Banca de DEFESA: Vinícius Batista Vieira

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Vinícius Batista Vieira
DATA : 27/03/2024
HORA: 14:30
LOCAL: plataforma meet
TÍTULO:

O USO DA CANNABIS PARA FINS TERAPÊUTICOS REQUER PRESCRIÇÃO MÉDICA? - ANÁLISE DA UTILIZAÇÃO DA MACONHA PARA FINS MEDICINAIS À LUZ DA BIOÉTICA DE INTERVENÇÃO E OUTRAS EPISTEMES DO SUL


PALAVRAS-CHAVES:

“Maconha medicinal; Cannabis; Bioética de Intervenção; Etnofarmacologia; Decolonialidade ”


PÁGINAS: 1000
RESUMO:

“A ressurreição da Cannabis como medicamento não é mais novidade no mundo acadêmico nem na população em geral; cresce o número de artigos científicos relacionados, e a sua prescrição tem se tornado mais frequente. Essa retomada contrasta com a realidade proibicionista que envolve a maconha, cuja proibição mantém na marginalidade a utilização popular e tradicional, especialmente por pessoas periféricas, negras e indígenas. Nossa pesquisa pretende analisar, com base na Bioética de Intervenção e de outras epistemes do sul, a utilização da maconha para fins terapêuticos. Através de uma perspectiva epistêmica do pensamento complexo, da decolonialidade, interepistêmica e sentipensante, discutimos os atravessamentos morais, sociais, raciais, sanitários e econômicos associados à planta em questão. Esta é uma pesquisa etnofarmacológica qualitativa para análise bioética que utilizou a ferramenta metodológica da observação participante, tendo como campo de observação o Projeto de Extensão Ambulatório Cannábico da Universidade Federal de Pernambuco. Observamos que a utilização da maconha tem ocorrido de forma diversa quanto à indicação clínica, às características dos produtos, às formas de acesso e aos aspectos sociais, econômicos e culturais dos usuários. Os riscos clínicos de utilização medicinal da planta não parecem justificar sua manutenção como proibida. Por outro lado, a regulamentação apenas do uso prescrito tem um efeito de injustiça para uma parcela da população que se beneficia do seu uso popular e para a população negra, diante do cenário nefasto do proibicionismo para este grupo. As bioéticas críticas às concentrações de poder e implicadas com a emancipação social não podem se eximir de desvelar os pactos da branquitude e os aspectos capitalistas essenciais para a manutenção de privilégios de alguns e desproteção de uma maioria. Com abordagem não especista, também consideramos a Cannabis como detentora do direito à vida integrada com sua função originária, entendendo sua perseguição como violação do direito a sua existência. Por fim, consideramos que a legalização mais ampla poderia ter efeitos mais integradores para a humanidade, para a planta e para o ecossistema.”


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - DJAILTON PEREIRA DA CUNHA - UPE
Externa à Instituição - RACHEL GOUVEIA PASSOS - UFRJ
Externa à Instituição - ROSANE FREIRE LACERDA - UFPE
Presidente - ***.022.734-** - SAULO FERREIRA FEITOSA - UFPE
Interno - ***.879.058-** - VOLNEI CARAFFA - UnB
Notícia cadastrada em: 12/03/2024 15:30
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