Projeto Pedagógico do Curso

O escopo de atuação do Engenheiro Aeroespacial enquadra-se no desenvolvimento de atividades de projeto e manufatura de veículos aéreos e espaciais e de suas partes, na integração de sistemas aeroespaciais, no planejamento da produção, bem como nos serviços de manutenção e comercialização de produtos e serviços aeroespaciais. O campo de aplicação inclui aviões de passageiros e cargueiros, helicópteros, foguetes, mísseis, satélites e espaçonaves, dentre outros.
O Engenheiro Aeroespacial é um profissional que deve desenvolver competências nas seguintes áreas:
▪ Base sólida de formação em ciências exatas (matemática, física e química), bem como no domínio de conhecimentos em programação de computadores e em línguas estrangeiras, mais especificamente, nas línguas inglesa e russa;
▪ Conhecimento em ciências dos materiais bem como nos processos de fabricação associados à fabricação e montagem de veículos e sistemas aeroespaciais;
▪ Habilidades para a atuação no projeto mecânico de veículos aeroespaciais e suas partes, com ênfase no comportamento mecânico dos materiais e na dinâmica de sistemas;
▪ Conhecimentos sobre sistemas de propulsão de veículos aeroespaciais convencionais (propulsão química e elétrica), e alternativos (propulsão nuclear e “solar sail”, dentre outros) bem como na base teórica fundamentada nas leis físicas e nos fenômenos termomecânicos e eletromagnéticos associados ao seu funcionamento;
▪ Fundamentos de eletrônica e engenharia de software aplicados a sistemas embarcados e telemetria bem como nos mecanismos de atuação e controle em veículos e sistemas aeroespaciais;
▪ Conhecimentos em gestão da produção e aspectos gerenciais, econômicos e comerciais associados ao setor aeroespacial;
▪ Conhecimentos em design industrial de veículos e sistemas aeroespaciais e na avaliação de tendências de mercado, assim como nas questões ambientais associadas ao uso e produção dos mesmos;
▪ Com base nestas especificidades de formação, um Engenheiro Aeroespacial pode atuar nas seguintes áreas:
▪ Formulação e concepção do projeto de produtos aeronáuticos ou aeroespaciais, ou sistemas que satisfaçam requerimentos específicos da área;
▪ Direção e coordenação de atividades de engenharia ou técnicas relativas a projeto, fabricação, modificação ou teste de aeronaves e espaçonaves ou produtos da indústria aeroespacial;
▪ Desenvolvimento de critérios de projeto para produtos ou sistemas aeronáutico e aeroespacial, incluindo metodologias de teste, custo de produção, padrões de qualidade e planejamento de datas de entrega;
▪ Planejamento e condução de testes experimentais, ambientais, operacionais e de resistência em modelos e protótipos de aeronaves e espaçonaves, e sistemas e equipamentos aeroespaciais;
▪ Avaliação de dados de produtos e projetos a partir de inspeções e relatórios de acordo com princípios de engenharia, requerimentos de consumidores e padrões de qualidade;
▪ Formulação matemática de modelos ou métodos computacionais para o desenvolvimento, avaliação ou modificação de projetos de acordo com requerimentos de engenharia solicitados por consumidores;
▪ Preparação de relatórios e vários tipos de documentação técnica, tais como manuais e handbooks, para uso do pessoal de engenharia, gerenciamento e consumidores;
▪ Análise de requerimentos e propostas de projeto e dados de engenharia para a determinação da possibilidade, do custo e do tempo de fabricação de produtos aeroespaciais;
▪ Releitura de relatórios de performance e documentação de consumidores e engenheiros de campo, a inspeção de produtos com mau funcionamento e danificados para a determinação de problemas;
▪ Coordenação de programas de pesquisa e desenvolvimento em ciências e tecnologias aeroespaciais;
▪ Avaliação e aprovação da seleção de fornecedores a partir do estudo da performance dos produtos vendidos;
▪ Planejamento e coordenação de atividades relacionadas a investigação e a resolução de problemas relatados em relatórios técnicos de aviões e veículos aeroespaciais;
▪ Manutenção e registro de dados de relatórios de performance em geral para futura referência.

A formação do Engenheiro Aeroespacial do Campus da UnB no Gama tem por objetivo dotar o profissional dos conhecimentos requeridos para o exercício das seguintes competências e habilidades gerais, que possuem sintonia com o Art. 4º, da Resolução CNE/CES Nº. 11 de 2002, de forma geral:
▪ Aplicar conhecimentos matemáticos, científicos, tecnológicos e instrumentais à engenharia;
▪ Projetar e conduzir experimentos e interpretar seus resultados, em sua área de atuação;
▪ Conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos;
▪ Planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e serviços de engenharia;
▪ Identificar, formular e resolver problemas de engenharia;
▪ Desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e técnicas;
▪ Supervisionar a operação e a manutenção de sistemas;
▪ Avaliar criticamente a operação e a manutenção de sistemas;
▪ Comunicar-se eficientemente nas formas escrita, oral e gráfica;
▪ Atuar em equipes multidisciplinares;
▪ Compreender e aplicar à ética e responsabilidade profissional;
▪ Avaliar o impacto das atividades da engenharia no contexto social e ambiental;
▪ Avaliar a viabilidade econômica de projetos de engenharia;
▪ Assumir uma postura de permanente busca de atualização profissional.
Ou mais especificamente, o engenheiro aeroespacial tem competências e habilidades para:
▪ Atuar no projeto e na manutenção de veículos aeroespaciais, no gerenciamento de atividades aeroespaciais e na construção de veículos aeroespaciais;
▪ Gerenciar obras e serviços ligados à infraestrutura aeroespacial, tais como o planejamento de linhas e o gerenciamento de tráfego aéreo e espacial;
▪ Coordenar e supervisionar equipes de trabalho;
▪ Realizar pesquisa científica e tecnológica e estudos de viabilidade técnico-econômica;
▪ Executar e fiscalizar obras e serviços técnicos;
▪ Efetuar vistorias, perícias e avaliações, emitindo laudos e pareceres;
▪ Ser responsável por todas as fases de um projeto aeroespacial, incluindo: projeto geral de veículos aeroespaciais; especificação de materiais e componentes; ensaios de componentes estruturais, de componentes aerodinâmicos e de especificação de sistemas de propulsão; projeto de simuladores e de sistemas de controle de voo e navegação espacial; ensaios em voo e ambiente espacial; especificação de sistemas eletromecânicos e eletrônicos embarcados e manutenção de veículos aeroespaciais.
Propõe-se ainda, conforme será discutido no item 7.5, que o Engenheiro Aeroespacial tenha uma maior flexibilidade profissional através da proposição de grupos de disciplinas complementares a sua formação. Esses grupos de disciplinas complementares reunirão disciplinas profissionalizantes e específicas entre as demais modalidades de Engenharia da Faculdade UnB Gama (Automotiva, Eletrônica, Energia e Software).

Ao ingressar na Faculdade UnB Gama, o estudante não opta imediatamente por um dos cursos de engenharia oferecidos na UnB Gama. Em lugar disso, o aluno ingressa em um curso denominado Engenharia, no qual permanecerá por dois períodos letivos completos. Durante o terceiro período letivo o estudante deverá solicitar a mudança do curso de Engenharia para a modalidade específica de seu interesse, dentre suas opções na UnB Gama. A escolha entre um dos cursos de graduação oferecidos atualmente pela Faculdade UnB Gama é livre – o estudante poderá optar por qualquer um dos cursos de graduação oferecidos na UnB Gama.
Durante o período no curso de Engenharia, os alunos têm a oportunidade de cursar disciplinas das diversas graduações da Faculdade UnB Gama, estreitando seu contato com as temáticas e características específicas de cada modalidade. Mais do que isso, durante esse período são oferecidas disciplinas que visam a dar uma visão precisa de cada um dos cursos da faculdade. Dessa maneira, espera-se que, ao fazer sua escolha por um dos cinco cursos de graduação da Faculdade UnB Gama, o estudante tenha mais elementos para realizar uma opção coerente com suas aptidões e expectativas em relação à sua futura profissão, diminuindo, assim, os índices de evasão e elevando o rendimento geral do corpo discente.
Segundo orientação do MEC, no REUNI estabeleceu-se a proporção de 18 estudantes por professor. Dessa forma, na UnB Gama justificam-se na modalidade presencial, grandes classes, ou seja, cursos com até 120 estudantes por disciplinas do tronco comum. Sendo assim, sistematicamente, os professores são treinados para ensino em grandes classes. Esse treinamento será feito por meio de seminários ou palestras que instruam aos professores técnicas aplicadas com sucesso nesse tipo de turma.
O curso de Graduação em Engenharia Aeroespacial é prioritariamente realizado em modalidade presencial, mas a universidade admite um percentual de até 20% da carga horária total provida por ensino semipresencial de acordo com a portaria 4059/2004 do Ministério da Educação. A plataforma educativa virtual Aprender/Moodlepode servir de recurso de apoio a aprendizagem em todas as disciplinas oferecidas.
O curso prevê em sua metodologia a integração entre teoria e prática, e a estrutura curricular contempla disciplinas de aulas presenciais, laboratório, ensino em plataforma online, visitas institucionais, estágios, pesquisa e extensão. A seguir, são apresentadas algumas atividades que podem ser desenvolvidas neste contexto pedagógico:
▪ Elaboração de um projeto de investigação científica;
▪ Desenvolvimento de um projeto de investigação científica;
▪ Estudo de texto para realização de resenha bibliográfica;
▪ Elaboração de quadros ou resumos;
▪ Estudos de caso;
▪ Prova ou teste;
▪ Produção de painel para exibição ou apresentação;
▪ Levantamento bibliográfico;
▪ Participação em atividades práticas;
▪ Criação de um relatório ou registro sobre atividades como palestras e exibições de filmes;
▪ Relatórios de visitas com descrição de experiências relacionadas ao assunto estudado;
▪ Resolução de lista de exercícios.
As experiências curriculares são enquadradas em sua maioria como disciplinas tradicionais, as quais têm um professor responsável. Porém, há a possibilidade de serem propostas disciplinas sem ementa ou programa pré-definido, tais como “Tópicos Especiais”, sem horário fixo e com mais de um professor responsável. As experiências curriculares também podem ser potencializadas por disciplinas optativas criadas para permitirem uma flexibilidade de criação de novos conteúdos e dessa forma garantir que novas tecnologias e novos conceitos possam ser acrescidos a formação acadêmica do estudante. Outras experiências curriculares como monitoria, participações em empresas júniores e atividades de extensão também podem ser consideradas.

A seguir, algumas atividades serão apresentadas das quais algumas serão desenvolvidas durante o curso e servirão de instrumento de avaliação:
▪ Elaboração de um projeto de investigação científica;
▪ Desenvolvimento de um projeto de investigação científica;
▪ Estudo de texto para realização de resenha bibliográfica;
▪ Elaboração de quadros ou resumos;
▪ Estudos de caso;
▪ Prova ou teste;
▪ Produção de painel para exibição ou apresentação;
▪ Levantamento bibliográfico;
▪ Participação em atividades práticas;
▪ Criação de um relatório ou registro sobre atividades como palestras e exibições de filmes;
▪ Relatórios de visitas com descrição de experiências relacionadas ao assunto estudado;
▪ Resolução de lista de exercícios.
As experiências curriculares são enquadradas em sua maioria como disciplinas tradicionais, as quais têm um professor responsável. Por outro lado, a estrutura admite disciplinas sem ementas ou programas pré-definidos, sem horário fixo e com mais de um professor responsável.
Outras experiências curriculares como monitoria, participação em empresas júnior e atividades de extensão também podem ser integralizadas como módulo livre.
As experiências curriculares, em geral, são formuladas por um ou mais professores, passam pela Comissão de Graduação que avalia a forma e a metodologia e fornece um parecer que será validado no Colegiado do curso. Porém, há a possibilidade de serem propostas e validadas de forma dinâmica por meio das disciplinas sem ementa ou programa pré-definido, tais como “Tópicos Especiais”, disciplinas optativas criadas para permitirem uma flexibilidade de criação de novos conteúdos e dessa forma garantir que novas tecnologias e novos conceitos possam ser acrescidos a formação acadêmica do estudante.
O Projeto de final de curso é um requisito curricular necessário para a obtenção da graduação em Engenharia Aeroespacial e é um importante elemento articulador e integrador
dos conhecimentos. Essa atividade deve ser compatível com a sequência de disciplinas e com uma bibliografia dirigida e atualizada. Deve ser orientada em direção à integração das aprendizagens, tornando possível uma comparação complexa das diversas e diferentes linhas do pensamento, permitindo ao estudante estabelecer elos entre as diversas correntes e paradigmas da área da Engenharia. Além disso, o projeto de fim de curso visa aprimorar metodologias de pesquisa, por meio da análise e interpretação das informações pela lente científica e ética.
O projeto final de curso será desenvolvido nas disciplinas de Trabalho de Conclusão de Curso 1 e 2 e deverá culminar na produção de relatórios parcial e final. Ao término de cada etapa, o trabalho deverá ser apresentado a uma banca examinadora, composta por professores da faculdade, incluindo o(s) professor(es) orientador(es), a qual fará uma arguição da equipe que executou o projeto. A nota final deverá levar em consideração a qualidade do trabalho de forma geral, avaliando aspectos tais como adequação da metodologia selecionada em função do problema ou projeto em questão, boas práticas de engenharia na execução do projeto, qualidade dos resultados, forma e qualidade dos relatórios, qualidade da apresentação do trabalho, desempenho durante a arguição, entre outros aspectos que forem relevantes em virtude das especificidades de cada caso.
O Estágio Supervisionado é atividade obrigatória no curso. Para alcançar a sua finalidade, associando o processo educativo à aprendizagem, o estágio precisa ser planejado, executado, acompanhado e avaliado dentro de normas de procedimentos específicos e bem definidos e também estar de acordo com os pressupostos que norteiam o projeto pedagógico.
O estágio curricular deverá ser realizado da seguinte forma:
▪ Deverá ter carga horária prevista de 210 horas;
▪ Para fins de integralização curricular só será considerado válido o estágio realizado após a conclusão do sétimo semestre;
▪ O estudante não poderá cursar, simultaneamente ao estágio, mais que 8 créditos. É fortemente recomendado que o estudante se dedique exclusivamente ao estágio curricular durante o período letivo;
▪ O desempenho do estagiário será avaliado:Por meio de um relatório de estágio, que deverá ser um relatório técnico e não de acompanhamento, elaborado pelo próprio estagiário de acordo com orientações fornecidas por uma Coordenação de Estágio; pelo Supervisor Acadêmico, por meio do preenchimento de formulário próprio; pelo Supervisor Técnico por meio do acompanhamento das atividades desenvolvidas pelo estagiário e preenchimento de formulário próprio;

▪ O estudante poderá requerer equivalência de atividade profissional que esteja exercendo na área de Engenharia com o estágio curricular, desde que este esteja apto a realizar o estágio.

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