Banca de DEFESA: Fagner de Oliveira Dias

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Fagner de Oliveira Dias
DATA : 26/04/2024
HORA: 10:00
LOCAL: PPGA
TÍTULO:

RAZÃO E EMOÇÃO NA POLÍCIA MILITAR: O papel do Clima Emocional nas Práticas de Recursos Humanos sob a Perspectiva da Lógica Institucional


PALAVRAS-CHAVES:

lógica institucional, clima emocional, QLIP-M, práticas de RH, teoria institucional, polícia militar, práticas organizacionais, emoções coletivas.


PÁGINAS: 204
RESUMO:

A lógica institucional prediz as práticas sociais, não sendo diferente no ambiente organizacional. Organizações gerenciam pessoas. Implica dizer que as práticas de gestão de pessoas predizem uma série de comportamentos organizacionais. As lógicas predominantes em uma corporação influenciarão tanto os tipos de práticas colocadas à disposição quando como elas são percebidas pelos trabalhadores. Por se tratar de pessoas, podemos supor que a perspectiva racional-cognitiva da percepção dessas práticas pode ser melhor explicada considerando a influência do clima emocional do grupo. Assim, esta tese teve como objetivo analisar a relação entre a lógica institucional e as práticas organizacionais mediada pelo clima emocional. Para alcançar o objetivo proposto perpassou-se os seguintes objetivos específicos: mapear as principais fontes e evidências teóricas da relação entre emoção e lógica institucional (Capítulo II); propor um modelo fundamentando o papel do clima emocional como mediador da relação entre lógica institucional e prática organizacional (Capítulo III); construir e apresentar evidências de validade de um instrumento de lógicas institucionais policiais militares (QLIP-M) (Capítulo IV) e testar empiricamente a mediação do clima emocional na relação entre LIP-M e as práticas de RH (Capítulo V). Capítulo II: a revisão de escopo da literatura encontrou 60 referências, analisou 13 artigos e concluiu sobre a relação de predição da variável emocional, bem como uma carência de estudos relacionando clima e lógicas institucionais, direcionalidades e exclusividade do nível individual de análise. Capítulo III: ensaio teórico propondo o clima emocional como mediador na relação entre lógica institucional e práticas organizacionais. Para o teste empírico desta relação foi preciso desenvolver um instrumento de medida de lógica institucional. Capítulo IV: desenvolveu-se o QLIP-M, com uma análise qualitativa para construção de itens com três grupos focais, composto por policiais de regiões diferentes do Brasil (n=17), uma análise semântica com especialistas (N=5); uma análise das propriedades psicométricas com policiais (n=379) para compreender a estrutura fatorial, a qual emergiu com 5 lógicas institucionais (militar, burocrática, legalista, comunitária e do vigilante) e o teste da rede nomológica do constructo (n=137) com dignidade no trabalho, identidade social e segurança psicológica encontrando relações positivas. Capítulo V: teste empírico do modelo (n=220) onde o clima emocional mediou a relação entre lógica burocrática e práticas de RH, mas não as demais lógicas. Os resultados obtidos em seu conjunto atingem o objetivo geral da tese, de testar a relação entre lógica institucional e prática organizacional mediado pelo clima emocional e contribuem teoricamente para a análise das emoções na teoria institucional de diversas outras formas. O ensaio teórico reúne a literatura existente para propor um processo de mediação do clima emocional, tornando as emoções, antes subjacentes ao processo, como protagonista na compreensão do comportamento organizacional. Contribuiu-se também para a análise quantitativa das lógicas institucionais ao criar e validar um instrumento de medida e, especificamente, contribui para os policiais militares ao compreender as diferentes lógicas que operam neste contexto. Por fim, ao utilizar métodos distintos para acessar as lógicas permitiu que lógicas subjacentes e menos evidentes emergissem, como a lógica do vigilante. A presente tese traz contribuições para os estudos de lógica institucional e emoções. Como contribuições práticas, os gestores podem utilizar estes resultados para incrementarem as percepções de práticas organizacionais, pois por vezes os gestores se esforçam para entregarem práticas que passam desapercebidas em função das lógicas que operam na organização ou pelo clima emocional desfavorável a elas.


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - JOÃO MARCELO CRUBELLATE - UEM
Externo à Instituição - DARIO PAEZ ROVIRA - UAB
Presidente - ***.218.828-** - AMALIA RAQUEL PEREZ-NEBRA - UnB
Interno - 1206020 - LUCIANO ROSSONI
Notícia cadastrada em: 10/04/2024 11:09
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