Banca de DEFESA: Deziany da Silva Ferreira

Uma banca de DEFESA de DOUTORADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : Deziany da Silva Ferreira
DATA : 05/04/2024
HORA: 08:00
LOCAL: Videoconferência
TÍTULO:

"VALIDAÇÃO in planta DE GENES ORIUNDOS DE ESPÉCIES SILVESTRES DE Arachis ENVOLVIDOS NA RESISTÊNCIA A Sclerotinia sclerotiorum".


PALAVRAS-CHAVES:

Arachis duranensis, Arachis stenosperma, Sclerotinia sclerotiorum, mofo branco, genes de defesa, plantas-modelo.


PÁGINAS: 140
RESUMO:

O fungo Sclerotinia sclerotiorum, causador do mofo branco e de doenças de podridão do caule em diversas culturas, é um organismo necrotrófico que utiliza proteínas e metabólitos secretados para matar as células do hospedeiro. Estudos indicam que atualmente existem 425 espécies documentadas como hospedeiras desse fungo altamente destrutivo. Sua sobrevivência ocorre principalmente através de escleródios, agregados de hifas melanizadas que persistem no solo por longos períodos. Os escleródios podem germinar miceliogenicamente ou carpogenicamente, sendo este último o modo dominante de infecção. A disseminação do fungo ocorre por meio de ascósporos transportados pelo vento, resultando em infecções diretas na planta em condições ideais de temperatura e umidade. S. sclerotiorum é conhecido por causar danos significativos às culturas, resultando em perdas econômicas substanciais, especialmente em condições ambientais favoráveis. A falta de resistência total do hospedeiro e a vasta gama de plantas suscetíveis contribuem para os impactos prejudiciais dessa patologia, que podem variar de 35 a 50%, chegando a proporções mais graves de 80 a 100% em situações extremas. A presença de micélio branco nos tecidos afetados é um sinal identificável, mas não há sintomas exclusivos comuns em todos os hospedeiros. A resistência a S. sclerotiorum torna-se crucial, e os parentes silvestres do amendoim surgem como fontes valiosas de genes resistentes a doenças. Essas espécies selvagens, como A. duranensis e A. stenosperma, apresentam altos níveis de resistência a certas doenças, com estudos anteriores prospectando e identificando genes dessas espécies, utilizando abordagem transcriptômica para compreender as respostas a estresses bióticos e/ou abióticos. O presente estudo examinou os efeitos da superexpressão de genes candidatos de espécies selvagens de Arachis, potencialmente envolvidos em respostas de defesa a estresses bióticos. Utilizando Arabidopsis thaliana e Nicotiana tabacum como plantas modelo, o objetivo foi compreender como esses genes influenciam a interação com S. sclerotiorum por meio de avaliações fenotípicas e subsequentes avaliações moleculares. Uma metodologia de inoculação foi inicialmente estabelecida para folhas destacadas, com bioensaios conduzidos utilizando seis genes de ambas A. duranensis e A. stenosperma. O estudo abordou a superexpressão de genes específicos, como AdEXLB8 e AsTIR19, em plantas transgênicas para avaliar sua influência na resistência a S. sclerotiorum. A superexpressão de AdEXLB8 mostrou aumento na tolerância, sugerindo seu potencial como gene candidato para fortalecer a resistência por meio de modificações na parede celular e ativação de vias de sinalização de fitohormônios. A análise de AsTIR19 destacou a complexidade na interação planta-patógeno, revelando insights sobre mecanismos moleculares, como a indução de espécies reativas de oxigênio, e ressaltando a engenharia genética como uma ferramenta promissora para melhorar a resistência. Além disso, AsECHI1 isolado e em combinação com AdEXLB8 resultaram em redução significativa de lesões fúngicas, indicando a eficácia de estratégias piramidais na ampliação do espectro de resistência. Por outro lado, a superexpressão dos transgenes AsAOC3, AsTIL e AsSTS4 não apresentou impacto significativo no progresso da doença, evidenciando a complexidade das interações gene-patógeno e a necessidade de abordagens mais abrangentes. A superexpressão desses genes pode oferecer uma abordagem eficaz no desenvolvimento de variedades resistentes para mitigar as perdas causadas por S. sclerotiorum, destacando a importância da investigação genética e da utilização de parentes silvestres no melhoramento de culturas.


MEMBROS DA BANCA:
Interno - 6404906 - JUVENIL ENRIQUE CARES
Externa à Instituição - Lucilia Helena Marcellino - EMBRAPA
Externa à Instituição - MARIA EUGENIA LISEI DE SA - EMBRAPA
Presidente - 2644635 - ROBERT NEIL GERARD MILLER
Externo à Instituição - SILVINO INTRA MOREIRA - OUTROS
Notícia cadastrada em: 02/04/2024 12:56
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