Banca de DEFESA: Millena Ayla da Mata Dias

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Millena Ayla da Mata Dias
DATA : 28/07/2023
HORA: 14:00
LOCAL: FUP
TÍTULO:

As quebradeiras de coco babaçu do Sul do Piauí: memórias e identidades em movimento


PALAVRAS-CHAVES:

Comunidade tradicional, gênero, modo de vida, Matopiba.


PÁGINAS: 133
RESUMO:

Esta dissertação discute as relações de identidades e memórias coletivas de quebradeiras de coco babaçu, em região considerada a “última fronteira agrícola” localizada no nordeste brasileiro. Tem como objetivo geral investigar os processos de mudanças de identidades e memórias coletivas de quebradeiras de coco babaçu afetados pela expansão do agronegócio na região Sul do Piauí. Constam como objetivos específicos: conhecer e descrever a realidade sócio territorial das mulheres quebradeiras de coco babaçu, da comunidade Sítio; identificar e caracterizar os processos de formação de identidades das jovens quebradeiras de coco, a partir das seguintes influências: as redes de movimentos e nas vivências familiar e comunitária com as quebradeiras mais velhas; problematizar e investigar as relações entre a mudança da identidade das quebradeiras e a construção de sua memória coletiva na (des) territorialização da comunidade Sítio. Deste modo, este trabalho é organizado em formatos de artigos, que compõe em cada unidade de capítulo, em que trata de responder cada objetivo específico, já trazendo os dados oriundos da pesquisa. Para tal, utilizamos a pesquisa qualitativa, com abordagem participante e colaborativa dialógica. Os instrumentos da pesquisa foram revisões documentais, entrevistas semiestruturadas, grupos focais e a organização de um audiovisual popular e então utilizamos a análise de conteúdo. Como resultados, verificamos que essas vivências, com todas as contradições que as cercam, tem o potencial de desenvolver a resistência camponesa, em prol do modo de vida. As mulheres quebradeiras de coco babaçu resistem aos processos de cooptação das mentes e dos territórios da Comunidade Sítio. As filhas das Nascentes, encontram forças no coletivo para lutar contra a ameaça que incidem pela expansão das fazendas do agronegócio, conforme estabelecem novas modos de coleta do coco e se organizam em movimentos para que seus corpos e territórios não sejam vencidos pelo o capital. Articulam um feminismo que brota da terra, enquanto suas múltiplas identidades, combatendo as opressões, configuradas pela violência pautadas em gênero, raça e classe social. A juventude quebradeira, em prol da memória coletiva da comunidade, se movimenta, nas inversões, pois precisam acessar uma escola da cidade, interferindo no imaginário social e tendem a não ver a vida no campo como forma de vida possível. Em contrapartida, percebem que ao buscar acessar novos horizontes de formação, que foram negadas as gerações de suas matriarcas, se conforma como ferramenta para a articulação dos instrumentos de luta e a manutenção do território das quebradeiras no enfrentamento ao agronegócio. A pesquisa identifica modos de resistência de mulheres quebradeiras de coco babaçu da Comunidade Sítio pela ancestralidade, pelo território e pela reprodução social.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - Daniela Peixoto Ramos
Externa à Instituição - KELCI ANNE PEREIRA - UFPI
Interna - 1745913 - MONICA CELEIDA RABELO NOGUEIRA
Presidente - ***.168.100-** - SUZI MARIA DE CORDOVA HUFF THEODORO - UnB
Notícia cadastrada em: 14/07/2023 09:43
SIGAA | Secretaria de Tecnologia da Informação - STI - (61) 3107-0102 | Copyright © 2006-2024 - UFRN - app37_Prod.sigaa31