A presente pesquisa tem como objeto o ensino do futebol na Educação Física escolar baseado na pedagogia crítico-superadora. O futebol, como um clássico da cultura corporal, deve ser ensinado numa perspectiva que vá além da reprodução de saberes e supere a abordagem tradicional de ensino. Dessa forma, o presente estudo teve como objetivo experimentar uma proposta pedagógica, para os anos finais do ensino fundamental, abordando o conteúdo futebol segundo a pedagogia crítico-superadora, e identificar os processos educativos gerados decorrentes da aplicação da proposição elaborada. A metodologia foi dividida em três etapas, todas apresentando como participantes estudantes do 9º ano e o professor regente de Educação Física. Na primeira etapa, realizamos a observação das aulas de Educação Física e o registro em diário de campo; na segunda etapa, interviemos junto à professora regente em busca de aprimorar as práticas observadas e elaborar uma proposta de aulas de futebol segundo a pedagogia crítico-superadora; já na terceira etapa, com delineamentos da pesquisa-ação, aplicamos a proposta construída e refletimos com os alunos sobre o que foi vivenciado, com o intuito de compreender a apreensão dos estudantes e os processos educativos gerados. Os resultados mostraram que a proposta experienciada trouxe conhecimentos para todos os envolvidos e gerou nos educandos novos conhecimentos. O trabalho fez com que os estudantes não só fossem capazes de refletir sobre o conteúdo apresentado, o futebol, mas também conseguissem pensar para além deste, fazendo relações com diferentes temas presentes na realidade. Podemos inferir que práticas pedagógicas com intencionalidade e compromisso educativo geram motivação no aluno para o processo de ensino-aprendizagem. Outrossim, a proposta pedagógica com base na pedagogia crítico-superadora proporciona espaços de maior participação e protagonismo para os alunos, incitando-os a refletirem sobre o conteúdo e extrapolarem o entendimento para além dele. Promover uma Educação Física escolar com maior equidade, menor individualização dos sujeitos, mudança de um processo de ensino acrítico, com livre manifestação de pensamentos, que contemple a diversidade existente, não é um processo fácil de promover na prática. A reinvenção na forma de abordar os conteúdos da cultura corporal na escola é emergencial. E, mesmo sendo um processo lento, é necessário fazê-lo, afinal o que está em jogo é a aprendizagem dos estudantes, que, ao fim da educação básica, terão um entendimento mais crítico diante de todas as informações que os cercam e tomarão melhores decisões, que afetam sua individualidade e também o coletivo, repercutindo nos rumos da sociedade. Concluímos, dessa forma, que a experiência permitiu-lhes vivenciarem as atividades e tornarem-se partícipes do processo, debatendo sobre aquilo que havia sido aprendido e discutido nos encontros. Notaram-se envolvimento dos alunos, troca de conhecimentos, coparticipação, aprendizado e inclusão.

O presente estudo faz parte do Programa de Mestrado Profissional em Educação Física em Rede Nacional (ProEF). O objetivo geral foi analisar o conteúdo jogos e brincadeiras no documento Currículo em Movimento – CMDF (SEDF, 2018), desenvolver e analisar proposta pedagógica e interdisciplinar, a partir do Programa Educação com Movimento - PECM (SEDF, 2018) e à luz da Pedagogia Crítico-Superadora, para crianças dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental de uma escola pública do DF. O PECM é uma iniciativa, no contexto da educação pública do Distrito Federal, que visa a inserção de professores de Educação Física na Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Foi realizada pesquisa de campo de natureza qualitativa que contou com a participação de 16 (dezesseis) crianças do 2º ano do Ensino Fundamental dos Anos Iniciais em parceria com a professora pedagoga responsável pela turma. Utilizamos os seguintes instrumentos: observação participante com registro em diário de campo; roda de conversa; desenho; registros iconográficos e análise de documentos. Foi elaborada e desenvolvida proposta pedagógica composta por dez aulas sobre jogos e brincadeiras, conforme os conteúdos e objetivos de aprendizagem previstos no CMDF, valorizando múltiplas linguagens (corporal, oral, escrita e audiovisual), buscando contribuir com a apropriação dos conhecimentos, com a construção do pensamento crítico e o desenvolvimento integral das crianças. Como resultados da investigação, analisamos que o documento Currículo em Movimento apresenta contradições entre seus pressupostos teóricos e certo ecletismo na exposição dos objetivos de aprendizagem e conteúdos previstos para a Educação Física nos Anos Iniciais, em especial nos jogos e brincadeiras, já que estão estruturados com expressiva ênfase no desenvolvimento motor e com pouca menção aos aspectos culturais e históricos. Concluímos ainda, com base na pesquisa imbricada com a proposta pedagógica em torno dos jogos e brincadeiras, à luz da Pedagogia Crítico-Superadora, que as experiências (teórico-práticas) vivenciadas pelas crianças foram significativas para a ampliação e aprofundamento do repertório de jogos e brincadeiras, em seus elementos gestuais, históricos e culturais, e para o desenvolvimento do pensamento crítico.

A Educação Física tem se aproximado do uso das tecnologias educacionais, primeiro,
como forma de entretenimento e, segundo, como recurso pedagógico, haja vista
algumas pessoas passarem horas nas mídias sociais sem realizar grandes esforços
para conectar-se sadia e equilibradamente com o mundo. Posto esse comportamento

ter aumentado frente ao cenário atual de instabilidade política, econômica e pós-
pandemia, passou a ser urgente o movimento de reinvenção e enfrentamentos para

não diminuir os aprendizados que nos engrandecem e agregam conhecimento.
Nessas circunstâncias, à pesquisa realizada objetivou investigar o uso pedagógico do
WhatsApp no contexto das atividades escolares envolvendo a Educação Física. A
sociedade cada vez mais conectada é instada a aprender sobre o uso educativo das
Tecnologias, sejam elas Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC),
Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDIC) e Tecnologias Digitais da
Informação, Comunicação e Expressão (TICE) ou outras que surgirem ao longo desse
processo. Com base nesse panorama, salienta-se nesse estudo o uso das tecnologias
móveis com acesso facilitado na palma da mão, em especial o recurso WhatsApp que
se constitui como popular aplicativo de mensagens utilizado como caminho para
viabilizar o ensino e a aprendizagem. Para tanto, desenvolveu-se o seguinte problema
de pesquisa: Quais as possibilidades do uso do WhatsApp como recurso pedagógico
na Educação Física Escolar? Diante dessa questão inicial, acontece a revisão literária
em base de dados (artigos científicos, livros, dissertações e teses) encontradas
também por meios digitais. O percurso metodológico de abordagem qualitativa
apoiado por Estudo de Caso instrumentalizados por Rodas de Conversa, Planos de
aula, Observação Participante, Questionário e diferentes Artefatos Digitais
disponibilizados em diferentes momentos da coleta durante a pesquisa, envolvendo
as atividades escolares da Educação Física via WhatsApp. Essa investigação das
possibilidades de mediações pedagógicas possuiu um potencial motivador e
apresentaram outras concepções para o uso educacional do WhatsApp envolvendo a
Educação Física permitindo assim estabelecer uma posição crítica e reflexiva da
realidade desse contexto. Acredita-se que esse estudo possibilitou a compreensão
dos conteúdos da Educação Física Escolar explorados a partir das palavras, imagens,
brinquedo, pesquisa e questionário inicial e final relativos ao pensamento e expressão
da cultura corporal de movimento. Notou-se que os resultados apontam que o uso
pedagógico do WhatsApp potencializa o ensino e aprendizagem em ambiente
interativo, colaborativo, oportunizando aos participantes a reflexão, a inclusão, a
interação, o afeto, a autonomia e o protagonismo frente ao uso educativo das
tecnologias, contribuindo, enfim, para o “ser integral”.

A pesquisa intitulada “Mana, não te Afoba! Que Hoje a Aula Vai Ser Diferente”: As Competências Digitais dos estudantes nas aulas de Educação Física”, tem esse título, por surgir dos momentos que antecederam as aulas de aplicação da pesquisa, em que os estudantes estavam ansiosos para saber o que aconteceria na aula de Educação Física, sendo que a pesquisa ocorreu em Macapá-AP. “Mana” é uma gíria usada no norte do Brasil, neste caso no Amapá, sendo um vocativo para pessoas próximas e “Não te afoba” também é uma gíria amapaense que significa “não tenha pressa/te acalma”. Essa foi uma das expressões mais utilizadas pela professora-pesquisadora durante o processo da pesquisa, para pedir que os estudantes esperassem o início das aulas para saberem o que aconteceria. Esta pesquisa foi construída a partir da inquietação de como trabalhar as competências digitais dos estudantes nas aulas de Educação Física conforme a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), de modo que eles possam utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais. As competências digitais vêm sendo mais solicitadas a partir da pandemia de COVID-19, onde as pessoas tinham que possuir habilidades com tecnologias digitais de comunicação e informação (TDIC) e aquelas que não tinham essa aptidão, tiveram consequências negativas em seus estudos e/ou trabalhados. Sendo assim, a pesquisa teve como objetivo geral desenvolver as competências digitais dos estudantes nas aulas de Educação Física. Buscou-se com os objetivos específicos:investigar as competências digitais dos estudantes do ensino médio nas aulas de Educação Física; propiciar aos estudantes a compreensão das dimensões tecnológicas, cognitivas e éticas das competências digitais na Educação Física de acordo com Calvani, Cartelli, Fini e Ranieri (2009) e; criar um e-book para ampliar as possibilidades de aplicação das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) nas aulas de Educação Física. O percurso metodológico se apoiou na abordagem qualitativa, do tipo exploratória com procedimento de pesquisa participante, utilizando-se dos instrumentos como plano de aula, roteiro de observação e questionário aberto. A análise dos resultados foi realizada a partir da  relação das respostas  dos estudantes nos questionários e a observação da aula, não havendo uma pré-categorização para  as respostas, contudo, estas foram divididas em categorias conforme o que surgia no processo segundo as aulas e as dimensões e subdivisões das competências digitais de acordo com Calvani, Cartelli, Fini e Ranieri (2009). A pesquisa ocorreu na Escola Estadual Professora Benigna Souza, na cidade de Macapá-Amapá, com 67 estudantes do segundo ano do Ensino Médio. Foi possível verificar possibilidades de trabalhar competências digitais dos estudantes utilizando conteúdos da Educação Física, permitindo o desenvolvimento da aprendizagem global dos mesmos.