Banca de DEFESA: Térsio Arcúrio Júnior

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Térsio Arcúrio Júnior
DATA : 27/03/2024
HORA: 14:00
LOCAL: Plataforma teams: Link: https://abrir.link/fYLhk
TÍTULO:

A INFLUÊNCIA DOS TRAÇOS DE PERSONALIDADE EM AMBIENTES DE CONTROLE INTERNO E FRAUDE NAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS


PALAVRAS-CHAVES:

Traços de Personalidade; Controle Interno; Fraude Contábil.


PÁGINAS: 144
RESUMO:

As fraudes nas demonstrações contábeis trazem enormes prejuízos para as organizações e para sociedade. A fragilidade nos controles internos é apontada como um dos principais fatores que

oportunizam esse tipo de fraude. Embora, nas última décadas, perceba-se uma maior preocupação com a estrutração de um ambiente de controle interno, observa-se o surgimento de diversos novos casos de fraudes. Esse cenário realça a necessidade de investigar outros fatores que podem ser associados à fraude. A literatura demonstra que os fatores éticos, sociais e culturais podem influenciar a decisão de perpetrar a fraude. Isto é, as competências e habilidades dos indivíduos são importantes atributos que podem induzir o comportamento do perpetrador. Além disso, essas competências e habilidades podem ser investigadas sob a ótica da personalidade, dado que é possível antecipar o comportamento do indivíduo em razão de seus traços de personalidade. A teoria do traço postula que o comportamento pode ser associado ao seu respectivo traço de personalidade, assim como pode ser influenciado pelo ambiente. Um dos modelos de estruturação da personalidade é o modelo dos 5 grandes fatores da personalidade (Big-Five). Esse modelo possui cinco dimensões básicas: Extroversão, Amabilidade, Consciência, Neuroticismo (Estabilidade Emocional) e Abertura à Experiência. Esses traços de personalidade podem indicar um perfil comportamental de maior risco de perpetrar fraudes nas demonstrações contábeis, especialmente sob a existência de fragilidades no controle interno. Diante disso, é importante avançar no sentido de compreender melhor o ato fraudulento, isto é, investigar os traços de personalidade (Big Five) em relação ao risco de fraude nas demonstrações contábeis, considerando distintos ambientes de controle interno. Para tanto, foi realizada uma pesquisa do tipo experimental (2x2), com a criação de cenários, visando capturar a intensidade da escolha de perpetração, considerando distintos ambientes de controle interno. Para a análise dos dados foram utilizadas a estatística descritiva, o teste de médias (test t) e a regressão logística ordinal. Os principais resultados da pesquisa sinalizam que ser do gênero masculino, possuir um maior nível de educação formal, ter formação em ciências contábeis, atuar ou ter atuado em médias e grandes empresas e ter mais experiência são fatores que contribuem para um menor risco de perpetração de fraudes nas demonstrações contábeis. Além disso, identificou-se que a fragilidade do ambiente de controle interno aumenta o risco de fraude nas demonstrações contábeis, entretanto, a variável que captura a percepção do ambiente de controle interno foi associada positivamente ao maior risco de fraude nas demonstrações contábeis. Há evidências de que o aumento da “Consciência” e da “Estabilidade Emocional” reduz as chances de risco de fraude, enquanto a “Amabilidade” as aumenta. Por fim, a maior “Extroversão” e “Abertura à Experiência” podem sinalizar um perfil de diretores financeiros de maior risco de maior risco de fraudes. Em relação às contribuições o estudo intentou contribuir com a literatura a respeito da prática da fraude, avançando em relação as pesquisas anteriores ao abordar de forma conjunta aspectos contábeis, traços de personalidade e diferentes ambientes de controle interno. O estudo trouxe mais elementos para cotejamento de resultados, especialmente acerca da formação em ciências contábeis e seus efeitos na diminuição das chances do risco de fraude nas demonstrações contábeis. No aspecto prático, o estudo evidenciou elementos para modelar um perfil mais apropriado para a função de diretor financeiro, considerando diferentes contextos de ambiente de controle interno.

 


MEMBROS DA BANCA:
Externo à Instituição - ANDSON BRAGA DE AGUIAR - USP
Interno - 6404897 - CESAR AUGUSTO TIBURCIO SILVA
Presidente - 3069694 - JOAO ABREU DE FARIA BILHIM
Externo à Instituição - PAULO ROBERTO DA CUNHA - FURB
Interno - 1554042 - RODRIGO DE SOUZA GONCALVES
Notícia cadastrada em: 04/03/2024 13:47
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