O CORPO COMO LUGAR AUTOBIOGRÁFICO: narrativas performáticas no cotidiano e o ensino de Artes Visuais
Narrativa autobiográfica; Artes Visuais; Corpo; Performance; Educação
A dissertação tem como mote uma pesquisa constituída pela abordagem narrativa e autobiográfica em consonância com os conceitos de corpo e performance vivenciados no cotidiano e no contexto do ensino de Artes Visuais. Pautado nesse caminho investigativo, assumi o lugar de sujeito e objeto do estudo, ao trazer memórias e experiências que fizeram parte da minha história de vida, assim como, aspectos formativos e autoformativos. As memórias e as experiências foram partilhadas a partir da construção de trechos narrativos, que versaram sobre o lugar da infância, da adolescência, da maturidade, do pessoal e do profissional, vinculados com os fazeres artísticos, particularmente a performance, como também, anunciaram outras experiências vividas com a transição da prática docente da área de Matemática para as Artes Visuais. Ao fazer referência sobre o momento de transição entre essas áreas, onde o corpo do sujeito e professor performou-se a partir de embates, reflexões, vivências e angústias, surgiu a nomenclatura trans-professor. Nesse sentido, foram abordadas questões teóricas e metodológicas associadas com o campo da pesquisa narrativa e autobiográfica, bem como, acerca do corpo e da performance, provenientes de um olhar atento para outras pesquisas que também exploraram o corpo como um território, um lugar, um caminho metodológico para instigar reflexões, sobretudo, no âmbito do ensino de Artes Visuais. Portanto, acredito que a investigação possa subsidiar que outros olhares e reflexões sejam lançados sobre os corpos dos sujeitos, docentes e discentes, reverberando tanto nas questões subjetivas sobre si mesmo quanto nas práticas pedagógicas propostas para o ensino de Artes Visuais.