Resiliência, Resiliência Regional, Inovação
A capacidade de as economias regionais lidarem com choques tem sido recorrentemente testada. Por exemplo, pode-se citar a crise financeira global de 2008-2010, a crise político-econômica brasileira de 2014-2015, e a queda da geração de riqueza e do nível de emprego decorrentes da pandemia de COVID-19. Diante de períodos de estresse como esses, entender o porquê de algumas regiões serem menos afetadas ou se recuperarem de modo mais rápido que outras pode prover substrato para atuação de gestores públicos e privados. Nesse contexto, a inovação e a capacidade de inovar têm sido apontadas como possíveis preditoras da resiliência regional. Todavia, a dinâmica de inovação e o papel dos atores regionais têm sido negligenciados. Em decorrência, esta pesquisa tem o objetivo de descrever o papel da inovação em reação a choques e da relação das empresas com instituições de suporte na resiliência regional. A contribuição teórica almejada se refere à verificação da tese de que as instituições de suporte atuam como catalisadoras da relação entre inovação e resiliência. Considerando possíveis implicações práticas, direcionar a visão para a introdução de produtos e processos, novos ou melhorados, possibilita ações imediatas em resposta a choques. Ademais, o projeto se relaciona a três objetivos do desenvolvimento sustentável, propostos pela Organização das Nações Unidas.