Banca de DEFESA: Flora Egécia Oliveira Morais

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Flora Egécia Oliveira Morais
DATA : 14/12/2023
HORA: 14:00
LOCAL: Departamento de Design da UnB
TÍTULO:
Álbum de família: interseções entre a obra “Um defeito de cor”, a cidade de Salvador e a mulher negra diaspórica

PALAVRAS-CHAVES:
Salvador, cidade, território, corpo, mulheres negras

PÁGINAS: 120
RESUMO:
Esta pesquisa traça uma relação entre a corporeidade das mulheres negras diaspóricas no território da cidade de Salvador (Bahia) e a obra literária Um Defeito de Cor (2006), de Ana Maria Gonçalves. A obra, que teve o título inspirado na lei escravagista - que permitia que pessoas negras e miscigenadas solicitassem que "a deficiência de cor fosse ignorada" quando demonstram talento ou competência excepcional -, foi escolhida como fio narrativo do estudo por ser uma metaficção historiográfica que apresenta a perspectiva de uma mulher negra; ao narrar a história de Kehinde: Luísa Mahin. Durante o século XIX, Kehinde (de origem africana) foi ex-escravizada, mãe do advogado abolicionista Luís Gama brasileiro.
O livro retrata o território e o espaço urbano, a partir da narração de experiências religiosas, sociais, políticas, afetivas e de importantes revoltas abolicionistas; como a Revolta dos Malês e a Sabinada. A pesquisa empregou a metodologia Álbum de Família (Silva, 2008), visitando 12 residências de famílias negras em Salvador-BA - totalizando 29 pessoas entrevistadas e 491 imagens analisadas. Os resultados principais da análise da pesquisa revelam que há áreas de convergência, na análise comparativa, entre a corporeidade, a relação com o território e o senso de pertencimento de mulheres negras, assim como desafios e obstáculos enfrentados para vivenciar a cidade em sua plenitude. Essa convergência, por sua vez, é observada tanto nas experiências das mulheres negras em Salvador no século XIX, conforme relatado em Um Defeito de Cor, quanto nas narrativas obtidas das entrevistas por nós realizadas na segunda  década do século XXI.
Por outro lado, identificamos também na pesquisa de campo com os álbuns de família, uma mudança  associada ao aumento do acesso ao território e a uma maior sensação de pertencimento à cidade por parte das mulheres negras. Ainda assim, apesar de se observarem algumas mudanças positivas, fica evidente que a vivência da corporeidade das mulheres diaspóricas guarda mais semelhanças com aquela analisada no século XIX do que com a situação de necessidade da garantir às mulheres negras o pleno acesso aos direitos humanos e ao direito à cidade na contemporaneidade.

MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ANDRESSA MARQUES DA SILVA - SEEDF
Presidente - 2363526 - CELIA KINUKO MATSUNAGA HIGAWA
Interna - 1278847 - DANIELA FAVARO GARROSSINI
Interna - 1642944 - FATIMA APARECIDA DOS SANTOS
Notícia cadastrada em: 22/11/2023 13:18
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