Famílias de sangue e de fé: o batismo como ferramenta para a construção de relações sociais entre escravos e livres da Vila de Curitiba (1680-1800)
Relacionamentos; Vila de Curitiba; Batismo de Cativos
Nesse trabalho, acompanhamos a dinâmica social e as relações formadas por meio do batismo de crianças cativas entre 1680 até 1800 na Vila de Curitiba. Apartir das atas batismais disponíveis no banco de dados “patty”, observamos a construção de vínculos sociais criados pelos senhores e pais escravizados paracompreender quais sujeitos eram os campeões de batismos de crianças cativas, ou seja, se eram livres ou escravos. Tratamos especificamente do batismo decrianças filhas de mães administradas e escravizadas para entender a formação de laços batismais e as redes sociais que esses sujeitos estavam construindo.Para analisar minuciosamente o marco temporal de 100 anos, foi necessário dividi-lo em quatro períodos de 30 anos com a finalidade de elencar os paisespirituais mais requisitados em cada temporalidade. E desse modo, observamos as articulações dos sujeitos escravizados e administrados ao longo dodesenvolvimento e crescimento populacional da Vila de Curitiba, podendo compreender como as mudanças econômicas e o aumento de habitantes afetouna formação de laços espirituais da família escrava. Para analisar mais afundo os sujeitos históricos estudados nesta pesquisa também usou as listasnominativas e escrituras da Vila de Curitiba. Portanto, tratamos das relações sociais construídas a fim de apontar os padrões e estratégias de sobrevivência dogrupo escravizado.