Projeto Pedagógico do Curso

É de se esperar que o discente, a despeito de optar por uma ou outra das habilitações oferecidas pela unidade, adquira durante o curso uma formação bastante sólida dentro de um âmbito geral que justamente lhe identificará como sendo, antes de mais nada, “geógrafo”. Uma armadilha da qual queremos fugir diz respeito, portanto, à tentação de sacrificar perspectivas e temáticas. Entendemos que só uma formação plural (a ser executada sobretudo em semestres iniciais – os quais denominaremos nosso “Núcleo Estruturante”) possibilitará que os discentes percebam a identidade essencialmente heterogênea e miscigenada da ciência geográfica. E, conscientes disso, terão condições de identificar seus âmbitos preferenciais para futura atuação profissional. Sendo assim, não é porque a legislação estipula uma carga horária mínima para esta ou aquela habilitação, que abreviaremos o quanto possível a formação intelectual dos acadêmicos. Sendo assim, nosso propósito vai de encontro, precisamente, ao discurso da “minimização” dos currículos. Nossa proposta e empenho será antes no sentido de otimizar o período de estada dos graduandos; não significando, contudo, que tenhamos de estender a duração habitual do curso de Graduação em Geografia (os corriqueiros oito semestres). Estamos convictos de que será apenas deste modo que os ingressantes no curso poderão tornar-se egressos de efetiva excelência – e sem que haja, por sinal, desperdício de dinheiro público com as até aqui “formações eficientes” (sic). Dissimuladas, sob o discurso do fast teaching, estas formações nos últimos anos têm lançado no mercado um impressionante contingente de “profissionais”. Se for de exaltar o quantitativo, o mesmo enaltecimento não se dá se verificamos o saldo qualitativo. Prevendo, então, uma formação integral (não reducionista), concebemos perfis de egresso contemplando tanto a aquisição de saberes e práticas especiais da habilitação, quanto à imperativa incorporação dos ideários e rotinas histórica e identitariamente inerentes à ciência geográfica como um todo. Assim, teríamos um perfil geral, além de um meramente específico. Como perfil geral ... Numa perspectiva reflexiva, compreensão dos elementos e processos concernentes aos quadros físico e humano, mediante o entendimento dos alicerces epistemológico (sistemas de pensamento) e metodológico (linguagens e técnicas) da ciência geográfica. Numa perspectiva executiva, atuações competentes (discernimento dos problemas e das opções teóricas), hábil (emprego seguro dos instrumentos), ética (respeito à pluralidade nos ambientes profissionais), crítica (autonomia intelectual) e criativa (intervenções propositivas). E como perfil específico ... Transmissão dos saberes num fito de formar novos professores que venham a municiar seus educandos com ideários e instrumentos que lhes facultem uma visão esclarecida, crítica e sagaz, dirigida às formas e processos socioespaciais. Simultaneamente, uma atenção concomitante às sofisticações recentes do pensamento científico (atualização interdisciplinar) e às preocupações de desenvolvimento humano (sensibilidade social), sob pena da formação restar pouco operacional, e ensejando práticas anacrônicas ou então meramente utilitaristas. 

Na formação do futuro geógrafo licenciado deverão ser compreendidas, trabalhadas e absorvidas as seguintes competências e habilidades: 

 

A) Competências Gerais e Específicas: ! selecionar a linguagem científica mais adequada para a abordagem do problema geográfico, considerando suas características e a natureza do problema em questão; ! articular os elementos empíricos e conceituais, concernentes ao tratamento científico dos processos espaciais, em suas imbricações política, econômica e cultural, e nas escalas local, regional, nacional e internacional; ! identificar, descrever e modelar teoricamente as organizações espaciais do meio físico (isto é, os sistemas ambientais ou geossistemas): • compreender a distribuição dos recursos naturais; • estabelecer o caráter relacional dos componentes do ambiente natural e entre este e o antropogênico; ! identificar, descrever e inferir nexos causais para as organizações espaciais da sociedade (isto é, os sistemas culturais, socioeconômicos e políticos): • compreender as diferentes concepções relativas ao processo de percepção cultural do espaço, identificando o papel das representações simbólicas nas práticas cotidianas; • compreender as diferentes práticas relativas ao processo de produção econômica do espaço, identificando o enquadramento das questões urbana e agrária; ! compreender as dimensões política e pedagógica dos ambientes escolares: • familiarizar-se com as questões pertinentes à legislação e gestão escolares.

 

B) Habilidades Gerais e Específicas: ! reconhecer as diferentes escalas de ocorrência e manifestação dos fenômenos geográficos; ! planejar e realizar atividades de campo referentes à investigação geográfica; ! dominar técnicas instrumentais e laboratoriais que auxiliem a aplicação, a testabilidade e/ou a representação simbólica dos conhecimentos: • produzir, ler e interpretar os produtos do sensoriamento remoto, dos sistemas de informação geográfica, bem como outros documentos gráficos e matemático-estatísticos; ! analisar e representar os sistemas naturais e sua interface com as intervenções antrópicas; ! interpretar as causas e consequências da manifestação espacial dos sistemas socioeconômicos; ! ensaiar táticas de transposição dos conhecimentos geográficos científicos, adequando-o aos expedientes didáticos facilitadores de sua aprendizagem: • produzir artefatos (maquetes, protótipos, etc.) cuja manipulação favoreça a assimilação de conceitos e processos antes tratados (ou a serem tratados em seguida) teoricamente; • conceber dinâmicas interativas em sala de aula, úteis à assimilação das informações em questão, bem como ao compartilhamento de juízos críticos quando de sua análise.

O PPPC apresentado ampara-se nas seguintes legislações: • a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996); • as Leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008, que tornam obrigatório o ensino da Geografia e da História e das culturas africana, afro-brasileira e indígena na educação básica; • as Diretrizes Curriculares para os Cursos de Geografia, do Conselho Nacional de Educação (Resolução CNE/CES nº 14, de 13 de março de 2002); • as Resolução CNE/CP nº 2/2015; • o Decreto da Presidência da República nº 5.626, de 22 de dezembro de 2005, que institui o ensino de Libras (Língua Brasileira de Sinais) em todos os cursos de licenciatura; • e o Memorando do Decanato de Graduação da Universidade de Brasília, de , que dispõe sobre o processo de renovação do curso de Geografia, diurno, junto ao MEC, ajustando-o à Resolução CNE/CP nº 2/2015. A proposta para o desenvolvimento das atividades nos diversos espaços formativos do curso de licenciatura em Geografia a Distância da UnB enfatiza o emprego de metodologias diversificadas que possibilitem a interação entre estudantes e docentes, de modo a favorecer uma aproximação significativa com os objetos de estudo. Em acordo com o PDI 2018-2022 da Universidade de Brasília, a metodologia do curso se baseia em princípios que promovem a observação e a reflexão da realidade, aprofundando a articulação entre teoria e prática, contribuindo para a integralização das atividades acadêmicas e para a produção do conhecimento nas distintas áreas por meio da oferta de disciplinas obrigatórias com conteúdos científico-culturais e práticas entrelaçados, formando um licenciado que reflete sobre sua prática docente através da pesquisa. Essa abordagem, que mescla prática e teoria, promove o contínuo debate de questões fundamentais para a formação técnico humanística almejada no licenciado em Geografia, das quais destacam-se os direitos humanos, a educação ambiental e as questões étnico-raciais e gênero. Os conhecimentos teóricos imbricados aos saberes práticos constroem no licenciado em Geografia a habilidade comunicativa, a análise crítica, técnica, didática e criativa, úteis para a reflexão independente ou para o trabalho colaborativo em equipe, em contextos pluriculturais e interculturais. As aulas são movidas a partir de questionamentos contemporâneos sociais e humanos envolvendo os alunos desde o início do curso, em processos de construção de conhecimentos a partir da vida real, ensejando assim aprendizados que, desde a raiz, estão comprometidos com o desenvolvimento da sociedade, da natureza e, simultaneamente, do próprio conhecimento científico, em respeito ao único direito absoluto do ser humano: a dignidade, como assim sonhou Darcy Ribeiro. Assim, “a excelência acadêmica deve ser considerada como constitutiva e constituinte da estreita relação entre formação profissional e práticas sociais” (PDI 2018-2022, 2018, p. 53). A problematização, a indagação e a dúvida, ao longo da formação, são partes essenciais na aplicação dos princípios almejados, pois tratam-se de abordagens motivadoras e fundamentais para o ensino, pesquisa e extensão, “contribuindo para o desenvolvimento da independência intelectual dos estudantes e para a busca de atualização e aperfeiçoamento, aproximando as reflexões teóricas das atividades práticas” (PDI 2018-2022, 2018, p. 53). Busca-se apoiar a formação do docente com ajudas financeiras e liberação para promoção de cursos, apresentação de trabalhos, pesquisas de campo e capacitações, em instituições de ensino e pesquisas, eventos acadêmicos, científicos e culturais relacionados ao ensino, pesquisa e extensão, seja em âmbito nacional, com especial atenção para a internacionalização do curso. Também são incentivados o intercâmbio entre docentes e discentes de graduação e pós-graduação, cuja experiência em outras instituições poderão contribuir para a inovação e fomento da produção científica. Considerado obrigatório para a formação do professor/pesquisador o Trabalho Final em Geografia prevê, em seu regulamento, a possibilidade de os/as discentes optarem por linguagens diferenciadas no produto final, incorporando as novas tecnologias da informação e comunicação. O Trabalho Final do Curso de Geografia da Universidade de Brasília define que os Trabalhos de Conclusão de Curso da Licenciatura podem seguir as seguintes modalidades: monografia; artigo científico inédito; material didático geográfico (acompanhado de memorial sobre a pesquisa para elaboração do produto final). Além dos aspectos destacados acima, ressalta-se a importância da inclusão das Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) na formação do licenciado em Geografia. Para o desenvolvimento desse domínio das TIC’s, a universidade dispõe de ambiente de aprendizagem virtual (plataforma moodle) no site oficial (www.ead.unb.br). O curso também dispõe do site oficial (www.gea.unb.br) e sites de laboratórios, a exemplo do Laboratório de Cartografia Aplicada e Informação Geográfica CIGA ( www.ciga.unb.br ), assim como de outros laboratórios: Laboratório de Geoiconografia e Multimídias LAGIM (www.lagim.wordpress.com), Laboratório de Climatologia Geográfica LCGea (https://lcgeaunb.blogspot.com/); Geography, Environment and Health Laboratory LAGAS (www.lagas.unb.br) e Laboratório Georedes (https://www.facebook.com/georedes/). Todos esses sites de laboratórios são resultantes de projetos de pesquisa, ensino e extensão desenvolvidos juntos ao Departamento de Geografia. Para atender à capacitação do ofício de professor/a-pesquisador/a, em suas várias dimensões, o que supõe domínio do campo disciplinar da Geografia, bem como das práticas de sua produção, significação e difusão, o corpo docente do curso de licenciatura da Universidade de Brasília atuará em consonância com suas áreas de atuação em ensino e pesquisa, na graduação e na pós-graduação. Ao Departamento de Geografia cumprirá: • Ofertar as Disciplinas no fluxo curricular, de forma a que cada uma das áreas integrantes do curso seja sempre contemplada, em cada semestre, com, pelo menos, uma modalidade obrigatória; • Providenciar que todas as disciplinas de formação específica em Geografia, sejam obrigatórias ou optativas, atentem para a reflexão sobre o ensino de Geografia – objetivos, conteúdos, metodologias, critérios de avaliação, enfim, sobre a prática do ensino – nos níveis fundamental e médio (ver ementas das disciplinas); • Estabelecer diálogo permanente entre os/as docentes das disciplinas de formação específica em Geografia, os de Práticas Pedagógicas e Estágio Supervisionado em Geografia; • Ofertar disciplinas do módulo integrante ou do módulo livre que ofereçam capacitação na utilização das modernas tecnologias e de técnicas de análise semântica ou semiótica aplicadas a diferentes linguagens (textual, iconográfica, audiovisual, cartográfica, cinemática, literária, musical, etc.), para possibilitar elaboração de vídeos e a utilização da rede internacional de computadores, bem como a plataforma modlle; • Atribuir ao Núcleo Docente Estruturante (NDE) o papel de avaliador permanente do curso para, junto com os/as discentes, implementar ações que venham a melhorar o curso; • Articular com outros departamentos, faculdades e institutos da Universidade de Brasília a oferta de disciplinas para discentes da graduação nas modalidades obrigatória, optativas, módulo livre e desenvolver em parceria atividades de ensino, pesquisa e extensão de caráter multi e interdisciplinar. 

O processo de avaliação é democrático, de ampla divulgação e participação aos discentes do curso e das disciplinas oferecidas e alunos de outros cursos que participem da oferta. Ao final de cada semestre é disponibilizado no ambiente virtual de aprendizagem e na página da Universidade de Brasília a avaliação que os discentes fazem a respeito dos docentes responsáveis pelas disciplinas cursadas. O endereço para participação na avaliação é http://academico.unb.br/login.html. O discente participa de forma voluntária e tem a sua identificação protegida pela avaliação virtual. O docente receberá o resultado final de sua avaliação com o quantitativo de discentes participantes sem identificar quais são as suas identidades. A avaliação interna contempla os seguintes itens: percepção discente sobre a atuação docente com os seguintes subitens: 1.1 O professor desenvolveu a disciplina de acordo com o plano de ensino apresentado. 1.2 O professor foi efetivo na comunicação com os estudantes (foi claro na apresentação dos objetivos e no desenvolvimento dos conteúdos). 1.3 O professor mostrou interesse e disponibilidade para atender os estudantes no desenvolvimento da disciplina. 1.4 O professor domina o conteúdo ministrado. 1.5 As avaliações realizadas foram coerentes com os objetivos e conteúdos desenvolvidos na disciplina. 1.6 O professor utilizou estratégias de ensino e aprendizagem adequadas. Autoavaliação discente com o seguinte subitem: 2.1 Participei das atividades desenvolvidas na disciplina e realizei os estudos e as tarefas solicitadas com dedicação, compromisso e responsabilidade e por último, a avaliação a respeito das referências bibliográficas com o subitem: A bibliografia adotada na disciplina foi relevante para meus estudos. O discente tem as seguintes opções de resposta dos itens acima avaliados: Discordo Totalmente; Discordo Parcialmente; Não concordo e nem discordo; Concordo Parcialmente; Concordo Totalmente; Não responder. Cabe ao Decanato de Ensino de Graduação organizar, implementar e aplicar a avaliação interna, sendo que a gestão do curso deverá apoiar a ampla divulgação e participação dos discentes. Após a aplicação, o Decanato prepara os resultados finais de cada disciplina/ docente responsável informando posteriormente à gestão do curso e aos docentes os resultados. Os resultados disponibilizados apresentam o desempenho do docente por disciplina e o desempenho do Departamento no conjunto de disciplinas oferecidas. A interpretação da escala de desempenho segue os seguintes critérios: Nível 1 (desempenho maior que 0 e menor que 3,75): Neste nível, os alunos tendem a discordar que os professores: desenvolveram a disciplina de acordo com o plano de ensino apresentado; foram claros na apresentação dos objetivos e no desenvolvimento dos conteúdos; mostraram interesse e disponibilidade para atender os estudantes no desenvolvimento da disciplina; dominam o conteúdo ministrado; as avaliações foram coerentes com os objetivos e conteúdos desenvolvidos nas disciplinas; utilizaram estratégias de ensino e aprendizagem adequadas e que a bibliografia adotada na disciplina foi relevante para os estudos. Nível 2 (desempenho maior ou igual a 3,75 e menor que 4,50): Neste nível, os alunos tendem a discordar que os professores: desenvolveram as disciplinas de acordo com o plano de ensino apresentado; foram claros na apresentação dos objetivos e no desenvolvimento dos conteúdos; mostraram interesse e disponibilidade para atender os estudantes no desenvolvimento da disciplina; que as avaliações foram coerentes com os objetivos e conteúdos desenvolvidos nas disciplinas; utilizaram estratégias de ensino e aprendizagem adequadas. Os alunos tendem a não concordar nem discordar que os professores: Dominam o conteúdo ministrado e que a bibliografia adotada na disciplina foi relevante para os estudos. Nível 3 (desempenho maior ou igual a 4,5 e menor que 10,0): Neste nível, os alunos tendem a concordar que os professores: desenvolveram a disciplina de acordo com o plano de ensino apresentado; foram claros na apresentação dos objetivos e no desenvolvimento dos conteúdos; mostraram interesse e disponibilidade para atender os estudantes no desenvolvimento da disciplina; dominam o conteúdo ministrado; as avaliações foram coerentes com os objetivos e conteúdos desenvolvidos nas disciplinas; utilizaram estratégias de ensino e aprendizagem adequadas e que a bibliografia adotada na disciplina foi relevante para os estudos. * Quanto mais próximo de zero mais fortemente os discentes tendem a discordar dos itens do questionário e quanto mais próximo de 10 tendem a concordar com os itens do questionário. ** O desempenho da unidade acadêmica é obtido através da média aritmética dos desempenhos dos professores da unidade acadêmica. *** O item 2.1 não foi utilizado para descrever a escala de desempenho dos docentes, por se tratar de uma autoavaliação do aluno. Em relação à Ouvidora da Universidade de Brasília, as ouvidorias públicas trabalham como agentes promotores de mudanças, de forma a garantir a satisfação das demandas do cidadão, e, também, como importante instrumento de gestão, buscando a constante melhoria dos procedimentos e o aprimoramento da prestação de serviços. A Universidade de Brasília criou, em 2011, a Ouvidoria da UnB, no intuito de auxiliar o cidadão em suas demandas com a Instituição. Para tanto, são recepcionados denúncias, elogios, reclamações, solicitações, sugestões e pedidos de simplificação. A Ouvidoria da UnB atua em conformidade com o seu Regimento Interno, com o Regimento e Estatuto da Universidade, com as Instruções Normativas da CGU/OGU n. 5/2018 e 7/2018, e com a Lei n. 13.460/2017, inclusive em relação aos prazos previstos para resposta. Em atenção aos normativos legais, e com vistas a levar ao conhecimento dos gestores administrativos questões afetas aos seus setores e que chegam ao conhecimento da Ouvidoria da UnB, a tramitação processual, via de regra, ocorre com o envio da demanda ao gestor máximo da unidade administrativa a que se destina a manifestação. Havendo necessidade e citados terceiros vinculados ao setor demandado, é solicitado à chefia imediata que a pessoa citada no relato tenha conhecimento para que ela também possa exercer seu direito de fala. Importante ressaltar que as manifestações recebidas são encaminhadas ipsis litteris, sem intervenção de escrita por parte da Ouvidoria, havendo apenas preservação legal de informação pessoal. Nesse sentido, após o envio do relato o órgão a que se destina, não é mais possível alterá-lo. No tocante à possibilidade de complementar um pedido, a Ouvidoria poderá solicitar esclarecimentos por meio do pedido de resposta complementar, que deverá ser feito uma única vez pelo Sistema de Ouvidorias do Poder Público Federal. Fornecida resposta institucional ao demandante, há também possibilidade de haver contestação, uma única vez, quando o conteúdo da resposta não contemplar o pedido feito ou quando surgirem fatos novos, uma vez que a Ouvidoria não é instância recursal e atua quando há ruptura de diálogo entre a comunidade universitária ou extrauniversitária e os setores da Universidade. Além disso, se o caso apresentado ultrapassar o limite de atuação da Ouvidoria – mediação e conciliação –, por apresentar elementos mínimos de materialidade para apuração e/ou investigação, a denúncia será concluída na Ouvidoria e encaminhada às instâncias técnicas e competentes para prosseguir com a demanda. Nesse ponto, é importante ressaltar, conforme art. 3º da Instrução Normativa da CRG/OGU n. 7/2018, que as informações de identificação do (a) demandante serão encaminhadas conjuntamente, caso sejam indispensáveis à apuração dos fatos. Todo o dialogo entre ouvidoria e gestão é feita por documento oficial através do sistema SEI (interno à UnB), mantendo o sigilo, a discrição e o amplo direito de resposta entre as partes. Tais ações internas de avaliação orientam à gestão do curso, bem como os docentes quanto as ações de melhoria no sentindo de aumentar as menções da avaliação docente (utilizadas inclusive para fins de promoção da carreira) e resolução de eventuais problemas envolvendo discentes/ docentes no transcorrer das disciplinas, melhorando assim a qualidade do curso e dos profissionais formados. As avaliações externas refletem de certa forma, a qualidade do ensino, pesquisa e extensão oferecidos ao discentes no transcorrer do curso. O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) avalia o rendimento dos concluintes dos cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos previstos nas diretrizes curriculares dos cursos, o desenvolvimento de competências e habilidades necessárias ao aprofundamento da formação geral e profissional, e o nível de atualização dos estudantes com relação à realidade brasileira e mundial. Aplicado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) desde 2004, o Enade integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), composto também pela Avaliação de cursos de graduação e pela Avaliação institucional. Juntos eles formam o tripé avaliativo que permite conhecer a qualidade dos cursos e instituições de educação superior brasileiras. Os resultados do Enade, aliados às respostas do Questionário do Estudante, são insumos para o cálculo dos Indicadores de Qualidade da Educação Superior. A inscrição é obrigatória para estudantes ingressantes e concluintes habilitados de cursos de bacharelado e superiores de tecnologia vinculados às áreas de avaliação da edição. A situação de regularidade do estudante é registrada no histórico escolar. O Ciclo Avaliativo do Enade determina as áreas de avaliação e os cursos a elas vinculados. As áreas de conhecimento para os cursos de bacharelado e licenciatura derivam da tabela de áreas do conhecimento divulgada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Já os eixos tecnológicos são baseados no Catálogo Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia (CNCST), do Ministério da Educação. Áreas de conhecimento e eixos tecnológicos: Ano I • Cursos de bacharelado nas áreas de conhecimento de Ciências Agrárias, Ciências da Saúde e áreas afins; • Cursos de bacharelado nas áreas de conhecimento de Engenharias e Arquitetura e Urbanismo; • Cursos Superiores de Tecnologia nas áreas de Ambiente e Saúde, Produção Alimentícia, Recursos Naturais, Militar e Segurança. Ano II • Cursos de bacharelado nas áreas de conhecimento de Ciências Biológicas; Ciências Exatas e da Terra; Linguística, Letras e Artes e áreas afins; • Cursos de licenciatura nas áreas de conhecimento de Ciências da Saúde; Ciências Humanas; Ciências Biológicas; Ciências Exatas e da Terra; Linguística, Letras e Artes; • Cursos de bacharelado nas áreas de conhecimento de Ciências Humanas e Ciências da Saúde, com cursos avaliados no âmbito das licenciaturas; • Cursos Superiores de Tecnologia nas áreas de Controle e Processos Industriais, Informação e Comunicação, Infraestrutura e Produção Industrial. Ano III • Cursos de bacharelado nas Áreas de Conhecimento Ciências Sociais Aplicadas e áreas afins; • Cursos de bacharelado nas Áreas de Conhecimento Ciências Humanas e áreas afins que não tenham cursos também avaliados no âmbito das licenciaturas; • Cursos Superiores de Tecnologia nas áreas de Gestão e Negócios, Apoio Escolar, Hospitalidade e Lazer, Produção Cultural e Design. Os cursos de Geografia Licenciatura (Presencial e EAD) e Bacharelado, todos no nível de graduação participaram da última aplicação do ENADE no ano letivo de 2017. Participaram do último ENADE 48 concluintes do curso de Bacharelado em Geografia com nota final 4 (quatro) e 27 concluintes do curso de Licenciatura em Geografia com nota final 5. Na versão anterior do ENADE no ano de 2013, o curso de Bacharelado obteve nota final 2 em razão de boicote por parte dos discentes quanto à participação no exame e o curso de licenciatura obteve nota final 3,8. A melhoria dos resultados de um exame para outro mostra que as ações institucionais das diferentes gestões do curso caminham no sentido de utilizar as avaliações internas e externas como instrumentos de melhoria contínua. Posterior ao ENADE de 2013 houve avaliação presencial de cursos tanto para a licenciatura (presencial e EAD) quanto para o bacharelado. Em todas as avaliações, as comissões em seus relatórios reconheceram os esforços na modernização e adaptação do PPPC as normas atuais e foram de parecer favorável à renovação do reconhecimento. No caso da licenciatura na modalidade EAD a avaliação presencial deu-se em razão da formação da primeira turma e do curso de bacharelado em razão da nota abaixo de 3 no exame de 2013. O curso de licenciatura (presencial) em razão das notas dos exames de 2013 e principalmente 2017 teve a renovação do reconhecimento automático.

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