INFLUÊNCIA DAS TÉCNICAS DE PREPARO DE SUPERFÍCIE NA ADESÃO DE MATERIAIS DE REPARO EM PLACAS OCLUSAIS IMPRESSAS
DTM; PLACA OCLUSAL; CISALHAMENTO; IMPRESSÃO 3D
As placas oclusais são recomendadas para o controle das Disfunções Temporomandibulares e manejo do bruxismo e, devido à sua exposição às forças oclusais intensas, podem sofrer desgastes e/ou fraturas em sua estrutura, gerando necessidade de reparo. Desse modo, o objetivo do presente estudo foi avaliar e comparar a interface adesiva de três materiais de reparo em resina de impressão para placa oclusal, após diferentes tratamentos de superfícies. A interface adesiva foi avaliada pelo teste de cisalhamento realizado em máquina de ensaio universal, com célula de carga de 5 KN, em uma velocidade da cruzeta de 0,5 mm /min. Foram confeccionados 100 discos (18x3mm) de resina para impressão de placas oclusais com reparos (RODs) em três resinas (n=267) [Grupo R: R1:flow; R2:bisacrílica; e R3:autopolimerizável], submetidos a diferentes tipos de tratamento de superfície [Grupo TS: TS1:lixas d'água (CONTROLE); TS2: lixa + álcool; TS3: lixas + silano; TS4: lixas + jateamento de óxido de alumínio e TS5: lixas + jateamento de óxido de alumínio + silano]. Os blocos foram armazenados em água destilada por 24 horas a 37°C, previamente ao teste. O conjunto de dados de resistência de união (MPa) foi submetido à análise de Variância (ANOVA) de dois fatores (tratamento de superfície e material de reparo) seguido do teste de Tukey, com nível de significância de 5%. Os fatores tratamento de superfície, material de reparo e a interação entre os fatores principais apresentaram diferenças estatisticamente significantes (p<0.001). No grupo controle não foi encontrada diferença estatística significante entre os diversos materiais de reparo avaliados. Entretanto, quando considerados os tratamentos de superfície com lixa + álcool, bem como com lixa + jateamento, a resina flow (p<0,001) destacou-se como a escolha superior para fins de reparo. Além disso, nos grupos lixa + silano e lixa + jateamento + silano, observaram-se resultados mais favoráveis, especialmente quando se optou por utilizar a resina bisacrílica ou a resina flow como materiais de reparo (p <0,001). Observouse uma melhoria na resistência de união ao teste de cisalhamento nos reparos realizados com resina bisacrílica e flow, especialmente quando submetidos aos tratamentos de superfície mecânico (jateamento com óxido de alumínio) e químico (silanização) associados. Dentro das limitações deste estudo in vitro, sugere-se que este protocolo seja o mais recomendado.