Projeto Pedagógico do Curso

O prossional de Engenharia de Energia, formado pela Universidade de Brasília, deverá tratar das questões contemporâneas relativas aos processos de conversão, transformação, geração, armazenamento, conservação, transporte e distribuição de energia, do mesmo modo que da gestão dos recursos energéticos e o uso eciente da energia. Esse Engenheiro de Energia deve possuir sólida formação de base, com domínio das teorias e tecnologias referentes aos sistemas energéticos e com interconexões interdisciplinares que tratam de temas a respeito de meio ambiente, gestão, economia, planejamento e humanidades. O curso de Engenharia de Energia tem como prioridade capacitar o prossional com os conhecimentos requeridos para o exercício das seguintes competências e habilidades gerais, que possuem sintonia com o Art . 4º, da Resolução CNE/CES Nº. 11 de 2002:

• Formação em disciplinas básicas para engenharia;

• Conhecimentos de termodinâmica, dinâmica dos fluidos e circuitos elétricos associados aos sistemas de conversão, transformação e armazenamento de energia;

• Capacidade para avaliar os recursos renováveis para a geração de eletricidade (hídrico, eólico, solar e biomassa);

• Conhecimentos dos sistemas de geração de eletricidade (hidroelétrica, termoelétrica, Solar fotovoltaica, eólica, etc.);

• Conhecimentos dos sistemas de transmissão e distribuição de energia elétrica;

• Conhecimento sobre a cadeia de produção, distribuição e uso de combustíveis fósseis (petróleo, gás natural e carvão mineral) e de biocombustíveis;

• Conhecimentos dos aspectos gerenciais (gestão, planejamento e regulação) e comerciais vinculados ao setor energético;

• Conhecimentos em conservação de energia e desenvolvimento sustentável associados aos sistemas energéticos;

• Conhecimentos em sustentabilidade e uso eciente de energia em prédios residenciais, comerciais e industriais;

• Capacidade para conceber, projetar e coordenar projetos e serviços de engenharia;

• Capacidade de comunicar-se ecientemente nas formas escrita, oral e gráca;

• Capacidade de avaliar os impactos das atividades da engenharia nos contextos ético, econômico, social e ambiental que norteiam a atuação prossional;

• Capacidade para solucionar problemas integrando conhecimentos multidisciplinares;

• Capacidade de atuar em equipes de trabalho multidisciplinares.

• Estimular a interação de docentes e discentes com a indústria e outras instituições de ensino e pesquisa;

• Incentivar e promover a busca pela pesquisa e investigação cientíca;

• Promover a extensão com participação da comunidade como forma de difusão das pesquisas cientícas e tecnológicas desenvolvidas no curso de Engenharia Energia;

• Proporcionar um ambiente saudável, cooperativo e construtivo, onde docentes e discentes estejam comprometidos com a qualidade do curso;

• Garantir: (i) um perl generalista de base cientíca; (ii) sólida formação nas disciplinas do ciclo básico; (iii) sólida formação nas disciplinas prossionalizantes; (iv) formação humanística, social e ambiental;

• Garantir a oferta de disciplinas optativas segundo um planejamento prévio e de atividades complementares diversas nas áreas de interesse especíco do estudante e, assim, permitir que este participe da construção do seu perl de formação;

• Introduzir experiências de síntese e integração ao longo do curso;

• Estabelecer de forma eciente processos de avaliação e auto-avaliação do curso, do processo de ensino-aprendizagem e do perl prossional almejado.

Formar Engenheiros plenos com um perl generalista, humanista, crítico e reflexivo, capacitado a desenvolver e aplicar novas tecnologias, para a produção e utilização responsável e sustentável da energia, estimulando a sua atuação crítica e criativa na identicação e resolução de problemas, considerando seus aspectos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais, com visão ética e humanística, em atendimento às demandas da sociedade. Para alcançar o objetivo geral do curso, conta-se com a formação acadêmica e prossional do corpo docente, que deverá adequar-se ao papel do curso ante a sociedade, ao campo de atuação almejado para o prossional egresso e à própria missão e objetivos institucionais da UnB. Dentre os objetivos especícos citam-se:

• Formar prossionais com alta qualicação cientíca e tecnológica, éticos e socialmente responsáveis, que sejam capazes de contribuir para o desenvolvimento da sociedade brasileira, comprometidos com a solução de problemas sociais e ambientais suscitados pelo desenvolvimento tecnológico;

• Estimular o questionamento e as ideias inovadoras de modo a formar empreendedores;

• Sensibilizar sobre a responsabilidade com a sociedade ao exercer a prossão;

• Estimular o aperfeiçoamento prossional;

• Estabelecer práticas pedagógicas por parte do corpo docente que estimulem a autonomia, a criatividade, o espírito crítico, o empreendedorismo e a conduta ética na formação dos estudantes de graduação;

• Estimular atitudes pró-ativas do estudante na busca do conhecimento, desenvolvendo a autonomia a capacidade de auto-aprendizagem;

• Capacitar o estudante a identicar o problema a ser resolvido, buscar a sua solução, testá-la, avaliá-la e desenvolvê-la, por intermédio de uma formação prossional versátil e por meio de vivências interdisciplinares e extracurriculares;

• Possibilitar ao estudante a participação na construção de seu perl de formação; 

Além desses conjuntos de disciplinas e atividades, algumas disciplinas possuem característica integradora e de alta multidisciplinaridade, e foram denidas como pertencentes ao conjunto de Conteúdos Transversais e Interdisciplinares, em que é determinada a obrigatoriedade de quatro trabalhos de síntese e integração dos conhecimentos adquiridos ao longo do curso de graduação. O projeto de nal de curso, chamado de Trabalho de Conclusão de Curso 1 e 2, é desenvolvido durante dois períodos letivos (9º e 10º semestres). Já as disciplinas de Projeto Integrador de Engenharia 1 e 2 possibilitam ao estudante a participação em projetos e atividades que permitam ao estudante a síntese dos conceitos e competências adquiridos até o momento. O objetivo é fomentar a integração entre discentes e docentes da FGA, pela exibilização e o diálogo entre os 4 cursos de engenharia, possibilitando a multi e interdisciplinariedade (entre engenharias). A formação livre, disciplinas categorizadas como módulo livre, constitui de atividades/disciplinas desenvolvidas pelo estudante com base em seus interesses pessoais, que não fazem parte das atividades do ciclo básico (isto é, comuns às engenharias), nem das prossionalizantes, nem das complementares/optativas (ênfases), nem das integradoras. Podem ser cursadas em qualquer um dos campus da Universidade de Brasília. Além das disciplinas curriculares, a carga horária pode ser distribuída em diferentes atividades geradoras de créditos, como: participação em eventos; monitoria; iniciação cientíca; docência e extensão; estágio não supervisionado; projetos multidisciplinares; visitas técnicas; trabalhos em equipe; participação em empresas juniores; entre outras. As atividades podem abranger programas como: o Programa de Iniciação Cientíca (PIBIC), que tem por objetivo despertar a vocação cientíca e incentivar novos talentos potenciais entre estudantes de graduação, mediante sua participação em projetos de pesquisa; Programa Institucional de Bolsas de Extensão (PIBEX), que tem como principais objetivos: a) investir com a ação planejada e avaliada da extensão no processo de formação acadêmica do estudante de graduação; b) estimular professores a engajarem estudantes de graduação nas ações de extensão, c) possibilitar aos bolsistas novos meios e processos de produção, inovação e transferência de conhecimentos, permitindo a ampliação do acesso ao saber e o desenvolvimento tecnológico e social do País; ou Programa de Educação Tutorial (PET), que tem o objetivo de melhorar a qualidade do ensino de graduação oferecendo uma formação acadêmica de excelente nível. Este é um programa de caráter tutorial formado por um grupo composto de um tutor e doze bolsistas. Todos estes programas preveem bolsas remuneradas; comprovante de participação como voluntário nos programas PIBIC e PIBEX, além de créditos em módulo livre. A integralização destas atividades no histórico escolar é dependente da submissão e aprovação do Colegiado de Graduação da FGA. Os currículos dos cursos são hierarquizados com pré-requisitos (uma ou mais disciplinas, cujo cumprimento dos créditos é exigido para matrícula em nova disciplina), co-requisitos (a exigência de cursar uma ou mais disciplinas simultaneamente com outras no mesmo semestre letivo, por interdependência de conteúdos), e pré-requisitos recomendados (para cursar determinada disciplina é recomendável que tenha cursado uma ou mais disciplinas).

A Avaliação Institucional consiste no acompanhamento das atividades desenvolvidas na instituição de ensino dentro de uma abordagem construtiva, visando à análise e ao aperfeiçoamento do desempenho acadêmico. A Comissão Própria de Avaliação (CPA), instituída pela Lei 10.861/2004, é a comissão responsável por coordenar os processos de avaliação interna das Instituições de Ensino Superior e pelo fornecimento de informações solicitadas pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP). Anualmente a CPA da UnB elabora um Relatório de Autoavaliação Institucional, com informações sobre as dez dimensões de avaliação do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES), constituindo-se como instrumento para o planejamento da gestão e desenvolvimento da educação, em articulação com as diretrizes da Comissão Nacional da Educação Superior (CONAES). Por meio da autoavaliação institucional, a UnB analisa suas ações, avalia seus desaos e busca mecanismos para servir melhor a comunidade. É um processo utilizado pela Universidade para reexão coletiva e, diagnóstico a respeito do conjunto de atividades institucionais, o que resulta em subsídios para a tomada de decisão e a denição de prioridades, bem como aprimoramentos e mudanças de trajetória. Dessa forma, o processo avaliativo carrega um sentido tanto formativo quanto construtivo, pois, à medida que a UnB pratica a reexão, adquire conhecimentos, fortalece a visão a respeito das atividades avaliadas e subsidia mudanças em prol de melhorias. Os principais instrumentos utilizados pela CPA para a avaliação dos cursos da UnB estão:

• Instrumentos de Avaliação Interna; • Avaliação Discente;

• Consulta à Comunidade Acadêmica: Discente, Docente e Técnico;

• Instrumentos de Avaliação Externa;

• Instrumento de Avaliação de Cursos de Graduação presencial e a distância;

• Instrumento de Avaliação Institucional.

• Fórum de Avaliação da Comissão Própria de Avaliação da UnB (AVAL). Na UnB, a Comissão Própria de Avaliação (CPA) da UnB foi instituída para conduzir os processos de avaliação internos da instituição e realizar a sistematização das informações. Os institutos, faculdade e departamentos da Universidade recebem relatórios com resultados das pesquisas socioeconômicas relativas aos estudantes, evasão, avaliação de disciplinas e dos docentes feitas pelos discentes, entre outros. Tais informações são importantes para o acompanhamento e diagnóstico do curso dentro de um processo permanente de avaliação. Ao nal de cada semestre letivo, com o apoio institucional da UnB , é realizada junto aos alunos a avaliação das disciplinas cursadas e dos professores que as ministraram. Alguns dos aspectos avaliados pelos alunos são: programa da disciplina, desempenho do professor, autoavaliação do aluno e satisfação com a disciplina e com o suporte à execução da disciplina. Esses dados coletados são tratados estatisticamente e depois enviados aos departamentos na forma de relatórios individuais por disciplina. Em particular, o NDE do curso de Engenharia de Energia tem trabalhado com uma comissão responsável pelo projeto CPA Itinerante. O Projeto CPA Itinerante foi criado com o intuito de ampliar o contato da Comissão Própria de Avaliação (CPA) da UnB com as unidades acadêmicas da Instituição. Neste projeto, a CPA visitará as unidades e disponibilizará estudos relacionados à retenção, à evasão e a egressos (área de atuação do egresso, empregabilidade no setor formal, rendimentos dos recém-formados, rendimento dos egressos com mais de cinco anos de atuação no mercado e localização geográca). O NDE do curso poderá utilizar as informações disponibilizadas pela CPA, para conduzir os trabalhos de acompanhamento contínuo da estrutura curricular do curso, e para propor ações pedagógicas e administrativas de forma a atender o PPC.

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