Em defesa do sint(h)oma
: Sintoma, alienação, separação, Outro, sujeito
O presente trabalho visa abordar a importância do sintoma para a estruturação psíquica do sujeito a partir dos
mecanismos de alienação e separação abordados por Jacques Lacan, especialmente em seu Seminário 11. Abordaremos a
estruturação do sujeito em sua relação com o sintoma a partir dos registros designados por Lacan como real, imaginário e
simbólico – podendo ser compreendidos como um eixo epistemológico de seu ensino - para abordarmos o sintoma como uma
obra criada pelo sujeito a partir das condições que lhe constituíram como tal, e que, cuja função é a de lhe estruturar de forma
particular diante da insuficiência da alienação como operação que designa ao sujeito sua condição de linguagem e desejo. A
separação será abordada a partir da sua relação com a fantasia, em que o sujeito poderá criar para si alternativas à insuficiência
da alienação e aos altos custos do sintoma para sua estruturação enquanto sujeito desejante e de linguagem. Assim, conceitos
centrais da obra de Lacan como o Outro, sujeito e desejo serão abordados, tais como conceitos antecedentes propostos por
Freud como pulsão, trauma e fantasia.