Banca de DEFESA: Allan Ferreira

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Allan Ferreira
DATA : 25/01/2024
HORA: 14:00
LOCAL: PPGA
TÍTULO:

Retenção de aprendizagem em treinamentos corporativos: avaliação de predições em recorte longitudinal


PALAVRAS-CHAVES:

retenção de aprendizagem; autoeficácia; desenho instrucional; suporte à transferência de treinamento.


PÁGINAS: 161
RESUMO:

O foco deste estudo é a Retenção da Aprendizagem (RA), definida como o quanto as mudanças ocorridas em um indivíduo, medidas em termos de conhecimentos, habilidades ou atitudes, e que são resultantes de um treinamento, permanecem ao longo do tempo. O objetivo geral do estudo é mensurar e avaliar relações de predição para a variável RA, em um recorte longitudinal. Para o atingimento do objetivo, foram realizados quatro estudos. No Estudo 1 identificou-se o atual estado de produção de conhecimentos sobre RA, por meio de revisão narrativa de literatura, que englobou 11 artigos sobre RA, oriundos de periódicos revisados por pares, publicados entre 2017 e 2023 e disponíveis em 6 bases de dados. Os demais estudos foram conduzidos coletando-se dados junto a trabalhadores de uma instituição financeira, egressos de treinamentos nas modalidades autoinstrucional, online ao vivo e presencial. No Estudo 2 construiu-se e investigaram-se evidências de validade de um instrumento de avaliação de RA em treinamentos corporativos. No Estudo 3 construiu-se e investigaram-se evidências de validade de um instrumento de avaliação de características de treinamentos associadas a retenção de aprendizagem (CTRA). Nesses dois estudos, submeteu-se a 10.960 egressos dos referidos treinamentos os instrumentos desenvolvidos e validados semanticamente para avaliação de RA (com 6 itens) e para avaliação de CTRA (com 8 itens), obtendo-se respostas de 1.185 indivíduos (10,8% de retorno); realizaram-se Análises Fatoriais Exploratórias com o Factor; e calcularam-se medidas de ajuste e de confiabilidade para os modelos (CFI, RMSEA, χ²/df, Alfa de Cronbach, Ômega de McDonald). No Estudo 4, verificou-se o relacionamento entre as variáveis preditoras autoeficácia (AE), CTRA e suporte à transferência de treinamento (STT) e a variável critério RA, em recorte longitudinal. Na Onda T1 após o treinamento mensuraram-se RA e CTRA (N = 1.185). Na Onda T2 (2 meses após T1), submeteu-se, à amostra obtida na Onda T1, os instrumentos para avaliação de RA, AE e STT, chegando-se a 520 respondentes (43,9% de retorno). Na Onda T3 (2 meses após T2), submeteu-se, à amostra obtida na Onda T2, os instrumentos para avaliação de RA e de STT, chegando-se a 281 respondentes (54,0% de retorno). Ressalta-se que há evidências de validade e de confiabilidade para todos os instrumentos utilizados no Estudo 4. Em cada onda realizaram-se regressões logísticas (RL), com o Jamovi, definindo-se como variável critério a RA mensurada na onda, e como variáveis preditoras todas as demais mensuradas (CTRA, AE, STT, RA mensurada em ondas anteriores e dados sociodemográficos e profissionais). Em cada análise de RL, calcularam-se também as medidas de ajuste e de predição (Desvio, AIC, BIC, R²M, R²CS, R²N, Acurácia, Especificidade, Sensitividade e AUC). Como resultado do Estudo 1, identificou-se uma variedade de métodos de avaliação de RA (o que, como e quando medir). Identificaram-se também variáveis associadas à RA, como AE e STT, além de lacunas, como a falta de um instrumento em amplitude para avaliação de RA e de um instrumento para avaliação de CTRA. Os resultados dos Estudos 2 e 3 indicaram evidências de validade para o instrumento unifatorial de avaliação de RA (CFI = 0,998; RMSEA = 0,085; χ²/df = 2,86; Alfa de Cronbach = 0,970; Ômega de McDonald = 0,970) e para o instrumento unifatorial de avaliação de CTRA (CFI = 0,993; RMSEA = 0,072; χ²/df = 2,89; Alfa de Cronbach = 0,927; Ômega de McDonald = 0,927). Os resultados do Estudo 4 apontaram AE e STT como preditoras significativas de RA em T2 e T3; CTRA como preditora significativa de RA em T1 e T2; RA em T1 como preditora significativa de RA em T2 e T3; e RA em T2 como preditora significativa de RA em T3. Em síntese, os resultados indicam que as pessoas com maior AE, com percepção de melhor STT, com maior RA (em T1 e T2) e com percepção da existência de CTRA pertencem ao grupo com maior RA em T3. Este trabalho trouxe contribuições metodológicas para os estudos sobre RA, ao apresentar um instrumento para sua avaliação e um instrumento para avaliação de CTRA, suprindo lacunas identificadas no Estudo 1. Há também contribuições teóricas, com a identificação do estado de produção de conhecimentos sobre RA e com uma melhor compreensão da relação desta variável com as variáveis AE, CTRA e STT. Como agenda de pesquisa, proposta a partir das limitações encontradas no âmbito deste trabalho e das lacunas identificadas no Estudo 1, sugere-se que futuros estudos sobre RA sejam realizados em outros campos de pesquisa, em períodos mais extensos, com desenhos experimentais ou quase-experimentais de campo e/ou com testes situacionais para mensurar RA.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 1719954 - FRANCISCO ANTONIO COELHO JUNIOR
Presidente - 404984 - GARDENIA DA SILVA ABBAD
Externa à Instituição - LUCIANA MOURAO CERQUEIRA E SILVA - UNIVERSO
Interno - 1171224 - RAUL YUKIHIRO MATSUSHITA
Notícia cadastrada em: 11/01/2024 09:05
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