de avaliação docente e autoavaliação discente integra o programa AvaliaUnB, que por sua vez integra o Plano de Autoavaliação Institucional. Segundo site da Comissão Própria de Autoavaliação - CPA, "seu objetivo é ampliar o contato da CPA com as unidades acadêmicas da UnB e desenvolver ações de aproximação com a gestão acadêmica".

 

2.13.3 Quanto à Avaliação do Curso e dos Componentes curriculares

O item anterior, avaliação docente e autoavaliação discente, engloba também a avaliação das componentes curriculares cursadas pelos estudantes como foi exposto. Contudo, esse tipo de avaliação refere-se, basicamente, à Avaliação Institucional entendida como acompanhamento das atividades acadêmicas visando à qualificação da formação e sua adequação às demandas da sociedade. Nesse sentido, esta avaliação está diretamente relacionada aos critérios de avaliação do Sistema de Avaliação da Educação Superior (SINAS), constituindo instrumento para o planejamento da gestão e desenvolvimento da formação em nível superior em articulação com as diretrizes da Comissão Nacional da Educação Superior (CONAES).

Nessa perspectiva, a Comissão Própria de Avaliação (CPA) da UnB foi instituída em 2004, observando-se as diretrizes previstas na Portaria MEC no 2.051/2004, para conduzir os processos de avaliação internos da instituição e realizar a sistematização das informações. A CPA é responsável pelos relatórios socioeconômicos dos estudantes, dados de evasão, avaliação de componentes curriculares e avaliação discente.

A Coordenadoria de Avaliação do Ensino de Graduação, vinculada ao Decanato de Ensino de Graduação por intermédio da Diretoria Técnica de Graduação... é o setor responsável por estudos de avaliação e de acompanhamento de indicadores de cursos de graduação da UnB. Dessa forma, o processo avaliativo de cursos da Universidade contempla, além das etapas previstas no SINAES, necessidades especificas da instituição. Seu principal objetivo é promover o desenvolvimento de projetos e programas voltados para o aprimoramento da avaliação do ensino de graduação. (Universidade de Brasília, PDI 2014-2017, p.88)

Dentre as ações da CPA destaca-se o Programa Avalia UnB, iniciado no triênio 2017- 2019 e substituto do projeto CPA Itinerante, que visita todas as unidades acadêmicas após a divulgação dos resultados do Enade e das Avaliações in loco, garantindo uma visita a cada unidade acadêmica durante o triênio avaliativo. Nessa ação. a CPA apresenta o "Relatório de Autoavaliação Institucional, incluindo a reflexão sobre os indicadores acadêmicos, os resultados dos processos de avaliação interna e externa para subsidiar a construção de planos de melhoria e estudos relacionados ao perfil e trajetória dos estudantes, além da política de acompanhamento dos egressos" (Disponível em: http://www.cpaunb.br/index.php?option=com_content&view=article&id=451&Itemid=303.).

Este programa desenvolve os seguintes instrumentos de avaliação: 1) Boletim da CPA; 2)

Consulta à Comunidade Acadêmica por meio de questionário anual para professores, técnicos e discentes; 3) Fórum de Avaliação da Universidade de Brasília. Os resultados dos triênios avaliados, bem como o Plano de Autoavalição para o triênio seguinte são divulgados no site da CPA: www.cpa.unb.br

No Departamento de Música, o Núcleo Docente Estruturante (NDE do curso de Bacharelado em Música é o responsável pelo acompanhamento, reformulação, implantação e avaliação do curso. A prática sistemática de autoavalição dos cursos é ainda recente e tem reflexo, principalmente, na reflexão coletiva sobre os índices de ingresso, evasão e retenção dos cursos. Os relatórios da CPA, enviados anualmente aos departamentos para conhecimento e propostas de melhorias, têm sido objeto de discussão visando a revisão das componentes curriculares e do fluxograma curso. Nesse esforço auto avaliativo, a perspectiva dos alunos sobre o curso, suas dificuldades e sugestões têm sido contempladas na medida do possível.

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