A Repressão da Guerrilha do Guamá entre 1981 e 1985: Camponeses excluídos da Justiça de Transição
“Ditadura Militar”; “Reparação”; “Gleba Cidapar”; “Resistência Camponesa”; “Modernização do Campo”; “Projetos de integração da Amazônia”.
No contexto de integração da Amazônia ao restante do país, promovido pelo governo ditatorial, o grupo empresarial Joaquim Oliveira S.A. Participações (JOSAPAR) se instalou no município de Viseu, nordeste paraense, na localidade Gleba Cidapar. Entretanto, a região já estava ocupada por pessoas que resistiram à implantação do projeto desenvolvimentista. Primeiramente, de forma pacífica e depois recorrendo à autodefesa armada. Esse movimento sofreu repressão tanto por parte do Estado, através da Polícia Militar, quanto por parte de agentes privados ligados ao grupo empresarial. Entretanto, esses camponeses não tiveram acesso à justiça de transição, de forma que a presente pesquisa busca saber os motivos pelos quais isto ocorreu. Para responder à pergunta, utilizar-se-á da pesquisa qualitativa, com entrevistas e análise de documentos, em especial autos processuais e de inquéritos do período.