RUMO À ECONOMIA CIRCULAR: análise do atual estágio da transição sob a ótica da Teoria Institucional e as fases de transição
Economia Circular. Transição. Institucionalização. Macro
O atual sistema vigente é o de economia linear (take-make-dispose): extrair, consumir e descartar. A população está consumindo mais recursos do que os ecossistemas do Planeta Terra podem fornecer de modo sustentável. Sendo assim, surge um outro modelo em contraposição à economia linear, a Economia Circular (take-make-return), que é reconhecido como um meio de equilibrar a balança entre o fornecimento e a demanda pelos recursos naturais. Foi realizada uma revisão sistemática da literatura utilizando-se o protocolo de InOrdinatio por Pagani, Kovaleski e Resende (2015, 2017), em quatro bases de dados. Assim, nota-se que os estudos estão mais voltados para a análise da transição no nível micro, sendo identificados mais os mecanismos de isomorfismo mimético e coercitivo. Dessa forma, este projeto visa analisar, no nível macro, a transição da Economia Linear para a Circular das Unidades Federativas (UF) do Brasil sob a ótica dos mecanismos isomórficos da Teoria Institucional. Para atingir o objetivo proposto, será aplicada a escala elaborada e validada por Guarnieri et al. (2023) para todas as UFs do Brasil visando avaliar as estratégias de transição para a EC. Para complementar, serão realizadas entrevistas focando em participantes das UF com mais e menos estratégias de transição visando a identificação da diferença da quantidade de estratégias realizadas por cada UF. Como método de análise da revisão e das entrevistas será utilizada a análise de conteúdo de acordo com Bardin. Para analisar os resultados da escala será aplicado um método multicritério de apoio à decisão. Como resultado parcial, este projeto pode contribuir para demonstrar a diversidade de abordagem disponíveis para se investigar a EC, a importância dos stakeholders no processo de transição da economia linear para a EC e os meios para a transição à EC, bem como a necessidade de se realizar novos estudos para a análise detalhada do processo de transição e para a comparação da evolução dos estados de um mesmo país nesse processo