Banca de DEFESA: GIOVANNA ANGELA LEONEL OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : GIOVANNA ANGELA LEONEL OLIVEIRA
DATA : 22/04/2024
HORA: 09:00
LOCAL: plataforma teams - link disponível na página do programa
TÍTULO:

"CONSUMO ALIMENTAR EM CRIANÇAS ESCOLARES: ASSOCIAÇÕES COM SEUS COMPORTAMENTOS ALIMENTARES E SEDENTÁRIOS, E COM O ESTILO DE VIDA DOS RESPONSÁVEIS"


PALAVRAS-CHAVES:

“Vigilância Alimentar e Nutricional; Estudos Populacionais em Saúde Pública; Levantamento Epidemiológico; Saúde Infantil; Parentalidade; Correlatos de Saúde”


PÁGINAS: 1000
RESUMO:

“Justificativa: Diante do aumento precoce das doenças crônicas, torna-se essencial monitorar fatores de risco à saúde na infância. No entanto, observa-se uma lacuna nos estudos brasileiros que abordem o consumo alimentar e comportamentos alimentares e sedentários em crianças em idade escolar, e suas associações com dados dos responsáveis. Objetivo: Investigar o consumo alimentar e os comportamentos alimentares e sedentários em crianças escolares, explorando possíveis associações com o estilo de vida de seus responsáveis e interações com as refeições em família. Métodos: Estudo transversal com pares de responsáveis e crianças entre 6 e 11 anos. A amostragem foi pela técnica bola de neve, com divulgação do questionário via internet. A amostra foi distribuída proporcionalmente nas macrorregiões do Brasil e entre escolas públicas e privadas. Os participantes preencheram um questionário no Google Forms. Os responsáveis forneceram informações sobre características socioeconômicas, consumo alimentar no dia anterior, práticas alimentares habituais, atividade física, comportamento sedentário e medidas de peso e altura autorreferidas, tanto do próprio responsável quanto da criança. As crianças preencheram a escala de silhuetas, o Questionário de Consumo Alimentar para Crianças Escolares Brasileiras (QUACEB) e o Questionário Ilustrado de Comportamentos Alimentares e Sedentários (QUICAS). Foram conduzidas análises de frequência com um intervalo de confiança de 95%. No artigo 1, empregou-se uma regressão de Poisson com variância robusta para avaliar a relação entre o consumo alimentar e os comportamentos alimentares e sedentários das crianças. No artigo 2, utilizou-se uma regressão de Poisson log-linear para examinar a associação entre o escore de consumo de alimentos ultraprocessados pelas crianças e os comportamentos alimentares e sedentários, a atividade física e a escolaridade dos responsáveis. No artigo 3, foi realizada uma regressão logística para investigar a relação entre as refeições em família e o consumo, os comportamentos alimentares e o estado nutricional das crianças e seus responsáveis. Todas as análises foram ajustadas para as macrorregiões brasileiras, sexo e idade da criança, além do tipo de escola ou escolaridade do responsável. Resultados: Um total de 2021 pares de responsáveis e crianças participaram do estudo. No artigo 1: observou-se que o uso de telas (Razão de Prevalência – RP=2,1, Intervalo de Confiança - IC95%1,4-3,2), comer com distrações (RP=1,6, IC95%1,2-2,2), sozinho (RP=1,7, IC95%1,0-2,5), em horários irregulares (RP=1,9, IC95%1,4-2,6) e não participar de atividades envolvendo o preparo de refeições (RP=1,5, IC95%1,1-2,1) foram fatores de risco para o consumo de alimentos ultraprocessados e baixa diversidade alimentar. Por outro lado, realizar café da manhã (RP=0,7, IC95%0,5-0,9) e as três refeições principais (RP=0,6, IC95%0,4-0,7) foram fatores de proteção contra o consumo de alimentos ultraprocessados e a favor da diversidade alimentar em crianças. No artigo 2: verificou-se que o consumo de alimentos ultraprocessados pelas crianças estava associado ao comportamento sedentário dos pais (Razão de média RM=1,08, IC95%1,0-1,6) e ao alto consumo de alimentos ultraprocessados pelos pais (RM=1,54, IC95%1,5-1,6). Em contrapartida, crianças cujos pais tinham práticas alimentares adequadas apresentaram menor consumo de alimentos ultraprocessados (RM=0,93, IC95%0,8-0,9). No artigo 3: as refeições em família foram positivamente associadas a diversidade alimentar dos responsáveis (Odds Ratio – OD=1,66, IC95%1,0-2,7) e das crianças (OR=1,78, IC95%1,4-2,3) e, inversamente associada a má nutrição dos responsáveis (OR=0,74, IC95%0,5-0,9). Além disso, as refeições familiares regulares associaram positivamente com a alta diversidade alimentar e menor consumo de alimentos ultraprocessados (OR=1,45, IC95%1,0-2,1), bem como estado nutricional adequado e alta diversidade alimentar (OR= 1,41, IC95%1,0-1,9). Conclusão: O consumo de alimentos ultraprocessados e baixa diversidade alimentar está relacionado a comportamentos alimentares não saudáveis e sedentários, tanto das crianças quanto de seus responsáveis. As refeições em famílias favorecem à diversidade alimentar e ao estado nutricional adequado. Portanto, estratégias voltadas para a redução de ultraprocessados na alimentação infantil e que envolvam a família são essenciais para promover a saúde das crianças e mitigar o risco de doenças crônicas precoces ou futuras.”


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1779270 - MARIA NATACHA TORAL BERTOLIN
Interna - 1123194 - KENIA MARA BAIOCCHI DE CARVALHO
Externa à Instituição - SYLVIA DO CARMO CASTRO FRANCESCHINI - UFV
Externa à Instituição - GISELE ANE BORTOLINI - MDS
Notícia cadastrada em: 02/04/2024 14:24
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