Projeto Pedagógico do Curso

O exercício da profissão de estatístico no mundo moderno é mais abrangente do que a Lei define. Nos dias atuais, a análise técnica dos dados é imprescindível não apenas para o Estado e instituições de pesquisa; a profissão é necessária para o crescimento e sobrevivência de instituições financeiras, bancos, indústrias e várias outras empresas. “De maneira geral, o estatístico deve ser um profissional que, baseado em conhecimentos sólidos e atualizado, seja capaz de abordar com proficiência os problemas usuais de sua área de atuação: coleta, organização e síntese de dados, ajuste de modelos - e ter a capacidade de buscar informação para a solução de problemas novos e, encontrandoas, ser capaz de entendê-las e implementá-las. Além disto, em todas as suas atividades devem estar presentes, a curiosidade pelo conhecimento novo e uma postura ética diante dos fatos”2 . Dada uma vasta gama de possibilidades de atuação do profissional de estatística, é importante que o Curso ofereça uma visão geral das grandes áreas do conhecimento: humanidades, ciências e saúde. Nesse sentido, para o exercício competente da profissão 3 , as habilidades necessárias são:

a) Ter cultura científica: O trabalho estatístico começa com interação com outros profissionais e, dessa forma, o estatístico deve estar habilitado a participar ativamente da discussão; para isso, precisa conhecer os fundamentos mais gerais das áreas com as quais deverá colaborar;

b) Ter capacidade de expressão e de comunicação;

c) Ter conhecimento das formas de planejamento de coleta de dados;

d) Ter conhecimento das formas de medição das variáveis de sua área de atuação e de organização e manipulação dos dados;

e) Saber produzir sínteses numéricas e gráficas dos dados, através da construção de índices, mapas e gráficos;

f) Saber usar técnicas de análise e de modelagem estatística;

g) Ser capaz de, a partir da análise dos dados, sugerir mudanças em processos, políticas públicas, instituições, etc;

h) Possuir capacidade crítica para analisar os conhecimentos adquiridos, assimilar novos conhecimentos científicos e/ou tecnológicos, além de capacidade de trabalhar em equipe multidisciplinar;

i) Ter habilidades gerenciais.

A Profissão de Estatístico foi estabelecida pela Lei nº 4739 de 15 de julho de 1965, e foi regulamentada pelo Decreto nº 62497 de 1º de abril de 1968. O exercício da profissão compreende o seguinte1:

a) planejar e dirigir a execução de pesquisas ou levantamentos estatísticos;

b) planejar e dirigir os trabalhos de controle estatístico de produção e de qualidade; c) efetuar pesquisas e análises estatísticas;

d) elaborar padronizações estatísticas; e) efetuar perícias em matéria de estatística e assinar os laudos respectivos;

f) emitir pareceres no campo da Estatística;

g) assessorar e dirigir órgãos e seções de Estatística; h) escriturar livros de registro ou controle estatístico criados em lei.

O aluno regular de graduação deverá observar o seguinte: - cursar, com aprovação, o mínimo de quatro disciplinas a cada dois períodos consecutivos; - não ser reprovado três vezes na mesma disciplina obrigatória do curso. O aluno que descumprir esta norma será desligado por falta de rendimento acadêmico. O aluno em risco de desligamento35 poderá ser submetido a uma fase probatória36, na qual deverá cumprir as condições estabelecidas para evitar o desligamento. Além do desligamento por rendimento acadêmico, será desligado da UnB (por abandono), o aluno que, durante dois períodos letivos consecutivos, não tenha efetivado matrícula em disciplinas, ou que, embora matriculado, não tenha cursado disciplina. Também será desligado (por jubilamento) o estudante que tenha esgotado o tempo máximo37 de permanência para a conclusão do curso.

Avaliação da Educação Superior (SINAES) e a Resolução No 01 de 17 de Junho de 2010 do Conselho Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES) que normatiza o Núcleo Docente Estruturante (NDE). O regimento do NDE do Departamento de Estatística está em anexo. As variáveis competentes dos indicadores de desempenho institucional, para o modelo completo de avaliação do ensino de graduação, compreendem: ambiente (contexto, demanda, condições de acesso, perfil dos envolvidos: discentes, docentes e demais atores), procedimentos e processos (condições de ensino, atividades, projetos, intercâmbios), infraestrutura (obras, espaços físicos, equipamentos), resultados e impactos imediatos das atividades de ensino sobre a sociedade. Além dos mecanismos institucionais gerais de monitoramento e avaliação, o NDE, a Comissão de Graduação (CG) e o colegiado do Curso de Bacharelado em Estatística monitoram constantemente o Projeto Pedagógico do Curso. O curso de Bacharelado em Estatística do Instituto de Exatas do Campus Universitário Darcy Ribeiro, mantém o acompanhamento de processos avaliativos de seu Projeto Pedagógico de Curso (apresentado neste documento) por meio de: - Reuniões de planejamento e avaliação entre os docentes do Departamento de Estatística; - Reuniões do colegiado do departamento; - Reuniões do Núcleo Docente Estruturante; - Reuniões da Comissão de Graduação; - Reuniões entre coordenação de curso e discentes do departamento. O Curso de Bacharelado em Estatística da Universidade de Brasília segue recomendação da Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior (CONAES) no que diz respeito ao envolvimento docente no processo de concepção e implementação do Projeto Político Pedagógico do Curso de Graduação e com vistas ao seu desenvolvimento permanente. O Núcleo Docente Estruturante do Bacharelado em Estatística da UnB é formado pelo coordenador de curso e professores que já exerceram esta função no departamento, sendo todos professores de tempo integral. Entre suas atribuições destacam-se: - contribuir para a consolidação do perfil profissional do egresso do curso; - zelar pela integração curricular entre as diferentes atividades de ensino constantes no currículo; - indicar formas de incentivo ao desenvolvimento de linhas de pesquisa e extensão, oriundas de necessidades da graduação, de exigências do mercado de trabalho e afinadas com as políticas públicas relativas à área de conhecimento do curso; - zelar pelo cumprimento das Diretrizes Curriculares nacionais para os cursos de graduação. A Comissão de Graduação procura verificar e fiscalizar a implementação de sugestões recebidas do NDE e servir de meio para discussão de demandas do corpo discente e demais professores do departamento, além de trabalhar na operacionalização de atividades rotineiras como listas de oferta, reintegração, aproveitamento de disciplinas, laboratórios, etc. O processo continuado de avaliação da qualidade do Curso de Estatística, incluindo a adequação de seu projeto pedagógico, considera múltiplas dimensões: por exemplo, as condições infraestruturais, a adequação do currículo ao perfil dos egressos e sua inserção profissional, a adequação dos procedimentos e processos de ensino-aprendizado e dos conteúdos disciplinares aos objetivos que orientaram a formulação da estrutura curricular proposta, a integração das atividades de ensino, pesquisa e extensão etc. Os instrumentos principais desse processo incluem o exame das avaliações dos discentes ao final de cada semestre letivo, que contempla diversos aspectos do desempenho do professor (utilização adequada de recursos pedagógicos, atendimento aos alunos, estratégias e conteúdos didáticos), do programa da disciplina (adequação dos objetivos, conteúdo e bibliografia, relevância para formação profissional e acadêmica, integração com outras disciplinas), e do suporte oferecido pela universidade e departamento (instalações, atendimento, apoio para trabalhos de campo, biblioteca); o acompanhamento da atividade de pesquisa e produção discente (programas de iniciação científica, extensão e trabalhos de conclusão de curso); o acompanhamento dos egressos na carreira profissional e na carreira acadêmica (pós-graduação). Os instrumentos de avaliação seguem as recomendações do Decanato de Ensino de Graduação (DEG). Os professores recebem os resultados referentes à avaliação de cada período, além das estatísticas globais (unidade e universidade), e de forma combinada com sua auto avaliação promovem a atualização de seus Planos de Ensino, eventualmente reforçando aspectos considerados positivos pelos estudantes e/ou revendo aqueles que tenham sido considerados negativos. Tais resultados avaliativos também são utilizados como ferramentas para que o NDE verifique o bom andamento da implementação do PPC, além de servir de informação útil para a Comissão Própria de Avaliação do departamento de Estatística (CPA/EST).

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