Banca de DEFESA: Erika dos Santos Laurindo

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Erika dos Santos Laurindo
DATA : 30/04/2024
HORA: 09:00
LOCAL: FCE
TÍTULO:

“Financiamento de pesquisas em saúde mental no Brasil: uma análise retrospectiva de 2002 a 2022”


PALAVRAS-CHAVES:

Pesquisa em saúde, financiamento de pesquisa, saúde mental, transtornos depressivos, transtorno de ansiedade, suicídio, raça, etnia.


PÁGINAS: 78
RESUMO:

Introdução:O cenário de adoecimento mental no Brasil reforça a urgência do financiamento de pesquisas para sanar lacunas do conhecimento e contribuir para o desenvolvimento de novas intervenções. Objetivo: O objetivo desse estudo foi analisar o financiamento de pesquisas em saúde mental realizado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde (DECIT/MS) e parceiros institucionais, incluindo análise da interseção com raça e etnia, e analisar pesquisas sobre os transtornos depressivos, de ansiedade e suicídio no período de 2002 a 2022. Metodologia: Os dados foram analisados quanto à distribuição de recursos financeiros nas regiões e unidades federadas; instituições beneficiadas; modalidades de fomento; tipos e temas de pesquisa. Para isso, realizou-se pesquisa quantitativa, descritiva e retrospectiva do financiamento de pesquisas sobre saúde mental, conforme classificação do Código Internacional de Doenças (CID11), com dados do repositório Pesquisa Saúde. Resultados: Foram financiadas 408 pesquisas sobre saúde mental com investimento de R$ 121,3 milhões e 71 pesquisas sobre transtornos depressivos, de ansiedade e suicídio com valor de financiamento de R$ 21,8 milhões. Dentre as pesquisas em saúde mental, 12 adotaram a perspectiva étnico-racial com investimento de R$ 1,7 milhões. A análise do financiamento por regressão linear generalizada tipo Prais-Winster apresentou tendência estacionária tanto para pesquisas sobre saúde mental quanto para pesquisas sobre os transtornos depressivos, de ansiedade e suicídio. Com o teste de Kruskal-Wallis, corrigido pelo teste Bonferroni, verificou-se: diferença na distribuição do recurso por modalidade de fomento e entre as regiões (p<0,05). Sobressaiu-se o financiamento por Fomento Nacional (54,2% - saúde mental e 83,0% - transtornos depressivos, de ansiedade e suicídio). Os recursos foram destinados predominantemente para as regiões Sul e Sudeste (75,1% - saúde mental e 82,8% - transtornos depressivos, de ansiedade e suicídio) e para instituições dessas regiões (São Paulo e Minas Gerais e Rio Grande do Sul). Sobre tipos de pesquisa, observou-se o predomínio de financiamento pesquisas clínicas (50,1% - saúde mental e 70,2% - transtornos depressivos, de ansiedade e suicídio) e sobre população e saúde pública para pesquisas com foco étnico- racial (69,6%). As linhas de pesquisa mais estudadas relacionavam-se a magnitude, dinâmica e compreensão dos agravos em saúde mental (47,5% - saúde mental; 37,5% - transtornos depressivos, de ansiedade e suicídio e 36,7% - saúde mental com foco em raça e etnia). Conclusão: O financiamento de pesquisas sobre saúde mental e sobre os transtornos depressivos, de ansiedade e suicídio apresentam estabilidade, estão concentrados no eixo Sul-Sudeste e na modalidade de contratação Fomento Nacional. As pesquisas em saúde mental com interseção com raça e etnia, se diferem quanto a distribuição por tipo de pesquisa. O incremento de pesquisas sobre financiamento de pesquisas em saúde mental pode contribuir para aprimorar a atenção a saúde mental da população, mas é necessário reduzir disparidades regionais e étnico-racial.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1212574 - ANTONIA DE JESUS ANGULO TUESTA
Interna - 1719935 - ANDREA DONATTI GALLASSI
Externa à Instituição - MARLY MARQUES DA CRUZ
Externo à Instituição - SAMILLY SILVA MIRANDA
Notícia cadastrada em: 18/04/2024 11:27
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