Banca de DEFESA: THAYNA RODRIGUES CUNHA PORTO

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : THAYNA RODRIGUES CUNHA PORTO
DATA : 18/04/2024
HORA: 16:00
LOCAL: https://teams.microsoft.com/l/meetup-join/19%3ameeting_YjdjZjc3ZGYtNjRlNy00YmU1LWEwNjAtYzE5NzczOGYy
TÍTULO:

TEMPOS DE MIGRAR PARA O SUL: RELATOS DE  VENEZUELANAS QUE MIGRARAM PARA O BRASIL


PALAVRAS-CHAVES:

táticas de gênero; trajetória migratória; mulheres venezuelanas;
metodologia feminista; interiorização; Operação Acolhida; Brasília.


PÁGINAS: 110
RESUMO:

Este trabalho apresenta como é o processo de acolhimento realizado pela instituição Aldeias Infantis
SOS no Distrito Federal (DF), que acolhe principalmente mulheres venezuelanas. O estudo
compreende também em que medida utilizam, negociam e (re) criam mecanismos de gênero, sendo
um marcador social de diferença, na trajetória migratória. Para isto, realizei uma análise qualitativa a
partir de observação participante e entrevistas realizadas com mulheres venezuelanas que estão
acolhidas na organização Aldeias em Brasília – DF. O trabalho de campo ocorreu no período entre
março e novembro de 2023, foram realizadas 6 entrevistas no período de novembro de 2023. Os
fluxos migratórios para o Brasil desde 2015 teve uma brusca mudança em números. Em pouco
tempo os venezuelanos se tornaram o maior grupo a migrar para o Brasil. Como resposta à migração
venezuelana, o Brasil criou em 2018 a Operação Acolhida, que tem como eixos o ordenamento de
fronteiras, o acolhimento e a interiorização. Este dar-se-á no contexto da interiorização, mais
especificamente de mulheres que estão em Brasília. O objetivo deste estudo é, portanto,
compreender em qual medida os mecanismos de gênero são acionados na trajetória migratória destas
mulheres. A partir de uma metodologia feminista e usando entrevistas como técnica de pesquisa,
pude conhecer um pouco da história de vida destas mulheres, as motivações para migrar e,
principalmente, como foi o processo migratório. Todas as interlocutoras são mães e vieram para o
Brasil com seus filhos. Constatei que a Operação Acolhida foi pensada para priorizar as mulheres,
em especial as mães solos, embora algumas interlocutoras tenham relatado ficarem em situação de
rua nos primeiros dias no Brasil. Por meio da pesquisa, concluí a necessidade de políticas públicas
específicas para mães solos para garantir a autonomia financeira, emocional e qualidade de vida,
considerando a visão de que o Conselho Tutelar brasileiro é um órgão para lhes punir e tirar as
crianças. A falta de uma rede de apoio e de locais como creches e escolas integrais com prioridade a
mulheres migrantes, até mesmo cuidadores nos abrigos, dificulta o processo de autonomia. Enfim, as
venezuelanas mães dependem de amizades com mulheres nas mesmas situações, resiliência e
tácticas alternativas criadas por elas para conseguir inserção laboral, realizar estudos para
melhorarem suas condições materiais, bem como para defender a si e a seus filhos.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 3171429 - TANIA MARA PASSARELLI TONHATI
Interna - 2079994 - TANIA MARA CAMPOS DE ALMEIDA
Externa ao Programa - 3362488 - PATRICIA TRINDADE MARANHAO COSTA - UnBExterno à Instituição - MÁRCIO SÉRGIO BATISTA SILVEIRA DE OLIVEIRA - UFPR
Notícia cadastrada em: 08/04/2024 16:04
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