Projeto Pedagógico do Curso

O perfil do bacharel em Museologia coadunar-se-a às diretrizes curriculares correspondentes à área museológica e às atribuições do museólogo previstas no decreto que regulamenta a profissão do museólogo. O bacharel em Museologia atuará em sintonia com as discussões e definições conceituais acordadas em âmbito nacional e internacional.

 

No tocante à formação e ao campo de atuação do profissional, as Diretrizes Curriculares para o Curso de Museologia observam que:

 

"a formação do museólogo supõe o domínio dos conteúdos da Museologia e a preparação para enfrentar com proficiência e criatividade os problemas de sua prática profissional, especialmente aqueles que demandem intervenções em museus, centros de documentação ou informação, centros culturais, serviços ou redes de informação, órgãos de gestão do patrimônio cultural."

Segundo o Decreto n. 91.775, de 15 de outubro de 1985, que trata da Regulamentação da profissão de museólogo e autorização para criação do Conselho Federal e Conselhos Regionais de Museologia, as atribuições do museólogo, definidos no artigo 3°. do capítulo II, são:

 

I. ensinar a Museologia nos seus diversos conteúdos, em todos os graus e níveis, obedecidas as prescrições legais;

II. planejar, organizar, administrar, dirigir e supervisionar os museus, as exposições de caráter educativo e cultural, os serviços educativos e as atividades culturais dos museus e de instituições afins;

III. executar todas as atividades concernentes ao funcionamento dos museus;

IV. solicitar o tombamento de bens culturais e o seu registro em instrumento específico;

V. coletar, conservar, preservar e divulgar o acervo museológico;

VI. planejar e executar serviços de identificação, classificação e cadastramento de bens culturais;

VII. promover estudos e pesquisas sobre acervos museológicos;

VIII. definir o espaço museológico adequado à apresentação e guarda das coleções;

IX. informar os órgãos competentes sobre o deslocamento irregular de bens culturais, dentro do país ou para o exterior;

X. dirigir, chefiar e administrar os setores técnicos de Museologia nas instituições governamentais da administração pública direta e indireta, bem assim em órgãos particulares de idêntica finalidade;

XI. prestar serviços de consultoria e assessoramento na área de Museologia;

XII. realizar perícias destinadas a apurar o valor histórico, artístico ou científico de bens museológicos, bem assim a sua autenticidade;

XIII. orientar, supervisionar e executar programas de treinamento, aperfeiçoamento e especialização de pessoas habilitadas nas áreas de Museologia e Museografia, como atividade de extensão;

XIV. orientar a realização de seminários, colóquios, concursos, exposições de âmbito nacional ou internacional, e de outras atividades de caráter museológico, fazendo-se nelas representar.

 

Considerando os conceitos e os parâmetros profissionais expostos, sobressai o vasto campo de atuação, o nível de exigência de formação e de exercício profissional, e o amplo universo de ações possíveis, que se tornam 45 incomensuráveis, na medida em que se introduz o conceito de Patrimônio Cultural e Natural, a "matéria-prima" básica do labor museológico. A Declaração de Caracas, de 1992, unificou os conceitos de Patrimônio Cultural e Patrimônio Natural na seguinte definição: "Entende-se por Patrimônio Cultural de uma nação, de uma região ou de uma comunidade, aquelas expressões materiais e espirituais que a caracterizam". Correspondendo à ampliação conceitual e profissional, o mercado de trabalho para o bacharel em Museologia ampliou-se. Para além dos museus tradicionais, abriu-se um leque de opções de trabalho ligadas ao Patrimônio Cultural e Natural, que abrange desde os Museus de História e de Arte até Ecomuseus e Museus Comunitários, Museus de Ciência e de Tecnologia, Programas de Memória e Patrimônio, Parques, Monumentos e Reservas Naturais, Cidades-Monumento, Aquários, Zoológicos e Jardins Botânicos, Planetários, Arquivos e Bibliotecas, Teatros e Redes de Televisão etc. Por conseguinte, com este amplo espectro de possibilidades profissionais, e de acordo com as Diretrizes Curriculares para o Curso de Museologia, o Curso de Graduação em Museologia do CID-FACE/UnB deverá formar bacharéis em Museologia capazes de "compreender o museu como um fenômeno que se expressa sob diferentes formas, consoante sistemas de pensamento e códigos sociais". Ademais, os bacharéis em Museologia deverão ser capazes de "interpretar as relações entre Homem, Natureza e Cultura, tendo como base o seu contexto temporal e espacial.

O curso de Museologia se estrutura em quatro eixos, quais sejam: teoria e prática museológica, museologia e informação, museologia e patrimônio cultural e preservação e conservação de bens culturais.

 

A proposta para o desenvolvimento das atividades nos espaços formativos do curso enfatiza o emprego de metodologias diversificadas que possibilitem a interação entre estudantes e entre estudantes e docentes, de modo a favorecer uma aproximação significativa com os objetos de estudo. Exposições curriculares, seminários, aulas práticas, saídas de campo, visitas a instituições e participação em eventos configuram-se como metodologias apropriadas para atender aos objetivos do curso.

 

Neste projeto político pedagógico de curso destacamos, entre outros, alguns princípios pedagógicos que estarão presentes na metodologia:

 

▪ Integração entre os diferentes componentes curriculares;

▪ indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão;

▪ flexibilidade curricular;

▪ aproximação progressiva à práxis profissional;

▪ diversificação dos cenários de ensino-aprendizagem;

▪ processo de avaliação com ênfase formativa.

Avaliação da Aprendizagem

 

Conforme orientação do Manual do aluno da UnB, os professores estabelecem os critérios e formatos avaliativos no início de cada semestre letivo, dando ampla divulgação dos mesmos especialmente por meio dos Planos de Curso entregues no primeiro dia de aula. “Os critérios específicos de aprovação em cada disciplina são divulgados no início do semestre letivo no plano de ensino da disciplina”, conforme consta no Guia do Calouro da UnB. A tipologia de avaliações do curso é bastante ampliada: provas escritas, seminários, desenvolvimentos de artigos e projetos, montagem de exposições, dentre outras. As notas obtidas são convertidas nas menções institucionais: SS, MS e MM como médias de aprovação 67 e integralização dos créditos e MI e II como médias de reprovação e não integralização dos créditos.

 

Avaliação do Curso

 

A avaliação do curso de Museologia tem a função de regulação e monitoramento das ações de ensino, pesquisa e extensão a serem desenvolvidas pelos professores do Curso em consonância com as orientações e observações da Unidade Acadêmica e da Universidade de Brasília. No que se refere à avaliação institucional e de curso, espera-se que por meio do seu resultado o Curso de Museologia possa manter aquilo que se encontra adequado e promover as alterações que se fizerem necessárias para a manutenção da qualidade do ensino.

 

O Curso não possui avaliação pelo Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes, o Enade como componente do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes) criado pela Lei 10.861 de 14 de abril de 2004. Sendo assim, o Curso de Museologia recebeu a primeira avaliação externa organizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) em novembro de 2012.

 

Naquela ocasião foram levados em consideração aspectos quantitativos e qualitativos do curso, organizados nas seguintes dimensões:

 

Dimensão 1: Organização didático-pedagógica;

Dimensão 2: Corpo Docente e Tutorial e

Dimensão 3: Infraestrutura.

 

Nas duas primeiras dimensões o curso obteve média 4,5. Na última o Curso obteve média 3,8. Tal média decorreu da ausência de instalação dos 4 laboratórios do Curso de Museologia e da falta de acessibilidade física do edifício onde está instalada a Faculdade de Ciência da Informação. Obtivemos média final 4,0. Esses resultados nortearam as ações para a solução da ausência de laboratórios e da questão da acessibilidade. Atualmente, temos todos os laboratórios do Curso instalados e em pleno funcionamento. 

 

Avaliação do Docente

 

A avaliação do docente será realizada tanto pelo estudante e pela própria unidade acadêmica e estará em consonância com as orientações da Comissão Própria de Avaliação (CPA) da UnB.

 

A avaliação de disciplina é proposta aos estudantes no período de matrícula imediatamente cursado por meio de pesquisa sobre a percepção deles sobre o:

 

• programa da disciplina – para identificar o valor atribuído pelo discente ao conteúdo proposto e a coerência entre ementa, programa, bibliografia e objetivos propostos;

• ensino ministrado – para identificar o valor atribuído pelo discente ao desempenho docente no contexto da disciplina ministrada;

• rendimento discente ou autoavaliação – para identificar a percepção dos estudantes sobre sua própria aprendizagem;

• suporte institucional – para identificar o valor atribuído pelo discente às condições de infraestrutura física e laboratorial para as atividades propostas na disciplina.

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