Projeto Pedagógico do Curso

Segundo o Projeto Político-Pedagógico Institucional, o perfil do egresso a ser construído por meio da formação profissional de nível superior nas diferentes áreas do conhecimento é constituído de: 

 

● capacidade crítica para emitir juízos reflexivos sobre as relações entre contextos sociais, culturais, econômicos e políticos, coerentes com os princípios dos direitos humanos; 

espírito científico, pensamento reflexivo e estímulo à criação cultural: 

● capacidade ética relacionada a atitudes orientadas por valores humanizadores, tais como: dignidade, liberdade, igualdade, justiça, paz, autonomia, coletivo, entre outros; 

● domínio de conhecimentos culturais, científicos e tecnológicos e capacidade de comunicar esses conhecimentos por meio do ensino, de publicações e de outras formas de divulgação científico-cultural; 

● capacidade de investigação científica, de criação e de difusão da cultura; 

● aptidão para a inserção nos diversos setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira; 

● capacidade de desenvolver trabalho colaborativo; 

● desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional; 

● capacidade para tomada de decisão e compromisso social, ético e político. 

 

A Comissão Própria de Avaliação (CPA), órgão da Universidade estabelecido em 2013, responsável por coordenar os processos de avaliação interna, tem desenvolvido um plano trienal de autoavaliação de cursos de Graduação. Integram a agenda de pesquisa da CPA pesquisas com egressos que visam a traçar seu perfil e a responder questões específicas de empregabilidade. Os relatórios da CPA não discriminam apenas os estudantes de Letras – Inglês, mas reúnem sob a categoria Letras diversos cursos oferecidos pelo IL, apresentando 296 egressos dos cursos de Letras diurnos atuantes em empregos formais no Distrito Federal. 

O perfil almejado de graduandos/as é caracterizado pelas competências e pelas habilidades que, segundo as DCN, devem ser desenvolvidas durante a formação. Esse perfil visa, em primeiro lugar, ao domínio linguístico/comunicativo. O objetivo do curso de Letras é formar profissionais interculturalmente competentes, capazes de lidar, de forma crítica, com as linguagens, especialmente a verbal, nos contextos oral e escrito, e conscientes de sua inserção na sociedade e das relações com o outro. De acordo com o Parecer CNE/CES 492, 2001, p. 30.



O graduado em Letras, tanto em língua materna quanto em língua estrangeira clássica ou moderna, nas modalidades de bacharelado e de licenciatura, deverá ser identificado por múltiplas competências e habilidades adquiridas durante sua formação acadêmica convencional, teórica e prática, ou fora dela. Nesse sentido, visando à formação de profissionais que demandem o domínio da língua estudada e suas culturas para atuar como professores, pesquisadores, críticos literários, tradutores, intérpretes, revisores de textos, roteiristas, secretários, assessores culturais, entre outras atividades, o curso de Letras deve contribuir para o desenvolvimento das seguintes competências e habilidades:


• domínio do uso da língua portuguesa ou de uma língua estrangeira, nas suas manifestações oral e escrita, em termos de recepção e produção de textos;
• reflexão analítica e crítica sobre a linguagem como fenômeno psicológico, educacional, social, histórico, cultural, político e ideológico;
• visão crítica das perspectivas teóricas adotadas nas investigações lingüísticas e literárias, que fundamentam sua formação profissional;
• preparação profissional atualizada, de acordo com a dinâmica do mercado de trabalho;
• percepção de diferentes contextos interculturais;
• utilização dos recursos da informática;
• domínio dos conteúdos básicos que são objeto dos processos de ensino e aprendizagem no
ensino fundamental e médio;
• domínio dos métodos e técnicas pedagógicas que permitam a transposição dos conhecimentos para os diferentes níveis de ensino. Parecer CNE/CES 492, 2001, p. 30.



Independentemente da modalidade escolhida, o profissional em Letras deve ter domínio do uso da língua ou das línguas que sejam objeto de seus estudos, em termos de sua estrutura, funcionamento e manifestações culturais, além de ter consciência das variedades linguísticas e culturais (Parecer CNE/CES 492, 2001, p. 30).



Tambem, enfatiza-se a capacidade do/da graduando/a de refletir sobre sua própria formação e sobre o objeto do estudo e temas afins:


Deve ser capaz de refletir teoricamente sobre a linguagem, de fazer uso de novas tecnologias e de compreender sua formação profissional como processo contínuo, autônomo e permanente. A pesquisa e a extensão, além do ensino, devem articular-se neste processo. O profissional deve, ainda, ter capacidade de reflexão crítica sobre temas e questões relativas aos conhecimentos linguísticos e literários (Parecer CNE/CES 492, 2001, p. 30).



Assim, o curso de Letras Inglês e respectiva literatura foi concebido como locus de formação de profissionais para atuar de maneira reflexiva e analítica em relação à linguagem como fenômeno psicológico, educacional, social, histórico, cultural, político e ideológico, com visão crítica das perspectivas teóricas adotadas nas investigações linguísticas e literárias que fundamentam sua formação profissional.

As qualidades pessoais são também entendidas como importantes para o perfil do egresso, especialmente no que diz respeito à responsabilidade social e educacional:


O resultado do processo de aprendizagem deverá ser a formação de profissional que, além da base específica consolidada, esteja apto a atuar, intercomponente curricularmente, em áreas afins. Deverá ter, também, a capacidade de resolver problemas, tomar decisões, trabalhar em equipe e comunicar-se dentro da multicomponente curricularridade dos diversos saberes que compõem a formação universitária em Letras. O profissional de Letras deverá, ainda, estar compromissado com a ética, com a responsabilidade social e educacional e com as consequências de sua atuação no mundo do trabalho. Finalmente, deverá ampliar o senso crítico necessário para compreender a importância da busca permanente da educação continuada e do desenvolvimento profissional (Parecer CNE/CES 492, 2001, p. 30).



Busca-se valorizar a formação geral e ampla em função dos diferentes perfis acadêmicos e profissionais. Por isso, em relação aos conteúdos curriculares, buscamos priorizar os conteúdos caracterizadores básicos ligados à área dos estudos linguísticos e literários, incluindo práticas profissionalizantes, estudos complementares, estágios, seminários, congressos, projetos de pesquisa, de extensão e de docência, cursos sequenciais, de acordo com as diferentes propostas das IES.
 

Os elementos que compõem a estrutura didático-pedagógica da Universidade de Brasília estão fundamentados nos princípios que orientam o regime didático-científico constantes no Regimento Geral da UnB, no desenvolvimento histórico da organização acadêmica da Universidade, nas orientações relativas às formas organizadoras das práticas de ensino-aprendizagem adotadas e nos fundamentos da organização curricular. Além disso, destacam-se também as ações constantes no plano para atendimento às diretrizes pedagógicas do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI).

 

De acordo com o Regimento Geral da UnB, art. 70, a Universidade de Brasília organiza e desenvolve suas atividades didático-científicas de acordo com os seguintes princípios: liberdade de pensamento e de expressão, sem discriminação de qualquer natureza; indissociabilidade entre o ensino, a pesquisa e a extensão; universalidade do conhecimento e fomento à intercomponente curricularridade; avaliação e aprimoramento constante da qualidade; orientação humanística da formação do/da estudante; compromisso com o desenvolvimento do país e com a busca de soluções democráticas para os problemas nacionais; e compromisso com a paz, com a defesa dos direitos humanos e com a preservação do meio ambiente.

 

Estes princípios fornecem a base para a definição da organização acadêmica da Universidade, proporcionando, ao longo do tempo, a adequação às novas demandas da comunidade universitária e da sociedade no tocante ao ensino, à pesquisa e à extensão. Nesse sentido, conforme descrito no PPPI da Universidade de Brasília, na concepção original da Universidade, em 1962, a organização acadêmica dos cursos da UnB apresentava dois padrões distintos de formação: o de profissionalização, oferecido pelas faculdades, e o de pesquisador, oferecido nos institutos.

 

Contudo, duas das três principais características da UnB constantes do seu plano orientador foram modificadas: o sistema tripartite e o sistema de ciclos (UnB, 2017). O sistema tripartido, relativo à estrutura acadêmico-administrativa da Universidade, era composto pelos institutos (pesquisa e pós-graduação), faculdades e órgãos complementares (serviços de apoio interno e interface campus-cidade e Universidade-sociedade). Tal sistema ainda permanece, entretanto não há mais a separação formal entre a formação profissional e a de pesquisa. Dessa maneira, a formação atual é definida como profissionalizante, mas também atende à concepção que envolve atuação e pesquisa. As unidades acadêmicas, sejam faculdades ou institutos, oferecem os cursos de graduação na modalidade bacharelado ou licenciatura, pós-graduação (lato e stricto sensu) e também atividades de extensão e pesquisa. Por sua vez, a criação do sistema semisseriado, em lugar do sistema de ciclos inicial, modificou o sistema de créditos, permitindo a flexibilização dos currículos com a oferta de componente curriculares eletivos. Outro ponto alterado em favor da flexibilidade curricular foi a obrigatoriedade regimental do teto máximo de 70% de componentes curriculares obrigatórios para cada curso. Os 30% restantes do fluxo curricular comporiam componente curriculares optativos e eletivos, possibilitando a construção de uma trajetória acadêmica mais adequada a cada estudante, de acordo com suas expectativas de formação, compreendendo a formação estruturada na integração entre teoria e prática.

 

Dessa forma, busca-se uma fundamentação teórica forte, necessária à formação prática, com a proposta de que a aprendizagem do estudante esteja voltada para o processo de investigação e obtenção de informações, o qual possibilite ao futuro profissional desenvolver autonomia na busca de meios necessários para produzir seu próprio conhecimento (UnB, 2017). Tais pressupostos caracterizam-se pela convergência e pela integração das modalidades de ensino presencial e a distância. Nesse sentido, a Universidade busca desenvolver as condições necessárias para essa integração por meio da atualização dos recursos tecnológicos, do esforço docente, da política de acolhimento discente, do estímulo à produção de materiais didáticos inovadores, da normatização dos processos internos de oferta de componentes curriculares a distância e do fortalecimento dos núcleos de informática visando à produção pedagógica. Além disso, destacam-se os esforços empenhados no desenvolvimento e no aprimoramento das práticas de ensino e aprendizagem adotadas pela Universidade. Uma metodologia do ensino compreende as “diferentes trajetórias traçadas/planejadas e vivenciadas pelos educadores para orientar/direcionar o processo de ensino-aprendizagem em função de certos objetivos ou fins educativos/formativos” (MANFREDI, 1993, p. 1). A metodologia de ensino utilizada no curso de Bacharelado em Inglês é, portanto, bastante variada, pois atende aos objetivos e às diversas necessidades das diferentes componente curriculares ministradas, ao mesmo tempo em que busca propiciar aos/às estudantes um espaço de reflexão a respeito de questões educacionais, sociais, culturais e também pessoais.

 

Entre as estratégias metodológicas incluem-se aulas expositivas, aulas teórico-práticas, seminários, debates, atividades em classe realizadas individualmente, em pares e em grupos, apresentações individuais. Essas estratégias têm em comum a articulação de quatro princípios básicos:

 

1) a intercomponente curricularridade entre as diferentes áreas que dão suporte à formação dos discentes;
2) o atendimento às diferentes formas de aprender dos sujeitos envolvidos no processo de ensino-aprendizagem;
3) a retroalimentação do processo de ensino-aprendizagem por meio da criação-reflexão-recriação de conhecimentos a partir dos próprios sujeitos do processo; e
4) a prática da avaliação formativa, coerente com a concepção do processo de ensino-aprendizagem e com a noção de retroalimentação, intensificando as oportunidades de desenvolvimento dos conhecimentos teórico-práticos dos sujeitos em interação no contexto acadêmico-pedagógico. Isso resulta na criação do que se conhece por cultura de avaliação constante de/em todos os processos.
 

O curso de Bacharelado em Letras – Inglês foi avaliado in loco por uma equipe de dois avaliadores do Ministério da Educação entre 20 e 23 de agosto de 2014, tendo recebido o conceito final 5. O relatório da avaliação está registrado sob o protocolo 201349377 no sistema eMec. Os conceitos recebidos em cada uma das dimensões avaliadas foram:


1 Organização didático-pedagógica 4,5
2 Corpo docente e tutorial 4,6
3 Infraestrutura 4,4
Requisitos legais e normativos Atendidos
Conceito final: 5

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